domingo, 8 de março de 2020

O Combate à pobreza é possível?


As reformas tributárias e administrativas geram discussões acaloradas, e precisam urgentemente ser concretizadas. Mas o problema antigo que assusta o Brasil e não pode ser ignorado pelo governo federal é o combate à pobreza. Infelizmente, o nosso país alcançou nível elevado de habitantes vivendo em situação de miséria. Segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a nação tinha 13,5 milhões de pessoas na pobreza extrema em 2018, ou 6,5% da população, que vivia com menos de R$ 145 por mês. É o maior contingente de pessoas nesta condição na série histórica do estudo, iniciada em 2012. Ainda conforme o levantamento, naquele ano havia 52,5 milhões na chamada linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 420 per capita por mês. Sendo que dados referentes ao ano de 2019, ainda não foi divulgado... Diante desta realidade, o que pode ser feito para amenizar o sofrimento dos menos favorecidos economicamente? A criação de postos de trabalho e renda, salários satisfatórios, o incentivo ao mercado de consumo local e o apoio às pequenas empresas podem ser considerados políticas redistributivas que podem melhorar as condições de vida das pessoas. Porém essas possíveis atitudes são utópicas? O Brasil ainda é um país excessivamente hierarquizado e dividido em classes. Desde a chegada dos portugueses até os dias atuais, o desenvolvimento da nação foi marcado pelas hostilidades entre dominante e dominado. A casa grande e a senzala, cidadão independente e escravizado, rico e pobre, patrão e empregado, fazendeiro e peão podem ser simplesmente reconhecidos como opressores e oprimidos em contínua contradição. Vivem conflito permanente, ora real, ora mascarado; uma batalha que finalizou eternamente, ou por uma mudança revolucionária, na sociedade civil, ou pela eliminação das classes sociais em combate. O ano de 2020 ainda está no início e há desafios para enfrentar.  A Recuperação da economia e elevação da produtividade podem ser medidas essenciais para redução dos níveis de pobreza. Alcançar e conservar padrões de redução de desigualdade poderá diminuir a miséria no Brasil, nos próximos anos...

Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais) 

segunda-feira, 2 de março de 2020

Os políticos perderam a credibilidade?


Não podemos generalizar, haverá sempre exceção. Mas como dizia o jornalista e escritor Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Os políticos têm como função principal representar os interesses da população perante o poder público. Esse é (ou pelo menos deveria ser) o objetivo final de um homem escolhido como representante do povo. Os eleitos democraticamente deveriam preocupar com os problemas crônicos: criminalidade, violência, habitação, saúde, desemprego, corrupção e desigualdade social que afetam a vida dos cidadãos brasileiros... De acordo com o site https://www.agorajoinville.com.br, os partidos políticos nacionais terão pouco mais de R$ 2 bilhões (R$ 2,034) para serem gastos na campanha eleitoral de 2020. Infelizmente, eles agem de má fé e passam por cima de qualquer um, para conseguir atingir seus objetivos. Seguem usando dinheiro público de áreas fundamentais e sucateadas para sustentar a ganância pelo poder. O alto valor que foi aprovado para o pleito municipal, de outubro de 2020, poderia ser investido, urgentemente, em setores básicos prioritários... Todavia, vários políticos são indiferentes com os infortúnios da maioria do povo. Não há comprometimento com os menos favorecidos economicamente... Além disso, são vaidosos e loucos por dinheiro e poder...  Sendo que alguns assistem em outros municípios e só comparecem na (Câmara, Congresso, Assembleia) pouquíssimas vezes, nos dias das sessões. Bem como assinam documentos e projetos sem ler...  Sancionam leis e criam contratos de risco sem prévio conhecimento.  Diversos candidatos fazem promessas mirabolantes e demagógicas para conquistar os votos dos eleitores. Porém sabemos que depois de eleitos, a maioria não é cumprida. Diante desta possível realidade, a democracia é arruinada. Há descontentamento geral com os políticos do país, nas esferas (municipal, estadual, federal).  Enfim, perderam a credibilidade e é preciso uma reconstrução do cenário político, para que sirva aos interesses do povo e não de grupos.


Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)