terça-feira, 28 de dezembro de 2021
Feliz 2022
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
Reflexão de Gandhi
Mahatma Gandhi viveu no período de (1869 a 1948) , foi o verdadeiro exemplo de luta e resistência . Ele veio a ser, principal figura do
processo de independência da Índia, então colônia do Império Britânico. A batalha de Gandhi contra os ingleses ganhou
relevância internacional, por meio do seu projeto de não violência. O trabalho de Mahatma representou a desobediência
das leis inglesas sem se preocupar em suportar as decorrências da atitude. Além
disso, Gandhi embargou as mercadorias britânicas e fez greve de fome com participação
de mulçumanos e hindus... No ano 1947, a independência da Índia foi reconhecida
pelos ingleses. Enfim, a liderança de Mahatma Gandhi teve importância e reconhecimento mundial... Eis uma
excelente oportunidade para uma reflexão a respeito da prepotência de muitos
homens: “Houve tiranos e assassinos...E, por um tempo, eles parecem
invencíveis...Mas, no final, sempre caem. Pense sempre nisto. Os fortes só o
são por um instante, como o sonho de uma tarde que dura apenas um momento. No
final, são sempre destroçados. São como poeira ao vento. O amor é a força mais
sutil do mundo". Mahatma Gandhi
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Poética
Estou
farto do lirismo comedido
Do
lirismo bem comportado
Do
lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo
e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou
farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho
vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas
as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas
as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos
os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou
farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De
todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si
mesmo
De
resto não é lirismo
Será
contabilidade tabela de co-senos secretário
do
amante exemplar com cem modelos de cartas
e as
diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero
antes o lirismo dos loucos
O
lirismo dos bêbados
O
lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O
lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não
quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Manuel
Bandeira
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
Ferreira Gullar
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós
trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas:
há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60
anos…
Agora, é tarde demais para ser
reprovado…
E se me dessem – um dia – uma
outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em
frente…
E iria jogando pelo caminho a
casca dourada e inútil das horas.
(Mario Quintana )
domingo, 26 de setembro de 2021
Os justos e honestos sofrem
Muitos
trabalhadores são justos, honestos, dedicados, flexíveis, compreensivos,
comprometidos, solidários, honrados, e até bondosos. Eles passam anos de
suas vidas, colaborando com o progresso e o desenvolvimento de (Instituições de
Ensino, Empresas, Hospitais, Indústrias, Comércios...). Cumprem todas as
obrigações profissionais e não recebem salários compatíveis com suas funções.
Acima de tudo, abrem mão da família do lazer e da cultura. Tanto no setor
público, quanto no setor privado, vários homens íntegros estão adoecendo e
sofrendo: arbitrariedade, desigualdade, iniquidade, parcialidade, ilegalidade,
desrespeito, tendenciosidade... A honra e o caráter não aceitam fraude,
improbidade, falsificação, insinceridade, logro, má-fé, mentira, perfídia,
traição. A boa reputação, a dignidade, a honestidade não compactuam com desonestidade,
assédio e meias verdades. A moral, a generosidade, a gratidão nunca combinam
com acordos espúrios, negociatas ilegais e maracutaias... Quem já sentiu o
dissabor da injustiça? Infelizmente, ela atinge o homem honesto. Nos dias
atuais, algum pai de família está chorando de tristeza. Ele foi vítima de uma daquelas
surpresas desagradáveis no serviço. Ele perdeu o emprego? Ele foi traído por um
colega de trabalho? A versão de um acontecimento é algo bastante relevante e
deve ser explorado por várias concepções. Evitando com que a credibilidade do
trabalhador fique “comprometida”, quando um determinado indivíduo expõe
inadequadamente a respeito de situações que ocorreram ou foram comentadas por
profissionais de uma empresa para outras pessoas, sobretudo, se nessa situação
for a direção, a chefia imediata e até mesmo envolvendo outros cidadãos fora do
ambiente de trabalho. Muitos
empregadores acreditam na fala de terceiros, a injustiça atinge o ápice e o
meio profissional é deteriorado... Em
algumas situações, a Justiça do Brasil não ampara o colaborador honesto. Portanto,
nunca podemos desistir. Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos
Estados Unidos (1801 a 1809) e o principal autor da declaração de independência
dos Estados Unidos (04/07/1776), disse: “Quando a injustiça se torna a lei,
a resistência passa a ser um dever”.
