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No
decorrer da história do Brasil, o nosso país passou sucessivamente por três
períodos políticos. O colonial iniciou com a conquista de Pedro Alvares Cabral,
e durou até 1822. Durante trezentos e vinte e dois anos, todas as decisões eram
tomadas pela metrópole europeia Portugal.
Com a independência proclamada em 07 de setembro de 1822, o Brasil
iniciou o período monárquico. A nação brasileira viveu o primeiro reinado
(governado por D. Pedro I) que terminou em 1831. Desta data até 1840, ocorreu o
Período Regencial devido à menoridade de D. Pedro de Alcântara; daí até 1889, o
Segundo Reinado, exercido por D. Pedro II. Marechal Deodoro da Fonseca proclamou
a República do Brasil no dia 15 de novembro de 1889, que ainda sobrevive até os
dias atuais.
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O
período republicano pode ser dividido em a República Velha (1889 – 1930), o
período de Getúlio Vargas (1930 – 1945) e a República Nova (de 1945 em diante).
Qual é o verdadeiro significado da República para o Brasil? Os articuladores do
sistema republicano eram militares. Não houve participação popular, o movimento
adquiriu feições de um golpe militar. Não podemos afirmar que o herói do novo
sistema político era um republicano convicto. Pelo contrário, segundo
informações do livro “Presidentes do Brasil – Biografias Políticas” de Claudio
Recco, a formação militar de Deodoro foi caracterizada pela rígida disciplina e
pela fidelidade a ordem. Monarquista convicto, algumas experiências, entretanto
fizeram com que o Marechal se chocasse com o governo de D. Pedro II, como a
questão militar e as lutas abolicionistas; porém isso não o transformara em um
republicano. Ainda de Acordo com Recco, em 1889, Deodoro afirmava que “uma
república no Brasil seria algo impossível, verdadeira desgraça. Que os
brasileiros estavam e estariam muito mal preparados para república, e que o
único sustentáculo do Brasil era a monarquia: se mal com ela, pior sem ela”.
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Contudo,
naquele ano de 1889, no dia 15 de novembro, o velho Marechal engoliu suas declarações
e levantou-se contra o governo imperial. Pela manhã, reuniu as tropas e foi
para o Campo da Aclamação, nos dias atuais é denominado Praça da República no
Rio de Janeiro. No primeiro momento, o intuito era destruir o Gabinete
comandado pelo Visconde de Ouro Preto. Os militares desejavam a troca do
Ministério e não falavam em proclamar a República. Entretanto na noite do dia
15 de novembro, Deodoro soube que D. Pedro II havia escolhido Gaspar Silveira
Martins para assumir o Gabinete no lugar do Visconde de Ouro Preto. O Marechal
reuniu com Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Benjamin Constant e declarou a
Proclamação da República. Marechal Deodoro da Fonseca tornou-se o primeiro
presidente republicano do país.
Imagem: Emanuel Nunes Silva615 × 597 |
Desde
de Deodoro da Fonseca até Michel Temer, o Brasil viveu 127 anos de República. É
importante a reflexão a respeito dos ideais da propaganda oficial dos
republicanos e a realidade concreta. Os idealizadores da República prometiam
trazer o povo para o centro da atividade política, porém consolidou-se quase
sem envolvimento popular nem na deposição da Monarquia nem na formação do novo
governo - o que ocorreu e ainda ocorre em mais de 100 anos, é uma junção de
forças entre as oligarquias (que davam sustentação ao Império) com uma parte da
nova burguesia comercial e industrial (as elites) que ditam o poder econômico
atual da nação brasileira... Enfim, o 15 de novembro de 1889, pode ser
considerado imposto arbitrariamente como o primeiro Regime Ditatorial Militar
da História do Brasil Independente? As consequências estenderam pelo futuro
numa sucessão de Ditaduras Civis e Militares que arruinaram com o Brasil e
interromperam seu legítimo Destino de Grandeza?
Sérgio
Lopes
Olá Sérgio,
ResponderExcluirparabéns por esta iniciativa em de criar, fomentar e promover este blog!
Excelente texto! Torço pelo sucesso deste trabalho e dos futuros!
Felicidades!!
Grande Abraço,
Franco Groia
Grande Mestre Franco Groia,
ExcluirAinda tenho muito que aprender com o senhor. Estamos tentando despertar o senso crítico dos leitores, a luta é árdua... Obrigado pela força de sempre.
Desejo lhe felicidade acima de tudo,
Sérgio Lopes