terça-feira, 29 de outubro de 2019

Do Impresso a Internet, o que mudou?


          Os primeiros veículos de comunicação do país surgiram no ano de 1808. Em junho, circulava o “Correio Braziliense”, fundado, em Londres, por Hipólito José da Costa. Já o primeiro jornal editado foi a “Gazeta do Rio de Janeiro”, dirigida por frei Tibúrcio José da Rocha. Posteriormente, surgiram outros impressos. O telégrafo foi inaugurado em 1857, com a instalação da primeira linha telegráfica, entre Petrópolis e a praia da Saúde, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1877, as primeiras linhas telefônicas instaladas, na capital carioca, ligaram o Palácio da Quinta da Boa Vista à residência dos ministros do imperador D. Pedro II. No dia 07 de setembro de 1922, o rádio foi oficialmente inaugurado no país, na transmissão do discurso do então presidente Epitácio Pessoa, em comemoração ao centenário da independência e inauguração da radiotelefonia. 
         Em 1923, surgiu a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro por intermédio do médico Edgard Roquette Pinto. Além disso, estações de rádios foram surgindo em diversas cidades. No dia 18 de setembro de 1950, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, inaugurou o primeiro canal de televisão da América Latina (TV Tupi), dando início comercialmente a história da tevê no Brasil. Várias emissoras de televisão foram surgindo, sendo que algumas faliram e outras ainda continuam no ar. O crescimento nas áreas de informática, robótica, telecomunicações e biotecnologia são caracterizadas pela importação de nações capitalistas desenvolvidas, especificamente os Estados Unidos.  Ocorreram, sobretudo no ano de 1958 e nas décadas de 60, 70, 80, 90 do século XX. Contudo, a revolução tecnológica foi concretizada com o surgimento da internet. 
            Possibilitou que a informação alcançasse níveis de dimensão rapidamente em curto tempo. A internet do século XXI e os demais meios de comunicação podem ser responsável pela informação, entretenimento e meio de expressão de opinião das atividades políticas, econômicas, sociais e culturais. Enfim, são também considerados por muitos cooperadores de orientação ideológica, fuga da realidade, manipulação, separação do sujeito em relação ao grupo, ruptura e mudança de valores culturais, morais e sociais.  

Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A sacanagem no Brasil não é recente

      No início do século XIX, O Rio de Janeiro passou por transformação profunda. A vinda da família real portuguesa movimentou a vida cultural do país, o Príncipe Regente Dom João VI trouxe diversos livros, obras de arte, documentos, riquezas, entre outros artigos. Bem como, a criação de (cursos, museu, biblioteca, teatro, observatório astronômico, jardim botânico) e decretou o fim do pacto colonial com a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Em 1808, muitos portugueses vieram para o Brasil junto com a corte.
     O senhor Francisco Gomes da Silva, mais conhecido como Chalaça, foi amigo íntimo de Dom Pedro I. Teve participação na Independência da nação em 1822, na Constituição Federal de 1824 e na dissolução da primeira Assembleia Constituinte... Contudo, Chalaça sempre gostou de levar vantagens.  Usou as mulheres dos outros, sugou o dinheiro alheio, manipulou governos para conseguir proveitos monetários, criou intrigas, traiu políticos. A impunidade já prevalecia na Colônia, Período Joanino, Primeiro Reinado, Segundo Reinado, na Programação da República e na República Federativa do Brasil do século XXI.
    O modelo de colonização exploratória estabeleceu as sustentações para a disseminação da corrupção, que seguiu procurando terreno fértil para se preservar na esfera pública, alimentada pela falta de punição e pela continuidade de elites no poder. As trapaças, artimanhas, depravações, sacanagens sempre foram constantes na cena política brasileira.  O interesse pessoal sempre preponderando sobre as obrigações gerais. Os bastidores do poder político foram impregnados pelo vício da picaretagem. A sociedade progrediu no espírito de punir, porém não dá para limpar em poucos anos uma cultura. A corrupção não vai acabar imediatamente, no Brasil. Por fim, para modificar um pensamento são necessários séculos.

Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)

domingo, 20 de outubro de 2019

A Indústria Cultural e a Comunicação de massa visam o lucro




          Na década de 1940, os pensadores alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer escreveram o livro intitulado “Dialética do Esclarecimento". A obra destacou pela primeira vez a expressão “Indústria Cultural”. Afinal, qual é o significado do termo? Qual é o objetivo? Qual é a característica? Antes das respostas, é preciso entender que os meios de comunicação de massa são amplamente consumidos pela indústria cultural feito ferramentas de propaganda.  A indústria cultural pode ser considerada meio de produzir cultura no período industrial capitalista. Designa principalmente, a situação de arte na sociedade capitalista mercantil, definido por modo de produção que tem como objetivo o lucro.

          Além disso, algumas características marcantes são: conteúdo feito para consumo rápido; processo de produção que busca o ganho o grande consumo das massas; influência marxista que afirma que a economia funciona como impulsionadora da realidade social; avanços tecnológicos que garantiram a produção e disseminação rápida das obras produzidas; democratização e maior acesso aos conteúdos produzidos. Outro termo relevante da chamada indústria cultural é a comunicação de massa.  Ela consiste em todos os tipos de expressões culturais (gastronomia, desenhos animados, moda, séries de televisão, gênero de dança, revista, música, dentre outros) que são produzidos para alcançar a maior parte dos consumidores, com o intuito comercial, ou seja, constituir produtos para consumo.

          A comunicação de massa conserva modelo previsto para consumo instantâneo. A indústria cultural e a comunicação de massa podem ser usadas como sinônimos. Ambas têm o propósito de alcançar a maioria das pessoas, desconsiderando qualquer tipo de separação que possa existir na sociedade de notícias de outros serviços que “sustentam” os cidadãos. Os meios de comunicação de massa são os relevantes colaboradores da indústria cultural para propagação da comunicação de massa, contribuindo no processo de alienação e homogeneização cultural dos consumidores. Por fim, a indústria cultural e a comunicação de massa não transmitem valores simbólicos, mas visam o lucro obtido a partir do consumo da maior quantidade possível de pessoas.

Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)