Sérgio
Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
Clube da Esquina 2
Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço….
Porque se chamava homem
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases
lacrimogênios
Ficam calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio…
E lá se vai mais um dia
E o Rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente,
gente, gente…
Flávio Venturini
terça-feira, 31 de agosto de 2021
Tecendo a Manhã.
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro: de outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzam
os fios de sol de seus gritos de galo
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão".
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
O trabalho análogo à escravidão no Brasil
O trabalho escravo durou mais de três séculos no nosso país. O Brasil foi a última nação ocidental a abolir a escravidão no mundo. Contudo, o trabalho escravo ainda é marcante na atualidade... De acordo com informações recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima que existam pelo menos 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado em todo o mundo, e no mínimo 1,3 milhão na América Latina. Estudos já identificaram 122 produtos fabricados com o uso de trabalho forçado ou infantil em 58 países diferentes. Conforme a OIT, calculou em US$ 31,7 bilhões os lucros gerados pelo produto do trabalho escravo a cada ano, sendo que metade disso fica em países ricos, industrializados... Em consequência disso, milhões de pessoas vivem em circunstâncias humilhantes de trabalho. A submissão por dívida, a ocupação coagida e até a jornada fatigante. Em síntese, Abraham Lincoln, o ex-presidente norte-americano que libertou os escravos dos Estados Unidos, disse: "Se a escravatura não é má, nada é mau”.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
quinta-feira, 29 de julho de 2021
A Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida.
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
Vinícius de Moraes
quinta-feira, 1 de julho de 2021
Um coração bate no peito dos Professores Contratados
A educação é, foi e sempre será desprezada pelos governantes... Desde 1500 até os dias atuais, os governantes nunca priorizam o sistema educacional. As políticas públicas de educação são precárias. As salas de aula estão superlotadas, os equipamentos estão quebrados, os salários são pífios, a exploração do trabalho remoto em tempos pandêmicos é real, a burocracia e a tecnocracia são excessivas... Os políticos afastados do poder adoram criticar o modelo educacional e os gestores empossados não resolvem os problemas... As siglas partidárias fazem promessas mirabolantes, somente na época da campanha eleitoral, tais como: "No meu mandato, nós vamos realizar o concurso”. “Nós vamos implantar a educação integral”. “Nós vamos valorizar o salário dos profissionais da educação". Infelizmente, uma parte considerável de professores acredita nos projetos utópicos. Nas épocas dos pleitos eleitorais, os sindicatos da Educação fizeram ou ainda fazem campanhas para o prefeito ou prefeita sindicalizados. Ademais, quase todos sindicalistas eram ou são filiados aos partidos. Nas eleições municipais de 2020, alguns candidatos professores reelegeram e outros se tornaram políticos. Contudo quando assumiram, muitos repetiram ou repetem os mesmos erros dos antecessores. Não fizeram ou não fazem nada de inovador, tomaram ou tomam medidas (antipáticas, autoritárias, medíocres) contra os docentes. Na principal cidade da Zona da Mata Mineira, os professores da Rede Municipal de Ensino, sobretudo, os contratados não têm o mínimo de valor. Neste mês de julho, eles não terão direito às férias ou recesso. Serão “acolhidos“ e “obrigados” a participar da formação planejada pela Secretaria de Educação, considerando ao eminente retorno das aulas presenciais nas escolas. Os professores contratados são escravos. Que no peito dos professores contratados... No fundo do peito bate calado. Que no peito dos professores contratados. Também bate um coração. Enfim, os Sindicatos são reféns da classe política brasileira. Os direitos dos professores estão sendo aniquilados. Vamos celebrar a destruição do magistério! Viva o Lulapetismo! Viva o Bolsonarismo! Viva a polarização!
