quinta-feira, 29 de julho de 2021

A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida.
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Um coração bate no peito dos Professores Contratados

 

A educação é, foi e sempre será desprezada pelos governantes... Desde 1500 até os dias atuais, os governantes nunca priorizam o sistema educacional. As políticas públicas de educação são precárias. As salas de aula estão superlotadas, os equipamentos estão quebrados, os salários são pífios, a exploração do trabalho remoto em tempos pandêmicos é real, a burocracia e a tecnocracia são excessivas... Os políticos afastados do poder adoram criticar o modelo educacional e os gestores empossados não resolvem os problemas... As siglas partidárias fazem promessas mirabolantes, somente na época da campanha eleitoral, tais como: "No meu mandato, nós vamos realizar o concurso”. “Nós vamos implantar a educação integral”. “Nós vamos valorizar o salário dos profissionais da educação". Infelizmente, uma parte considerável de professores acredita nos projetos utópicos. Nas épocas dos pleitos eleitorais, os sindicatos da Educação fizeram ou ainda fazem campanhas para o prefeito ou prefeita sindicalizados. Ademais, quase todos sindicalistas eram ou são filiados aos partidos.  Nas eleições municipais de 2020, alguns candidatos professores reelegeram e outros se tornaram políticos. Contudo quando assumiram, muitos repetiram ou repetem os mesmos erros dos antecessores. Não fizeram ou não fazem nada de inovador, tomaram ou tomam medidas (antipáticas, autoritárias, medíocres) contra os docentes. Na principal cidade da Zona da Mata Mineira, os professores da Rede Municipal de Ensino, sobretudo, os contratados não têm o mínimo de valor. Neste mês de julho, eles não terão direito às férias ou recesso. Serão “acolhidos“ e “obrigados” a participar da formação planejada pela Secretaria de Educação, considerando ao eminente retorno das aulas presenciais nas escolas. Os professores contratados são escravos. Que no peito dos professores contratados... No fundo do peito bate calado. Que no peito dos professores contratados. Também bate um coração. Enfim, os Sindicatos são reféns da classe política brasileira.  Os direitos dos professores estão sendo aniquilados. Vamos celebrar a destruição do magistério! Viva o Lulapetismo! Viva o Bolsonarismo!  Viva a polarização!

Sérgio Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)


domingo, 27 de junho de 2021

O Fanatismo está matando a Sociedade Brasileira

 

As principais lideranças do partido político apropriaram-se do dinheiro do povo, foram encarceradas, fizeram acordos espúrios com empresas particulares.  Contudo, você é apaixonado pela sigla partidária. Não acredita nas informações veiculadas pela mídia e continua defendendo fervorosamente a cúpula política. Os times de futebol A, nos anos (1960, 1970,1980), conquistaram títulos. Porém não obteve mais triunfos.  Fizeram e fazem campanhas medíocres e não seguiram na elite futebolística. As equipes B ergueram taças, sofrem acusações de serem extremamente beneficiadas pela arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Os clubes C venceram torneios cobiçados, mas foram destruídos pela ganância e corrupção dos dirigentes. O momento é delicado para os times A, mas alguns adeptos não aceitam a realidade e vivem das glórias passadas. Uma parte de admiradores das agremiações B acha que são imbatíveis e vencerá todas as competições. Segundo alguns torcedores, “nós somos os maiores, vamos ganhar tudo”. Uma quantidade de fãs do time C ignora a crise financeira, aposta no peso da camisa, acha que conseguirá atingir o objetivo.  Outra parte acredita nos patrocínios e aspira ao título esperado por décadas. O cidadão é instruído, porém não aceita a opinião de ninguém, exceto dos (irmãos, irmãs, familiares).  Conversa a respeito de política com alguns amigos.  Um deles disse: “O senhor Enéas Carneiro disputou as eleições presidenciais por três vezes, em 1989, 1994 e 1998”. O sapiente não concorda, liga para a irmandade e eles confirmam o que o fulano falou. Então, aceita a afirmação como verdadeira. Diante desta possível realidade, o primeiro caso é considerado fanatismo político.  O segundo é fanatismo futebolístico e o terceiro é fanatismo familiar.  Segundo o site https://www.dicio.com.br, fanatismo é excesso de admiração (cega e veemente) demonstrada por algo ou por alguém.   O pensamento do fanático atrasa a percepção da verdade e incorpora ações ilógicas e descontroladas. Enfim, como afirmou François Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, “Quando o fanatismo gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável”.

Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)


segunda-feira, 14 de junho de 2021

Carta aberta aos Vereadores de Coronel Pacheco

 

Coronel Pacheco, 14 de junho de 2021.

           Ilustres Vereadores Pachequenses,

            Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o Brasil e o mundo enfrentam problemas com internações, mortes, sofrimentos, crise econômica, falta de oportunidade de trabalho e isolamento social.  Em tempos pandêmicos, milhões de pessoas estão com suas vidas transformadas. A rotina alterada, as mudanças no trabalho e, sobretudo, as relações humanas são marcas profundas da Covid 19.  

             O município de Coronel Pacheco também sofre com suas dificuldades. Infelizmente, já ocorreram óbitos... A atual gestão adotou e ainda adota medidas de combate ao coronavírus. Contudo, uma possível crise econômica mundial do pós-pandemia pode provocar o risco de uma recessão generalizada e elevar a desigualdade social.  O desemprego, a fome, a miséria podem gerar situação de risco e vulnerabilidade social para milhões de indivíduos e famílias.                       

              Diante desta possível realidade, o planeta pós-covid 19 ainda é uma incógnita. O nosso município poderá ser afetado... Excelentíssimos Senhores Vereadores, qual é a percepção oportuna a respeito da disseminação e do fim do SARS-CoV-2? No cenário pós-pandemia, o que Coronel Pacheco precisaria para se desenvolver nas áreas da: (Educação, Saúde, Saneamento Básico, Infraestrutura, Agricultura, Outras)? A população pachequense quer respostas. Deus os proteja.  Deus abençoe o povo de Coronel Pacheco.

Jornalista e Professor Sérgio Lopes

 

 

 

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Amar

 

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Lá se foi mais um guerreiro valioso

 

No período de 07 de agosto de 1964 até 06 de maio de 2021, Henrique Figueiredo Curcino espalhou alegria, amor, simpatia, carisma, humildade, bondade, humor, amizade, alto astral, diversão e simplicidade por todos os lugares.  Henrique Figueiredo Curcino era conhecido como Lico, Linco, Fofinho,  Paulista, Índio, o cara do uísque, o  primo paulista.  Ele nasceu na Região Sul do Brasil, em  Bandeirantes, estado do Paraná. Ainda jovem foi com sua família para São Paulo. Trabalhou em diferentes ramos de atividades:  representação de tapetes, educação infantil (creche), produção de artesanato, bares, restaurantes, similares... Na área comercial, demostrou um talento extraordinário, juntamente com sua esposa (Vani Lopes). O jovem casal conquistou uma excelente clientela. O trabalho proporcionou imóveis, automóvel, capital. Contudo, Henrique Figueiredo Cursino nunca abriu mão dos prazeres da vida.  Na badalação de São Paulo, Lico frequentou os Shoppins Centers e suas praças de alimentação,  usou roupas de grife, saboreou as boas bebidas,  curtiu o litoral paulistano, divertiu com os pancadões barulhentos e apreciou o que tem de melhor na  gastronomia paulista. Além disso, foi um pai de família exemplar. Nunca deixou faltar nada para sua esposa, filhos, netos, parentes. Todavia, Lico estava bem desgastado com o agito da capital. Então, começou fazer viagens para a cidade natal.  Espalhou alegria em Bandeirantes. Mas Lico ainda não tinha conhecido o estado de Minas Gerais. No ano de 1998, Lico conheceu Minas Gerais... O paulista veio diretamente para a pequena Coronel Pacheco. Inicialmente, ficou perplexo com o tamanho da cidade. Mas sua vinda foi hilária. No primeiro dia do primo paulista, eu  e  meus irmãos fomos apresentar a cidade para o Lico, que aqui passou a ser chamado de Linco. A ida inicial foi no antigo bar do Paulinho. Linco pediu um monte de cerveja e tira-gosto... Nós ficamos assustados, mas foi muito divertido... Linco ficou encantado com a cidade e as suas vindas tornaram frequentes. Ele e sua família sempre ficavam hospedados na residência dos meus pais. Ele tinha um imenso carinho pela minha falecida mãe e por toda nossa família... Sinceramente, era um bagunça geral.... Mas era bom demais. Nós comíamos peixes e  fazíamos churrascos maravilhosos. Aliás, Linco era um baita de um churrasqueiro. Linco e Vani faziam o tradicional baião de dois, prato nordestino espetacular... Linco foi além dos laços familiares, ele começou a curtir todas as festas da região (Cabra Fest, Festa da Banana, Exposição , Carnaval). O uísque, a água de coco e o  red bull passaram a ser sua marca registrada. Essa prática é muito comum em São Paulo, mas na nossa região, uma novidade... O amor de Linco por Minas Gerais foi crescendo...  Então, ele decidiu comprar um granja no Jardins do Continente, Coronel Pacheco.  Definitivamente, ele passou a ser conhecido por todos e começou a fazer muitas amizades.  A galera  (Nenem, Tilica, Braz Junior, e outros  ),  o pessoal do bairro Continente, o Anderson do bar ( chamado por ele de bar do aranha), o bar do Waldir, a galera do centro de Coronel, o pessoal de Goianá (Conde do gás, Eleuza, Samuel, Claudinha...) e tantos outros sempre  demostraram muito amor e carinho. Bem como,   tornaram amigos e admiradores do nosso querido  Henrique Figueiredo Curcino.

