O jogo
(“economizar dinheiro” x “só se vive uma vez”) pode ser considerado o duelo
entre o agora e o amanhã. Não gastar grana é demonstração de cuidado com os
dias que virão. Configura proteção, equilíbrio, organização para o inesperado. Em
contrapartida, o viver intensamente, com o intuito de aproveitar cada momento
da vida, revela curtir o hoje, procurar por glórias imediatas sem acreditar nos
resultados que podem decorrer de (medidas, realizações, acontecimentos),
investir em vivências. Diante disso, três exemplos práticos possibilitam a
reflexão. O primeiro: “a viagem sonhada
pela família”, se for para poupar... O
ideal é adiar para outra oportunidade, permanecemos juntando grana para
alcançarmos condição mais favorável. Caso seja para viver uma vez, o melhor é
parcelar o pagamento, e ir imediatamente, não importamos com as outras
contas. O segundo é: “sair para o
restaurante”. Para quem não quer pôr a mão no bolso, a justificativa é a
seguinte: preparar a comida em casa gasta muito menos. Os que querem ter a
experiência única, é maravilhoso ir ao restaurante sofisticado e apreciar a
ocasião. E por último, “aquisição do carro zero”, os econômicos optam pela
manutenção do veículo usado e aplicação do montante em investimentos. Já os que
escolhem viver somente uma vez, fazem financiamento do automóvel zero e só
pensam em celebrar a comodidade, o luxo, o status. Portanto, os que só querem guardar dinheiro
assumem riscos de viver repleto de escassez, juntando para um futuro que
porventura não desfrute. Os gastadores de plantão podem terminar endividados e
sem nenhuma garantia financeira no momento em que necessitarem. Nos dois casos,
a pressão é idêntica: impossibilitar o hoje para ficar estável amanhã ou
consumir hoje e pôr em risco a falta de algo indispensável no futuro. O meio
termo é alternativa adequada, melhor dizendo, destinar uma parte para reserva imediata/aplicação
e outra diversão e entretenimento.
Sérgio Lopes Jornalista
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