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Grande
parte da imprensa nacional e um expressivo contingente de habitantes do país tornam-se
ufanistas exacerbados em tempos de eventos esportivos de grande repercussão
mundial como Jogos Pan-Americanos, Copa do Mundo, Olimpíadas. As transmissões
televisivas dos Jogos Olímpicos 2016 não mudou. Ainda continuam com o tom
apelativo de sempre, a mesma forçação de barra e a mesma patacoada
patriótica... Quando um atleta brasileiro não consegue vencer uma competição,
logo surgem as justificativas: não foi um dia de sorte, amarelou na hora H,
valeu o esforço, nosso país não apoiou este esporte, a modalidade tal entrou
para história das Olimpíadas, este foi o melhor resultado... Tanto imprensa
quanto a torcida não admitem que os adversário são superiores.
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Talvez
o altíssimo investimento dos meios de comunicação na exibição das competições
seja responsável pela onda ridícula de patriotismo verde amarelo espalhado por toda
nação em épocas de grandes eventos esportivos que fascinam a humanidade. Alguns
atletas do Brasil são “endeusados” pela TV, contudo não passam de meros mortais
diante de grandes estrelas estrangeiras. Os grandes veículos de comunicação criam
“heróis olímpicos” tupiniquins, antes deles mostrarem suas qualidades. Sem
contar que alguns podem apresentar desempenho medíocre muito abaixo da média...
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Enfim,
na República Federativa do Brasil na área (dos esportes) repete o que faz no seu
cotidiano. Olham para dentro do país como se aqui fosse o centro do universo. Rejeitam
a ideia de que o êxito requer planejamento, respeito, disciplina, hierarquia,
muito suor e uma permanente análise do que o resto do mundo faz. Infelizmente,
no Brasil, antes de produzir os resultados, pensa-se na festa, ou melhor, o primordial
é a festa.
Sérgio Lopes
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