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
domingo, 27 de junho de 2021
O Fanatismo está matando a Sociedade Brasileira
As principais
lideranças do partido político apropriaram-se do dinheiro do povo, foram encarceradas,
fizeram acordos espúrios com empresas particulares. Contudo, você é apaixonado pela sigla
partidária. Não acredita nas informações veiculadas pela mídia e continua defendendo
fervorosamente a cúpula política. Os times de futebol A, nos anos (1960, 1970,1980),
conquistaram títulos. Porém não obteve mais triunfos. Fizeram e fazem campanhas medíocres e não
seguiram na elite futebolística. As equipes B ergueram taças, sofrem acusações
de serem extremamente beneficiadas pela arbitragem da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol). Os clubes C venceram torneios cobiçados, mas foram destruídos
pela ganância e corrupção dos dirigentes. O momento é delicado para os times A,
mas alguns adeptos não aceitam a realidade e vivem das glórias passadas. Uma
parte de admiradores das agremiações B acha que são imbatíveis e vencerá todas
as competições. Segundo alguns torcedores, “nós somos os maiores, vamos ganhar
tudo”. Uma quantidade de fãs do time C ignora a crise financeira, aposta no
peso da camisa, acha que conseguirá atingir o objetivo. Outra parte acredita nos patrocínios e aspira
ao título esperado por décadas. O cidadão é instruído, porém não aceita a
opinião de ninguém, exceto dos (irmãos, irmãs, familiares). Conversa a respeito de política com alguns
amigos. Um deles disse: “O senhor Enéas
Carneiro disputou as eleições presidenciais por três vezes, em 1989, 1994 e
1998”. O sapiente não concorda, liga para a
irmandade e eles confirmam o que o fulano falou. Então, aceita a afirmação como
verdadeira. Diante desta possível realidade, o primeiro caso é considerado
fanatismo político. O segundo é
fanatismo futebolístico e o terceiro é fanatismo familiar. Segundo o site https://www.dicio.com.br, fanatismo é excesso
de admiração (cega e veemente) demonstrada por algo ou por alguém. O pensamento do fanático atrasa a percepção
da verdade e incorpora ações ilógicas e descontroladas. Enfim, como afirmou François
Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, “Quando o fanatismo
gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável”.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e
Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
segunda-feira, 14 de junho de 2021
Carta aberta aos Vereadores de Coronel Pacheco
Coronel
Pacheco, 14 de junho de 2021.
Ilustres Vereadores Pachequenses,
Em decorrência da pandemia do novo
coronavírus, o Brasil e o mundo enfrentam problemas com internações, mortes,
sofrimentos, crise econômica, falta de oportunidade de trabalho e isolamento
social. Em tempos pandêmicos, milhões de
pessoas estão com suas vidas transformadas. A rotina alterada, as mudanças no
trabalho e, sobretudo, as relações humanas são marcas profundas da Covid 19.
O município de Coronel Pacheco
também sofre com suas dificuldades. Infelizmente, já ocorreram óbitos... A
atual gestão adotou e ainda adota medidas de combate ao coronavírus. Contudo, uma
possível crise econômica mundial do pós-pandemia pode provocar o risco de uma
recessão generalizada e elevar a desigualdade social. O desemprego, a fome, a miséria podem gerar
situação de risco e vulnerabilidade social para milhões de indivíduos e famílias.
Diante desta possível realidade,
o planeta pós-covid 19 ainda é uma incógnita. O nosso município poderá ser
afetado... Excelentíssimos Senhores Vereadores, qual é a percepção oportuna a
respeito da disseminação e do fim do SARS-CoV-2? No cenário pós-pandemia, o que
Coronel Pacheco precisaria para se desenvolver nas áreas da: (Educação, Saúde,
Saneamento Básico, Infraestrutura, Agricultura, Outras)? A população pachequense
quer respostas. Deus os proteja. Deus
abençoe o povo de Coronel Pacheco.
