segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Convivência pessoal e social

 

Há uma cruel realidade nas relações humanas e sociais. Muitos homens e mulheres são convidados para festas, aniversários, casamentos, encontros, confraternizações, formaturas, premiações, inaugurações, ritos religiosos, jantares, viagens em grupo, eventos esportivos, palestras, workshops, seminários ou reuniões de trabalho. Entretanto, muitas vezes esses convites ocorrem por protocolo, vaidade ou interesse, e não refletem acolhimento genuíno. Ser recebido de coração aberto, por outro lado, pressupõe atenção sincera, empatia e reconhecimento da singularidade de cada indivíduo. No convívio social, no profissional ou nos laços afetivos, podemos ser inseridos, mas não realmente acolhidos. A separação entre simplesmente expor-se e ser verdadeiramente incluído revela uma contradição: a aparência de cordialidade pode servir de abrigo para atitudes falsas e egocêntricas. O reconhecimento do tempo, a autenticidade do convite e o respeito pela presença do outro constituem sinais de consciência e amor-próprio. Em suma, mais do que apenas comparecer, é fundamental escolher ambientes onde sejamos genuinamente aceitos e não apenas tolerados.

Sérgio Lopes – Jornalista

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