As principais
lideranças do partido político apropriaram-se do dinheiro do povo, foram encarceradas,
fizeram acordos espúrios com empresas particulares. Contudo, você é apaixonado pela sigla
partidária. Não acredita nas informações veiculadas pela mídia e continua defendendo
fervorosamente a cúpula política. Os times de futebol A, nos anos (1960, 1970,1980),
conquistaram títulos. Porém não obteve mais triunfos. Fizeram e fazem campanhas medíocres e não
seguiram na elite futebolística. As equipes B ergueram taças, sofrem acusações
de serem extremamente beneficiadas pela arbitragem da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol). Os clubes C venceram torneios cobiçados, mas foram destruídos
pela ganância e corrupção dos dirigentes. O momento é delicado para os times A,
mas alguns adeptos não aceitam a realidade e vivem das glórias passadas. Uma
parte de admiradores das agremiações B acha que são imbatíveis e vencerá todas
as competições. Segundo alguns torcedores, “nós somos os maiores, vamos ganhar
tudo”. Uma quantidade de fãs do time C ignora a crise financeira, aposta no
peso da camisa, acha que conseguirá atingir o objetivo. Outra parte acredita nos patrocínios e aspira
ao título esperado por décadas. O cidadão é instruído, porém não aceita a
opinião de ninguém, exceto dos (irmãos, irmãs, familiares). Conversa a respeito de política com alguns
amigos. Um deles disse: “O senhor Enéas
Carneiro disputou as eleições presidenciais por três vezes, em 1989, 1994 e
1998”. O sapiente não concorda, liga para a
irmandade e eles confirmam o que o fulano falou. Então, aceita a afirmação como
verdadeira. Diante desta possível realidade, o primeiro caso é considerado
fanatismo político. O segundo é
fanatismo futebolístico e o terceiro é fanatismo familiar. Segundo o site https://www.dicio.com.br, fanatismo é excesso
de admiração (cega e veemente) demonstrada por algo ou por alguém. O pensamento do fanático atrasa a percepção
da verdade e incorpora ações ilógicas e descontroladas. Enfim, como afirmou François
Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, “Quando o fanatismo
gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável”.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e
Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)