Jornalista e Professor Sérgio Lopes
segunda-feira, 31 de maio de 2021
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 7 de maio de 2021
Lá se foi mais um guerreiro valioso
No período de 07 de
agosto de 1964 até 06 de maio de 2021, Henrique Figueiredo Curcino espalhou
alegria, amor, simpatia, carisma, humildade, bondade, humor, amizade, alto astral,
diversão e simplicidade por todos os lugares.
Henrique Figueiredo Curcino era conhecido como Lico, Linco, Fofinho, Paulista,
Índio, o cara do uísque, o primo paulista. Ele nasceu na Região Sul do Brasil, em
Bandeirantes, estado do Paraná. Ainda jovem foi com sua família para São Paulo.
Trabalhou em diferentes ramos de atividades:
representação de tapetes, educação infantil (creche), produção de
artesanato, bares, restaurantes, similares... Na área comercial, demostrou um
talento extraordinário, juntamente com sua esposa (Vani Lopes). O jovem casal
conquistou uma excelente clientela. O trabalho proporcionou imóveis, automóvel,
capital. Contudo, Henrique Figueiredo
Cursino nunca abriu mão dos prazeres da vida. Na badalação de São Paulo, Lico frequentou os
Shoppins Centers e suas praças de alimentação,
usou roupas de grife, saboreou as boas bebidas, curtiu o litoral paulistano, divertiu com os
pancadões barulhentos e apreciou o que tem de melhor na gastronomia paulista. Além disso, foi um pai de
família exemplar. Nunca deixou faltar nada para sua esposa, filhos, netos,
parentes. Todavia, Lico estava bem desgastado com o agito da capital. Então, começou
fazer viagens para a cidade natal.
Espalhou alegria em Bandeirantes. Mas Lico ainda não tinha conhecido o
estado de Minas Gerais. No ano de 1998, Lico conheceu Minas Gerais... O
paulista veio diretamente para a pequena Coronel Pacheco. Inicialmente, ficou
perplexo com o tamanho da cidade. Mas sua vinda foi hilária. No primeiro dia do
primo paulista, eu e meus irmãos fomos apresentar a cidade para o
Lico, que aqui passou a ser chamado de Linco. A ida inicial foi no antigo bar
do Paulinho. Linco pediu um monte de cerveja e tira-gosto... Nós ficamos
assustados, mas foi muito divertido... Linco ficou encantado com a cidade e as
suas vindas tornaram frequentes. Ele e sua família sempre ficavam hospedados na
residência dos meus pais. Ele tinha um imenso carinho pela minha falecida mãe e
por toda nossa família... Sinceramente, era um bagunça geral.... Mas era bom
demais. Nós comíamos peixes e fazíamos
churrascos maravilhosos. Aliás, Linco era um baita de um churrasqueiro. Linco e
Vani faziam o tradicional baião de dois, prato nordestino espetacular... Linco
foi além dos laços familiares, ele começou a curtir todas as festas da região (Cabra
Fest, Festa da Banana, Exposição , Carnaval). O uísque, a água de coco e o red bull
passaram a ser sua marca registrada. Essa prática é muito comum em São Paulo, mas
na nossa região, uma novidade... O amor de Linco por Minas Gerais foi
crescendo... Então, ele decidiu comprar
um granja no Jardins do Continente, Coronel Pacheco. Definitivamente, ele passou a ser conhecido
por todos e começou a fazer muitas amizades.
A galera (Nenem, Tilica, Braz
Junior, e outros ), o pessoal do bairro Continente, o Anderson do
bar ( chamado por ele de bar do aranha), o bar do Waldir, a galera do centro de
Coronel, o pessoal de Goianá (Conde do gás, Eleuza, Samuel, Claudinha...) e
tantos outros sempre demostraram muito
amor e carinho. Bem como, tornaram amigos e admiradores do nosso querido
Henrique Figueiredo Curcino.
