sábado, 22 de dezembro de 2018

A magia da sétima arte

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Imagem: SlideShare

          No final século XIX, a sétima arte tornou realidade. Os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, realizaram as primeiras exibições públicas e pagas do cinema. “A saída dos operários da fábrica” e “A chegada do trem à estação” foram os dois filmes mais conhecidos e que tiveram repercussão mundial. Ainda no fim do século XIX, surgiu o produtor de filmes de ficção, George Mèlies. Ele foi responsável pela inserção da fantasia na realização dos filmes e narrativas voltadas para o entretenimento. Nas duas primeiras décadas do século XX, os filmes realizados consolidaram e desenvolveram a linguagem do cinema como arte independente. No ano de 1926, o som surgiu no cinema, com o filme "The Jazz Singer" da Warner Brothers. Contudo, o som não era totalmente sincronizado. Somente em 1928, a Warner Brothers obteve sucesso com a sincronização entre o som e a cena, no filme “The Light of New York". Do final dos anos de 1920 até 2018, o cinema passou por processo evolutivo. A trajetória foi marcada por status, glamour, encantamento aliado à modernidade e sofisticação.
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Imagem: Key Differences

          Duas produtoras de cinema destacam nos dias atuais. A norte-americana Hollywood tornou a mais famosa do planeta.  A indiana Bollywood é considerada a maior produtora mundial de filmes. Diante disso,  algumas nações têm a indústria cinematográfica como atividade econômica relevante. O audiovisual e o cinema estão em crescimento incessante, no século XXI.  A ampliação dos meios pelos quais se veiculam sons e imagens como (internet, rede social, celular, DVD, TV digital aberta, TV digital “por assinatura” dentre outros) configuram seu aparecimento cada vez superior e mais significativo. O audiovisual representa uma das maiores exportações dos Estados Unidos e provavelmente, a parte mais considerável. A inovação digital na captação e reprodução de imagens podem baratear os custos da produção audiovisual. Bem como, universalizar o acesso a alguns dos meios tecnológicos e possibilitar o aumento da produção. Os novos meios de veiculação e produção tornam os produtos audiovisuais mais acessíveis e presentes às pessoas? Eles somam a tendência ao aumento do tempo disponível para lazer e consumo na sociedade moderna?


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Imagem: SlidePlayer
          Segundo o diretor e cineasta André Klotzel: “No Brasil, o cinema nacional chegou a ocupar mais de 30% do mercado interno durante toda década de 1970 e início dos anos 1980. Em seguida ocorreu uma queda e, depois, um desaparecimento abrupto da atividade no início dos anos 1990, com o desgoverno Collor, até ir ressurgindo e começar a ocupar espaço mais significativo no início de milênio. Chegamos à faixa dos 10% de ocupação, tivemos um pico de 23% em 2003, 15% no ano seguinte e, em 2005, ficou mais ou menos nos 10%”. Todavia, a quantidade de pessoas que prestigiam as salas de cinema do país aumentou mais de 60% nos últimos oito anos. De acordo com dados do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA), divulgado no início de 2018, o levantamento analisa os números de 2009 a 2017. Conforme a OCA, o total de público nas salas de cinema do Brasil, no último ano, foi mais de 181 milhões de telespectadores. A quantidade de pessoas é a segunda maior desde que os levantamentos começaram a ser feitos em 2009, ficando atrás apenas de 2016 com 184 milhões.

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Imagem: Orçamento Global Anual 
          Diante da possível realidade, o cinema digital pode ser considerado meio de veiculação de peças audiovisuais, que já começa a substituir as salas de projeções tradicionais (em película). Ele veio para facilitar e democratizar em termos produtivos no cinema como conhecemos antigamente, onde os valores dos equipamentos e da finalização eram extremamente impeditivos.  Os impactos na sociedade são cada vez maiores, uma vez que qualquer um pode colocar seu filme na internet e exibi-lo para milhões e milhões de pessoas, através desta importantíssima ferramenta de distribuição digital de conteúdos produzidos por qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo. Por fim, a possibilidade de democratização do fazer audiovisual, pode contribuir para o desenvolvimento e conhecimento identitário das mais diversas comunidades e grupos humanos. A existência de incentivos econômicos suficientes torna-se necessário para convencer os responsáveis pela exploração dos cinemas. As possibilidades de receitas adicionais através de conteúdos alternativos são argumentos favoráveis.
Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)


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