segunda-feira, 29 de julho de 2019

E lá se foi o músico João Gilberto!

          No dia 06 de julho de 2019, o Brasil perdeu o músico João Gilberto. Cantor talentoso que produziu canções relevantes e foi um dos fundadores da Bossa Nova. Segundo o site www.letras.com.br/biografia, João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira nasceu no dia 10 de junho de 1931, na cidade de Juazeiro na Bahia. Aos 18 anos decide se mudar para Salvador, com intenção de ser cantor de rádio e crooner. Em seguida, foi para o Rio de Janeiro, em 1950, e teve algum sucesso cantando no grupo Garotos da Lua. Ainda de acordo com o portal, João Gilberto passou por muitas dificuldades, mas tinha a ideia obsessiva de criar nova forma de expressar-se com o violão.

          Conforme o www.letras.com.br/biografia, a sorte de João começou a mudar. Ele conheceu o pianista e compositor Tom Jobim.  A influência da música norte-americana da época (principalmente o jazz) e o grupo de estudantes universitários músicos de classe média possibilitaram o lançamento, no final da década de 1950, do movimento que ficou conhecido por Bossa Nova.  No livro “Breve História da Bossa Nova” do autor Guca Domenico, é relatado que a Bossa Nova, nascida em 1958, é associada a uma imagem otimista do Brasil, no período que foi conhecido como Anos Dourados. Além disso, Guga destaca que o ritmo musical é um divisor de águas da música popular brasileira.

          As figuras de João Gilberto, Tom Jobim, Nara Leão, Vinicius de Morais, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, entre outros são os principais expoentes da bossa. Segundo o diversao.r7.com/pop/musica, foi com o lançamento do compacto que continha a música Chega de Saudades que João Gilberto começou uma grande revolução na música popular brasileira. Com seu banquinho e violão, João levou a música popular brasileira para o mundo, principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão. João Gilberto fez canções inesquecíveis, tocou violão com muita perfeição, fez parceria com nomes conhecidos da música, apresentações em casas renomadas. Além disso, viveu amores, conflitos, isolamento social e tocou o coração de muitos com seu talento musical. Enfim, aos 88 anos de idade, João Gilberto faleceu no Leblon, Rio de Janeiro, no dia 6 de julho de 2019.

Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)







            

sexta-feira, 26 de julho de 2019

A falsidade é uma doença na sociedade brasileira


          Conforme a linguagem coloquial, o dicionário é conhecido como “o pai dos burros”.  Já de acordo com a norma culta, Aurélio Buarque de Holanda tornou referência de dicionário da língua portuguesa. Em ambos, a palavra falsidade apresenta os seguintes significados: qualidade de falso; alteração propositada da verdade; mentira, calúnia; disposição para enganar; perfídia; falsificação; fraude. Os pensadores mundiais também deixaram suas impressões a respeito da falsidade. O principal nome da literatura espanhola Miguel de Cervantes, autor da obra “Dom Quixote” proferiu a seguinte frase: “a verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água”. O dramaturgo, poeta, ator e maior escritor da língua inglesa William Shakespeare disse o seguinte: “as palavras estão cheias de falsidade ou de arte; o olhar é a linguagem do coração”.

           O Teórico político, escritor, compositor autodidata genebrino e um dos maiores pensadores do iluminismo Jean-Jacques Rousseau afirmou: “sempre notei que as pessoas falsas são sóbrias, e a grande moderação à mesa geralmente anuncia costumes dissimulados e almas duplas”.  Em hindu, o vocábulo ‘Buda’ significa “Iluminado”, o nome foi dado a Siddhartha Gautama, líder religioso que viveu na Índia, ele fez a seguinte declaração: “um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma”. O compositor, cantor, guitarrista e responsável por tornar o reggae ritmo musical reconhecido internacionalmente, Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley declarou: “ideal seria que todas as pessoas soubessem amar, o tanto que sabem fingir”.

           Albert Einstein é considerado o gênio do século XX, profetizou que “gostaria de uma sociedade mais justa, menos corrupta, com menos hipocrisia, mais digna, com mais amor ao próximo, menos preconceito, menos rancor e principalmente mais paz na alma”. Uma parte considerável da sociedade atual é falsa ou hipócrita. Seja na família, no trabalho, na escola, na rua, no supermercado, na capital, no interior... Sempre deparamos com pessoas educadas e gentis que adoram dar tapinhas nas costas e três beijinhos. Fingem que são amigas, mas na realidade são falsas... Criticam as pessoas que são mais evoluídas, são excessivamente prestativos, só ajudam se houver benefícios, amam fofocas... Por fim, como lidar com a hipocrisia de homens e mulheres? Há possibilidade de pressentir a apunhalada pelas costas? 
Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)

terça-feira, 23 de julho de 2019

O que há de errado com o futebol brasileiro?

          O futebol brasileiro mexe com a paixão de milhões de torcedores e movimenta valores financeiros astronômicos na economia da nação. Muitos clubes tradicionais do mercado futebolístico do país tiveram ou ainda têm dirigentes inescrupulosos que já foram denunciados ou poderão sofrer denúncias por enriquecimento a custa dos times. Além disso, políticos também estão vinculados aos clubes. Sendo que, alguns usam de suas influências para ajudar o time do coração. Construção de estádio com dinheiro público, beneficiar mando de campo nos jogos, indicação de patrocinadores dentre outros são atitudes condenáveis que já foram praticadas ou ainda podem ser concretizadas por figuras do cenário político nacional. Outro personagem marcante no futebol é o empresário, agente ou procurador.

            Ele é responsável pela gestão da carreira profissional do jogador de futebol. Fazem as negociações dos jogadores com os clubes, negociam com os patrocinadores, prestam assessoria de imprensa e jurídica. Contudo, os empresários sofrem críticas de muitos e são acusados de “esquemas”, “propinas”, favorecimento aos filhinhos de papai para ingressar nas equipes tradicionais. O comando do futebol brasileiro está nas mãos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). As vinte e sete federações estaduais de futebol responsáveis pelos campeonatos estaduais são subordinadas e subservientes a CBF. Há quatro anos, o faturamento foi surreal. Segundo o site https://epoca.globo.com, as 27 federações estaduais em 2015, arrecadaram R$ 144,8 milhões. 

            Os responsáveis foram os cartolas que não chutam uma bola, não pagam salários de atletas, nem constroem e mantém estádios, mas detêm o monopólio sobre o futebol. Não existe partida oficial sem o aval de federações e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).  Os anos passaram e os lucros são espantosos. De acordo com https://blogs.oglobo.globo.com, a CBF fechou o seu balanço de 2018, registrou faturamento de R$ 668 milhões (ante R$ 590 milhões no ano anterior) e  lucro de R$ 52 milhões, R$ 1 milhão a mais do que em 2017.  A Rede Globo detém o monopólio de transmissão dos jogos do futebol nacional. A emissora toma medidas autoritárias. Dificultam a justa concorrência, determinam horários ridículos às partidas, usam de modo exclusivo as transmissões e imagens, diminuem as organizações responsáveis por comandar o futebol. Por fim, a CBF e a Rede Globo promovem uma perfídia ao futebol, ao torcedor e ao telespectador. Além de desprezar e desvitalizar preceitos flexíveis relevantes na sociedade civil.

Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)