Eu , minha esposa
(Clarisse), meus filhos (Murilo e Miguel), meu pai (Murilo), meus irmãos (César
e Eder), minhas cunhadas (Ana Paula e Carolina) e todos os simpatizantes do
Linco devemos acreditar que ele partiu, porém nunca abandonará nossos corações e deixará sempre conosco um saudade sem fim. Meu querido primo,
amigo e guerreiro Linco, muito obrigado por tudo. Vá em paz, vá com os anjos !!!
Jornalista e
Professor Sérgio Lopes
segunda-feira, 12 de abril de 2021
Zé Carlos, a trajetória de um vencedor
Não há palavras para definir este grande homem. Zé Carlos cumpriu com maestria sua passagem
por este mundo. Foi um pai de família exemplar, foi um excelente
profissional. Ele foi um verdadeiro
vencedor... Dedicou anos na Prefeitura
local, e sempre prestou bons serviços...
Educou muito bem suas filhas.
Possibilitou que elas conseguissem
diplomas universitários, ambas são formadas. Eu ,particularmente, já tive o prazer de
lecionar para a Flávia. Hoje ela e a sua
irmã Flaviani são duas mulheres educadíssimas... Zé Carlos, eu o chamava de goleirão... Ele foi um grande
goleiro no futebol local. O Tuchinha, o Dodó e o Coleu sabem o que estou falando.... Zé Carlos foi um homem admirado pela
família Valério e pela família Dornelas. Meu amigo Emerson Dornelas sempre fala
a respeito do arraiá dos Dornelas, lá na casa do Zé Carlos. Zé Carlos foi um ilustre guerreiro e um homem respeitado pelas famílias de
Coronel Pacheco. Zé Carlos foi um marido
excepcional. Há uma frase muito marcante, que eu uso no meu cotidiano :Por
trás de um grande homem, há uma grande mulher. Minha querida amiga Marilene
Dornelas é uma grande mulher e sempre foi o braço direito do Zé Carlos. Este
casal maravilhoso, (Zé Carlos e Marilene), escreveu uma história de amor linda
marcada por simplicidade, compreensão, lealdade, honestidade, responsabilidade,
fidelidade, humildade, trabalho e fé... Eu completei dez anos
de casado e vivo muito bem com a minha esposa. Minha fonte de inspiração é o casal ( Zé Carlos e Marilene) com mais de 35
anos de matrimônio. Vocês são exemplos de (união, respeito e bondade) para ser
seguido pelos casais de nossa cidade. Zé Carlos, você foi um ser humano sensacional . O senhor deixou o legado de honra, de caráter, da família
abençoada e da bondade. Zé Carlos
goleirão, vá em paz !!! Vá com os
anjos !!!
Sérgio Lopes ( Professor e Jornalista)
sábado, 10 de abril de 2021
Os comerciantes não são os responsáveis pela Covid 19
O setor comercial de Goianá está passando por um momento terrível, principalmente, os pequenos comerciantes... Os proprietários dos estabelecimentos comerciais têm contas e impostos para pagar. Além disso, eles têm filhos para criar e a grande maioria possui somente o comércio como única fonte de renda. As portas fechadas geram sofrimento, tristeza, desemprego e depressão... O comércio da nossa querida Goianá não é responsável pelo aumento dos casos de COVID 2019. A cidade recebe muitos visitantes e várias pessoas possuem residências no município. Há aglomerações? Há fiscalização para esse pessoal? Há barreiras sanitárias no acesso à cidade? Esperamos que Prefeito, Vice_prefeito, Vereadores, Autoridades Municipais, Comerciantes e população local fiquem unidos e tenham bom senso para tomar medidas inteligentes em relação ao combate do Coronavírus. A cordialidade e o respeito são primordiais neste momento. Gentileza gera gentileza!! Não é hora para arrogância, insensibilidade, rispidez, covardia, autoritarismo, desrespeito, crueldade, indiferença e sobretudo fanatismo político. Enfim, Deus dê discernimento para os políticos locais entenderem o que é sensato ou perigoso, verdadeiro ou falso, certo ou errado. Deus cuide de todos os comerciantes. Faça com que eles tenham paciência com os infortúnios... Mande dias melhores. Deus proteja o povo de Goianá e abençoe esta querida cidade.
