Há uma
cruel realidade nas relações humanas e sociais. Muitos homens e mulheres são
convidados para festas, aniversários, casamentos, encontros, confraternizações,
formaturas, premiações, inaugurações, ritos religiosos, jantares, viagens em
grupo, eventos esportivos, palestras, workshops, seminários ou reuniões de
trabalho. Entretanto, muitas vezes esses convites ocorrem por protocolo,
vaidade ou interesse, e não refletem acolhimento genuíno. Ser recebido de
coração aberto, por outro lado, pressupõe atenção sincera, empatia e
reconhecimento da singularidade de cada indivíduo. No convívio social, no
profissional ou nos laços afetivos, podemos ser inseridos, mas não realmente
acolhidos. A separação entre simplesmente expor-se e ser verdadeiramente
incluído revela uma contradição: a aparência de cordialidade pode servir de
abrigo para atitudes falsas e egocêntricas. O reconhecimento do tempo, a
autenticidade do convite e o respeito pela presença do outro constituem sinais
de consciência e amor-próprio. Em suma, mais do que apenas comparecer, é
fundamental escolher ambientes onde sejamos genuinamente aceitos e não apenas
tolerados.
Sérgio
Lopes – Jornalista

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