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No dia
25 de outubro de 2017, o povo da República Federativa do Brasil sofreu mais um
golpe da asquerosa “democracia” brasileira. A Câmara dos Deputados não aceitou por
251 votos a 233 (com duas abstenções e 25 ausentes), encaminhar ao Supremo
Tribunal Federal (STF), a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer,
apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O atual presidente do
país foi denunciado pelos crimes de obstrução de Justiça e organização
criminosa. A denúncia rejeitada pela Câmara envolveu também os ministros Moreira
Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), acusados de
organização criminosa. Os 251 deputados ajudaram a adiar para o futuro a
denúncia mostrada pelo (PGR) contra Temer.
Imagem: Portal O Dia |
Por que Temer recebeu apoio dos parlamentares? Segundo o Jornal O Estado de São Paulo, a negociação política para barrar as duas denúncias criminais contra Temer teve um custo que pode chegar a R$ 32,1 bilhões. Essa é a soma de diversas concessões e medidas do governo negociadas com parlamentares entre junho e outubro (2017), desde que Temer foi denunciado pela primeira vez, por corrupção passiva, até a votação da última quarta-feira (25/10). Ainda de acordo com o impresso paulista, o presidente atendeu demandas específicas de bancadas da Câmara. A ruralista, por exemplo, foi beneficiada com uma portaria que praticamente inviabiliza o combate ao trabalho escravo.
Imagem: Uol |
Diante
dessa manobra política arquitetada por Temer, a culminância da votação expõe de
uma maneira efetiva que estamos próximo do fim do “Estado Democrático de
Direito". O arquivamento da primeira denúncia (agosto de 2017) e a de
(outubro de 2017), demonstram que o governo Temer e seus aliados não apresentam
condições mínimas de ocupar posição de (destaque, representatividade, mando,
responsabilidade), conforme determina a Constituição Federal. Além disso, é
perceptível o uso da força do dinheiro na compra do voto dos deputados federais
pelo governo atual.
Imagem: Veja |
A crise
que ameaça a nojenta “democracia” brasileira é a não participação popular na
decisão do rumo político da pátria. O eleitor está chateado com a política atual.
Os 251 deputados que apoiaram Temer confirmam a descrença do cidadão com o
Congresso Nacional. A falta de lideranças políticas e partidos organizados
pioram ainda mais a crise. Por fim, o senhor Michel Temer e os 251 deputados
terminarão seus governos sem respaldo e sem respeito. Antes as crises eram (anuais,
semestrais, mensais), no momento atual serão diárias. O futuro passa a ser uma
incógnita...
Por Sérgio Lopes,
Jornalista e professor de educação básica de escolas públicas de Coronel
Pacheco e Goianá
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