Eu , minha esposa (Clarisse), meus filhos (Murilo e Miguel), meu pai (Murilo), meus irmãos (César e Eder), minhas cunhadas (Ana Paula e Carolina) e todos os simpatizantes do Linco devemos acreditar que ele partiu, porém nunca abandonará  nossos corações e deixará sempre  conosco um saudade sem fim. Meu querido primo, amigo e guerreiro Linco, muito obrigado por tudo. Vá em paz, vá com os anjos !!!

Jornalista e Professor Sérgio Lopes

 

 

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Zé Carlos, a trajetória de um vencedor

 

Não há palavras para definir este grande homem.  Zé Carlos cumpriu com maestria sua passagem por este mundo. Foi um pai de família exemplar, foi um excelente profissional.  Ele foi um verdadeiro vencedor...  Dedicou anos na Prefeitura local, e sempre prestou bons serviços...  Educou muito bem suas filhas.  Possibilitou que elas conseguissem  diplomas universitários, ambas são formadas.  Eu ,particularmente, já tive o prazer de lecionar para a Flávia.  Hoje ela e a sua irmã Flaviani são duas mulheres educadíssimas... Zé Carlos,  eu o chamava de goleirão... Ele foi um grande goleiro no futebol local.  O Tuchinha, o  Dodó e o  Coleu sabem o que estou falando.... Zé Carlos foi um homem admirado pela família Valério e pela família Dornelas. Meu amigo Emerson Dornelas sempre fala a respeito do arraiá dos Dornelas, lá  na casa do Zé Carlos.   Zé Carlos foi um ilustre guerreiro  e um homem respeitado pelas famílias de Coronel Pacheco. Zé Carlos foi  um marido excepcional. Há uma frase muito marcante, que eu uso no meu cotidiano :Por trás de um grande homem, há uma grande mulher. Minha querida amiga Marilene Dornelas é uma grande mulher e sempre foi o braço direito do Zé Carlos. Este casal maravilhoso, (Zé Carlos e Marilene), escreveu uma história de amor linda marcada por simplicidade, compreensão, lealdade, honestidade, responsabilidade, fidelidade, humildade, trabalho e fé...  Eu completei dez anos de casado e vivo muito bem com a minha esposa. Minha fonte de inspiração é o  casal ( Zé Carlos e Marilene) com mais de 35 anos de matrimônio. Vocês são exemplos de (união, respeito e bondade) para ser seguido pelos casais de nossa cidade. Zé Carlos, você foi um  ser humano sensacional . O senhor  deixou o  legado de honra, de caráter, da família abençoada e da bondade.  Zé Carlos goleirão, vá em paz !!!  Vá com os anjos !!!

Sérgio Lopes ( Professor e Jornalista)