Imagem: AltoAstral |
Segundo
o site extra.com.br, o carnaval foi trazido pelos colonizadores portugueses e
começou a ser festejado na nação brasileira, por volta do século XVII. Conforme
o portal, inicialmente, era uma festa chamada Entrudo – um evento mais “bagunçado”,
com guerras de água, a farinha e limões de cheiro, e que, muitas vezes, podia
ultrapassar o limite da brincadeira e se transformar em algo bem violento –
tanto que acabou sendo proibida por volta de 1840. De acordo com o
extra.com.br, com a proibição do evento, a festa ganhou ares mais europeus e
passou para os salões de baile. Porém nada no mesmo tom que conhecemos agora,
já que naquela época até ópera tinha na trilha sonora do carnaval. Ainda de
acordo com o site, a coisa só começou a tomar as formas do que conhecemos hoje,
com a criação da primeira marchinha, em 1899, por Chiquinha Gonzaga.
Imagem: Xnxx |
Conforme
o site extra, a canção chamava-se “Ó abre alas” e foi feita para o cordão
carnavalesco Rosa de Ouro. Depois surgiram novos compositores, como Braguinha,
Haroldo Lobo e Lamartine Babo, e as marchinhas – e o próprio samba – começou a
se popularizar por volta da década de 1920. Daquela época até 2019, o evento
espalhou pelos quatro cantos do Brasil e passou a ser prestigiado em todo
planeta... Europeus, asiáticos, norte-americanos, latinos..., os gringos vêm
amar as mulheres brasileiras e prestigiar as belezas do cenário carnavalesco.
Durante quatro dias, o povo bebe, dança, canta e num gesto de despreocupação
com o mundo apronta, e muito... Em 1979, o antropólogo Roberto Da Matta lançou
o livro “Carnavais, Malandros e Heróis". O autor levantou um tema para
reflexão a respeito do carnaval.
Imagem: doutrina espirita |
Segundo da Matta, nas festas
carnavalescas do nosso país, acontece uma troca de papéis na sociedade. Nas
ruas, as pessoas menos favorecidas economicamente viram ricos. E os que tem
condições financeiras mais favoráveis posam de pobre – ou, se não o faz, ao
menos passa a prestigiar a periferia passando na avenida. No período de 02 a 05 de março de 2019, os
problemas do país como: (miséria, corrupção, falcatrua, violência) são
ignorados e milhões de brasileiros só pensam em beber e pular. Esquecem que o
sistema político está a um passo do colapso (caos na saúde pública; Reforma da
Previdência; habitação; desigualdade social; crise generalizada; desemprego;
sistema educacional precário, criminalidade; poluição) são atribulações que
assolam o Brasil... Não há preocupação com as questões (políticas, econômicas,
sociais, culturais, educacionais, religiosas). Enfim, o carnaval foi, é e
sempre será só uma alegoria para retratar a crise brasileira? Ou a gente merece
sim o Carnaval?
Sérgio Lopes (jornalista e professor)
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