Família na linha de pobreza
Embora
a corrupção crônica tenha dominado todo espaço púbico do país, a miséria é, na
atualidade, a questão que engloba os hábitos sociais e
costumes, o caráter individual e coletivo e os princípios das ações. O Brasil
ainda possui fome, desemprego, subemprego, violência. Milhões de pessoas não
possuem condições dignas de sobrevivência.
A carência absoluta de meios de subsistência dura por um longo tempo na nação,
várias gestões presidenciais tentaram aniquilar a miséria. Todavia, a realidade é que ocorre um processo
de divergência e perda de determinados homens ou comunidades em diversas
esferas do sistema de organização da sociedade.
A eternização
da discrepância no padrão de vida e nas condições de (direitos, bens, serviços)
entre membros de uma sociedade causam espanto e indignação. Bem como, é resultado de um país extremamente
desigual. As habitações precárias construídas, sobretudo, nos morros contrastam
com as mansões e as casas dos condomínios fechados. Muitos brasileiros passam
fome, não possuem nenhum alimento, sofrem com quadros de desnutrição e
mortalidade infantil. Por outro lado, parte privilegiada da sociedade tem garantia
de alimentos de qualidade diariamente.
Milhões
de brasileiros não têm coleta de lixo, rede de esgoto sanitário, água tratada.
Já outros possuem os serviços de saneamento básico. Os menos favorecidos usufruem
das escolas públicas, muitas apresentam condições precárias, os professores são
mal remunerados, o que pode resultar ensino de baixa qualidade. Em contrapartida,
as Instituições de Ensino pagas apresentam infraestrutura e material de melhor
qualidade. Os que possuem mais condições
financeiras conseguem obter diploma universitário, intercâmbio, aprender segunda
língua, cursos (Mestrado, Doutorado), com mais “facilidade” em relação aos
jovens pobres que precisam trabalhar, cotidianamente, para pagar as contas.
Os
endinheirados, após usufruir de ensino satisfatório, certamente, conseguirá melhores
oportunidades de trabalho. Os menos qualificados não conseguirão bons empregos,
o desemprego é realidade... O acesso à
cultura, o uso do transporte público, a utilização do sistema de saúde para população
de baixa renda são considerados de má qualidade, restrito, caro e limitado. Já
a população com dinheiro consegue serviço de qualidade. Enfim, o Brasil é sociedade
desajustada e inaceitável. A luta é sobrepujar essa triste realidade e, deste
modo, atingir resultado ainda não compreendido por políticas públicas e sociais.
Os milhões de brasileiros miseráveis precisam ser identificados e beneficiados, através da
ação conjunta de municípios, estados e federações.
Sérgio
Lopes Jornalista