quarta-feira, 31 de março de 2021
Poema de Sete Faces
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida
As casas espiam os homens
Que correm atrás de mulheres
A tarde talvez fosse azul
Não houvesse tantos desejos
O bonde passa cheio de pernas
Pernas brancas pretas amarelas
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração
Porém meus olhos
Não perguntam nada
O homem atrás do bigode
É sério, simples e forte
Quase não conversa
Tem poucos, raros amigos
O homem atrás dos óculos e do bigode
Meu Deus, por que me abandonaste
Se sabias que eu não era Deus
Se sabias que eu era fraco
Mundo mundo vasto mundo
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução
Mundo mundo vasto mundo
Mais vasto é meu coração
Eu não devia te dizer
Mas essa lua
Mas esse conhaque
Botam a gente comovido como o diabo
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 15 de março de 2021
Carta aberta aos Políticos e Autoridades Municipais de Coronel Pacheco
Coronel Pacheco, 15 de março de 2021
Prezados,
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Siga o primeiro conselho do Mestre
Certo dia, o mestre recebeu a
visita de um homem, uma pessoa deprimida. Tão logo chegou, foi convidado pelo
sábio para sentar e tomar um chá. “Mestre, ando revoltado. Lembro-me o tempo
todo do mal que já me fizeram e isso acaba comigo. Sinto-me triste e furioso…”
Sem piscar, o mestre respondeu: “Perdoe e esqueça.” O homem não acreditou no que
ouviu. “Senhor, eu não sou feito de pedra. Como pode dar um conselho assim para
alguém como eu, que já sofreu tanto? Estou muito magoado e ferido para simplesmente
perdoar e esquecer.” Foi quando o mestre concluiu: “Então eu vou te dar outra
opção: não perdoe e não esqueça. Tenha sempre na memória cada detalhe do que te
fez sofrer no passado. Sonhe com isso até não conseguir mais dormir, até ter
que tomar remédios. Chore e tenha muita pena de si mesmo. Perca peso e fique
com uma aparência pálida e abatida, faça com que todos os seus amigos se
preocupem com você. Pare de falar sobre momentos felizes e interrompa as
pessoas para reforçar o quanto você é triste e injustiçado. Aproveite e deixe
que isso se agrave para uma ansiedade, gastrite ou enxaqueca, assim você sempre
se lembrará do mal que lhe fizeram. Se você acha que este é o melhor caminho a
seguir, vá em frente. Boa sorte.”
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Narrativa de uma Lenda Hindu
“Deus tomou a redondeza da lua e a ondulação da serpente; o entrelaçamento da trepadeira e o tremer da erva; a esbelteza do caniço e a frescura da rosa; a ligeireza da folha e o aveludado do pêssego; o olhar lânguido da corça e a inconstância da brisa; o pranto da nuvem e a alegria do sol; a timidez da lebre e a vaidade do pavão; a doçura da penugem que guarnece a garganta dos pássaros e a dureza do diamante; o sabor doce do mel e a crueldade do tigre; o gelo da neve e o calor do fogo; o cacarejar do galo e o arrulho da rola. Misturou tudo isso e fez a mulher. Ela era graciosa e sedutora. E, achando-a mais bela que a íbis e a gazela, Deus, orgulhoso de sua obra, admirou-a e deu-a de presente ao homem. Oito dias depois, o homem, bastante confuso, procurou Deus e lhe disse: “Senhor, a criatura que me ofereceste envenena a minha existência; tagarela sem cessar, lamenta-se a propósito de tudo, chora e ri ao mesmo tempo, é inquieta, exigente e melindrosa; está sempre me importunando e não me deixa um instante de sossego. Suplico-te, Senhor, chama-a de volta para ti, pois não posso viver com ela”. E Deus, paternalmente, retomou a mulher. Mas, passados oito dias, o homem voltou a procurar a Deus: “Senhor, minha vida é uma solidão, desde que te restituí aquela criatura. Ela cantava e dançava na minha frente. Que suave expressão tinha ela quando me olhava de lado, sem voltar a cabeça. Ela brincava comigo! E não há fruto mais delicioso, de nenhuma árvore, que se compare às suas carícias! Imploro que me devolvas. Não posso viver sem ela!” E Deus devolveu-lhe a mulher. Passaram-se mais oito dias e Deus franziu o cenho, vendo surgir o homem que empurrava a mulher dizendo: “Senhor, não sei como isso acontece, mas a verdade é que esta mulher me dá mais aborrecimento do que prazer. Fica com ela, que eu não a quero mais!” A tais palavras, o Senhor lhe disse: “Homem, regressa à tua casa com tua companheira e aprende a suportá-la. Se eu a aceitasse de volta, daqui a oito dias tu virias de novo importunar-me para reavê-la. Vai e leva-a contigo.” E o homem se retirou murmurando: “Como eu sou infeliz! Duplamente infeliz, porque não posso viver com ela e não posso viver sem ela!”
