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O
carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil. Milhões de pessoas
aproveitam os quatro dias participando de (blocos, sambas, desfiles de escolas,
marchinhas), já outros aproveitam a folga para descansar... Mas quando surgiu a
festa no país? Segundo o site extra.com.br, o carnaval foi trazido pelos
colonizadores portugueses e começou a ser festejado na nação brasileira, por volta
do século XVII. Conforme o portal, inicialmente, era uma festa chamada Entrudo
– um evento mais “bagunçado”, com guerras de água, a farinha e limões de
cheiro, e que, muitas vezes, podia ultrapassar o limite da brincadeira e se
transformar em algo bem violento – tanto que acabou sendo proibida por volta de
1840.
Imagem: Genildo |
De
acordo com o extra.com.br, com a proibição do evento, a festa ganhou ares mais
europeus e passou para os salões de baile. Porém nada no mesmo tom que
conhecemos agora, já que naquela época até ópera tinha na trilha sonora do
carnaval. Ainda de acordo com o site, a coisa só começou a tomar as formas do
que conhecemos hoje, com a criação da primeira marchinha, em 1899, por
Chiquinha Gonzaga. A canção chamava-se “Ó abre alas” e foi feita para o cordão
carnavalesco Rosa de Ouro. Depois surgiram novos compositores, como Braguinha,
Haroldo Lobo e Lamartine Babo, e as marchinhas – e o próprio samba – começou a
se popularizar por volta da década de 1920.
Imagem: Portal da RMC |
Daquela
época até 2017, o evento espalhou pelos quatro cantos do Brasil. Os
apreciadores da festa do rei momo têm o Rio de Janeiro como opção. A cidade promoveu
e ainda promove o tradicional desfile das escolas de samba e os blocos de rua
em diversos bairros da capital carioca. Outra alternativa é a cidade de Salvador. A sede do governo baiano apresenta seus trios elétricos, que recebem a cada ano, em média
dois milhões de pessoas que curtem a festa pelos 25 quilômetros de avenidas,
ruas e praças.
Imagem: Carnaval de Salvador |
Os que
querem aproveitar o carnaval de rua, o interior de Minas Gerais é o destino
adequado. Na terra do pão de queijo, há dois lugares que são referências: Ouro Preto,
com os blocos de rua formados pelos muitos estudantes das universidades locais,
e Diamantina, com seus blocos desfilando em meio aos casarões antigos da
cidade. Os foliões que curtem praias, podem desfrutar da Região dos Lagos (Rio
de Janeiro), Litoral Capixaba (Espírito Santo), Litoral Nordestino (Região
Nordeste) dentre outros.
Imagem: G1 - Globo.com |
Já os
que não suportam as agitações do carnaval e desejam curtir um clima mais
tranquilo, o retiro espiritual tornou-se uma prática comum... Muitos ficam
durante os quatro dias de folia, em comunhão com cristo e optam por realizarem
atividades religiosas como (jejuns, meditações, orações). Há também os que
querem tranquilidade, porém preferem relaxar à beira mar... No sul do país, as
cidades catarinenses (Florianópolis e Balneário Camboriú) são excelentes
opções...
Imagem: Diário Causa Operária Online |
Diante
desta realidade carnavalesca, no período de 25 a 28 de fevereiro de 2017, os
problemas do país como: (miséria, corrupção, falcatrua, violência) são ignorados
e todos ou quase todos brasileiros só pensam em beber e pular. Esquecem que o
sistema político está a um passo do colapso (a crise generalizada; a operação
Lava-jato; Reforma da Previdência; massacres nas cadeias; o clima de guerra
civil no Espírito Santo; a Reforma do Ensino Médio; epidemia de Febre Amarela) são atribulações que assolam o Brasil...
Não há preocupação com as questões (políticas, econômicas, sociais, culturais, educacionais,
religiosas). Enfim, o carnaval foi, é e sempre será só uma alegoria para
retratar a crise brasileira? Ou a gente merece sim o Carnaval?
Sérgio Lopes
Sérgio Lopes