terça-feira, 3 de setembro de 2024

O Minizento e a Mimizenta




No cotidiano, vamos encontrar o mimizento e a mimizenta.  Ambos são identificados pelo excesso de mimimi.  O vocábulo “mimimi” é para retratar indivíduo que está contestando demasiadamente ou apresentando comportamento de vitimismo  e autopiedade. O termo “mimimi” é na maioria das vezes relacionados aos homens e às mulheres que fazem lamentações insignificantes e dispensáveis, frequentemente, de maneira pueril e intensa. Eis alguns atributos dos mimizentos:  concentração máxima nas contrariedades e nas crises e não nos resultados, manifestação de descontentamento de maneira incessante e reiterada, reação de forma desequilibrada a feedbacks ou críticas, comportamento continuado de vítima de acontecimentos ou de atos e feitos de outros, dificuldade em lidar com revés, dependência de terceiros para enfrentar os obstáculos da vida ou buscar a resolução dos problemas, reclamação faz parte do cotidiano. Os mimizentos podem ser considerados como exageradamente afetivos ou que reclamam muito a respeito de temas e preocupações sobre questões sociais, culturais ou políticas que outros julgam irrelevantes.  Na realidade, o mimizento e a mimizenta podem ser empregados em algumas circunstâncias: situações do cotidiano, debates políticos e sociais, discussões nas redes sociais. Na primeira, no ambiente de trabalho ou nas questões particulares, onde alguém é notado como demasiadamente apreensivo ou frágil a julgamentos ou problemas menores. Na segunda, em contendas a respeito de temáticas como: (“Igualdade de Gênero”, “Diversidade”, “Direitos Humanos”), muitos são taxados de mimizentos pelos que divergem ou desprezam a relevância destas discussões. A terceira circunstância é o local que os indivíduos proferem seus pontos de vista e inquietações de uma variedade de assuntos, é normal ver atritos exaltados sobre o que é apontado como um impasse fundamentado ou uma queixa descomedida. Em suma, os mimizentos se tornaram adultos com condutas de rebentos. Pensamento e atitudes travadas como se fossem juvenis que não sabem raciocinar de forma criativa.  Eles querem, permanentemente, um maior de idade observando e sempre possuem percepção de ajuda por perto e por outras pessoas.

Sérgio Lopes Jornalista

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