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Vou-me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que
eu quero
Na cama que
escolherei
Vou-me embora pra
Pasárgada
Vou-me embora pra
Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma
aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de
Espanha
Rainha e falsa
demente
Vem a ser
contraparente
Da nora que nunca
tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro
brabo
Subirei no
pau-de-sebo
Tomarei banhos de
mar!
E quando estiver
cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a
mãe-d'água
Pra me contar as
histórias
Que no tempo de eu
menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra
Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo
seguro
De impedir a
concepção
Tem telefone
automático
Tem alcaloide à
vontade
Tem prostitutas
bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver
mais triste
Mas triste de não ter
jeito
Quando de noite me
der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei
—
Terei a mulher que eu
quero
Na cama que
escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
sábado, 2 de janeiro de 2021
Vindo Palestra moldado Cruzeiro
No final do século XIX, a abolição da escravidão possibilitou a entrada de europeus no Brasil. O desemprego e a miséria foram problemas sociais enfrentados pela Itália e outras nações da Europa. Milhões de imigrantes vieram para algumas cidades brasileiras... Belo Horizonte recebeu aproximadamente 80 mil italianos. De acordo com o Historiador Anísio Ciscotto Filho, “desse número, 70% veio trabalhar nas fazendas e em torno de 17% na construção da nova capital.” No processo de desenvolvimento de BH, o gosto pelo futebol foi intensificado pela colônia italiana... No dia 2 de janeiro de 1921, foi fundado a Societá Sportiva Palestra Itália, atual Cruzeiro Esporte Clube. No dia (02/01/2021), os nove milhões de corações cruzeirenses pulsam de alegria pelo Brasil, Minas Gerais e o mundo... A história centenária é marcada por 68 títulos oficiais: duas Copas Libertadores, quatro Campeonatos Brasileiros e seis Copas do Brasil. Ademais, a equipe conquistou 38 Campeonatos Mineiros, duas Supercopas Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa Ouro, uma Copa Master, duas Copas Sul-Minas, uma Copa Centro-Oeste, um Supercampeonato Mineiro, duas Copas dos Campeões Mineiros, cinco Taças Minas Gerais e uma Copa Belo Horizonte. Niginho, Orlando Fantoni, Natal, Nelinho, Ademir, Douglas, Ricardinho, Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, Zé Carlos, Palhinha, Joãozinho, Procópio, Roberto Batata, Boiadeiro, Perfumo, Luisão, Giovanni, Elivélton, Alex, Kléber Gladiador, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Marcelo Ramos, Marcelo Moreno, Sorín, Nonato, Roger Flores, Ronaldo, Montillo, Gomes, Fábio, Dida, Raul dentre tantos outros ídolos escreveram seus nomes nas páginas heroicas e imortais do Cruzeirão Cabuloso. A atual fase ruim não apaga a história. Parabéns Cruzeiro Esporte Clube!!! Felicidades 1000!!! Deus o abençoe.
“Cruzeiro,
Cruzeiro querido. Tão combatido, jamais vencido!”
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e
Especialista em TV, Cinema e Mídias)