A
pobreza e as desigualdades sociais atravessam as nações ricas e pobres... Nos
países com condições econômicas mais favoráveis, oceanos da prosperidade
contrastam com arquipélagos de exclusão social. Já nos países menos favorecidos
economicamente, pequenas ilhas de prosperidade pontilham oceanos de pobreza. Esta
análise pode ser aplicada também no Brasil. Alguns centros urbanos (São Paulo,
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Porto Alegre) enfrentam vários
problemas como moradia, desemprego, desigualdade social, saúde, educação,
violência e exclusão social.
O
acesso à moradia com as devidas condições de infraestrutura (saneamento
ambiental, asfalto, iluminação, etc.) não atende a maioria dos moradores das
grandes cidades brasileiras. O surgimento e ampliação de favelas desprovidas de
serviços públicos tornaram-se comum. Muitos moradores não conseguem dinheiro
suficiente para conseguir uma habitação digna. Lamentavelmente, acabam utilizando as ruas das cidades
como espaço de moradia. Boa parte da população não tem acesso à educação de qualidade,
não consegue obter qualificação profissional... Diante desta triste
realidade, há o aumento significativo do desemprego e torna mais intenso atividades
como as desenvolvidas por flanelinhas, coletores de materiais recicláveis,
vendedores ambulantes, dentre outras do mercado informal.
Além
disso, o nosso país apresenta “bolsões de pobreza” que são consideradas as
regiões carentes de investimentos e estrutura. No estado paranaense, as cidades
que apontam os elevados indicadores de pobreza localizam-se principalmente na
porção centro-sul, na forma de focos isolados ou manchas contínuas. Essa parte
do Paraná ocupa a área chamada “Campos de Guarapuava”. Por longos anos, o
espaço ficou isolado dos principais centros consumidores, devido à precária infraestrutura
viária. Apesar da melhoria em sua acessibilidade e das transformações ocorridas
em suas estruturas produtivas, a área ainda guarda várias das características
herdadas de seu processo de ocupação humana e valorização econômica...
No estado de Minas Gerais está localizado o Vale do Jequitinhonha, que é
submetido a longos anos sem chuva. O local é marcado pelo martírio da seca e
por baixos índices de desenvolvimento socioeconômico: obras e projetos
implementados pelo poder público que não funcionam, estão parados ou
abandonados. O resultado é o desperdício de dinheiro público, enquanto os
cidadãos sofrem as consequências da falta de investimentos e de compromisso dos
governantes...
O
Nordeste brasileiro é classificado como onerado pela vulnerabilidade à seca e
uma longa história de grande concentração da posse da terra. O povo nordestino sofre com o domínio dos
grandes latifundiários, a concentração de renda, defasagem, reduzida
diversificação (indústria e agricultura). A região ainda tem problemas com
prostituição, trabalho infantil, criminalidade, corrupção e coronelismo.
A
negligência é evidente, o poder público não consegue controlar os índices de
miseráveis. Não temos uma infraestrutura eficiente, o índice da pobreza, ou
seja, a propensão dos grandes desastres como (fome e a miséria) gerarem mais
vítimas humanas nos países subdesenvolvidos, é uma tendência estatística. As
fisionomias marcadas pela dor e pelo drama demonstram tantas vezes a nobreza de
alma de quem sabe reconhecer que depende de ajuda divina para superar as
diversidades neste Brasil e, sobretudo, alcançar a recompensa na eternidade.
Sérgio Lopes
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