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Na noite de 31 de março para 1°
de abril de 1964, tropas de Juiz de Fora – MG, avançaram em direção ao Rio de
Janeiro. Outros comandantes militares também mobilizaram suas tropas contra o
governo federal. No período de 1964 a 1985, o comando das Forças Armadas
(Exército, Marinha e Aeronáutica) controlou o poder político no Brasil. Cinco
generais e uma Junta Militar sucederam-se na presidência: Humberto de Alencar
Castelo Branco (1964 -1967), Artur da Costa e Silva (1967 -1969), Junta Militar
composta pelos ministros: (Lira Tavares – Exército , Augusto Rademaker – Marinha , Márcio de
Sousa e Melo – Aeronáutica no período de
agosto – outubro de 1969), Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel
(1974 -1979) e João Batista Figueiredo (1979-1985). O alto comando militar
tomou medidas que restringiram as instituições democráticas, por meio dos
chamados Atos Institucionais (AI), que foram decretos emitidos durante os anos
após o golpe de 1964 no país.
Eles serviram como mecanismo
de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, e passaram por
cima da Constituição Federal e do Congresso Nacional. O Ato Institucional nº 5 assinado no dia 13 de
dezembro de 1968, no governo do general Arthur da Costa e Silva, concedeu
poderes absolutos aos governantes para punir aqueles que consideravam
“subversivos”. O decreto permitia o fechamento do Congresso Nacional, além da
intervenção do governo federal em decisões dos estados, institucionalizou a
censura e proibiu o habeas corpus para presos políticos. Além dessas medidas,
os governantes investiram contra o poder judiciário, tornaram ilegais quaisquer
críticas aos atos institucionais e colocou sob supervisão dos tribunais
militares os meios de comunicação (Rádio, televisão, Jornal, Revistas).
Imagem pública da internet |
Outras atitudes ainda foram
tomadas como a suspensão por seis meses das garantias constitucionais, eleição
indireta do presidente da república, autorização para que o presidente pudesse
suspender direitos políticos por dez anos e cassar mandatos, demissão de
funcionários públicos, fim dos antigos partidos políticos e criação de apenas
dois. Um para defender o governo (ARENA – Aliança Renovadora Nacional) e um
para fazer oposição (MDB – Movimento Democrático Brasileiro). Diante desta
possível realidade, muitas pessoas que eram contrárias aos militares foram
presas, perseguidas, mortas e expulsas do país. Depois de dez anos de poder, o
regime passava por um processo de desgaste. O governo Geisel organiza o início
da abertura política, reduz o efeito da censura sobre os meios de comunicação.
A crise do petróleo, a recessão mundial na economia brasileira e o crescimento
da oposição política podem ser considerados uma das principais razões para que
Geisel tomasse esta decisão.
Em 1974, foram garantidas
eleições livres para (senador, deputado e vereador) e 1978 foi extinto o AI-5 e
demais atos institucionais da ditadura. Quando o General João Batista
Figueiredo iniciou seu mandato em 1979, escolhido pela eleição indireta, as
críticas ao autoritarismo cresciam em diferentes setores sociais (Sindicato de
Trabalhadores, grupos de empresários, associações artísticas e científicas,
igreja, imprensa...). Estes segmentos reivindicavam a redemocratização do país.
Diante da pressão de grande parte da sociedade, foi iniciada a abertura
política e o começo da redemocratização do país. Depois de vinte anos afastados
das práticas democráticas, no ano de 1984, o presidente seria escolhido por um
colégio eleitoral, que deveria, como acontecia desde a chegada dos militares ao
poder sempre, referendar o nome indicado pelos militares.
O deputado do PMDB do Mato
Grosso, Dante de Oliveira apresentou ao Congresso Nacional, em 1983, uma
proposta de emenda à constituição, que propunha restabelecer eleições diretas
para presidente. Tal proposta tornou-se uma campanha popular que ficou
conhecida como “Diretas Já”. Em 25 de abril de 1984, a câmara votava a emenda
Dante de Oliveira, após 17 horas de discussão, a emenda constitucional acabou
sendo derrotada por pequena margem de votos: faltaram apenas 22 votos para
aprovação. Mas 113 deputados, todos do então PDS não compareceram, e a proposta
Dante acabou rejeitada, apesar dos 298 votos favoráveis, 65 contrários e 3
abstenções.
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O resultado manteve a
eleição indireta para a sucessão do presidente João Batista Figueiredo, mas
naquele ano de 1984, no colégio eleitoral, foi realizada a última eleição
indireta. O PMDB indicou Tancredo Neves, enquanto o PDS escolheu Paulo Maluf.
Tancredo venceu a disputa, mas não chegou a ser empossado na presidência. Ele
faleceu no dia 21 de abril de 1985, quem assumiu o seu mandato foi o vice, José
Sarney. De acordo com a declaração da cientista política Lúcia Hippolito na
Revista o Globo no ano de 2000: “em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves foi
eleito pelo Colégio Eleitoral, encerrando 21 anos de desastrosa intervenção
militar e recebendo como legado um país falido: dívida externa de US$ 100
bilhões, inflação de 223% ao ano. Então amigos leitores, os militares são
malditos ou inocentes?
Sérgio Lopes
Você fala em abrir mentes, mas lança um texto desse todo tendencioso e ironicamente no final pede pra gente ainda dar opinião? Minha opinião é que assim como qualquer outro tipo de mídia, você quer exercer influência e levar as pessoas a pensarem como você quer que pensem. Com certeza meu comentário será excluído, pois eu, de fato, sou uma pessoa que penso por mim mesmo.
ResponderExcluirPrezado Unknown,
ResponderExcluirEm momento algum quero fazer as pessoas seguirem os meus pensamentos. Apenas, apresento os fatos para levá-las a reflexão.Se achou o texto tendencioso,respeitosamente aceito sua opinião. Certamente, cada leitor tem liberdade para interpretar os assuntos conforme suas convicções.Se achou o texto tendencioso, respeitosamente aceito sua opinião. A mídia brasileira detentora do poder é formada por poucas famílias,eu não faço parte, eu não sou mídia. Tento levar minha mensagem através de um simples blog com meu próprio esforço e conhecimento. Também sou um cidadão como você e penso por mim mesmo. Enfim, respeito sua opinião e jamais seus comentários serão excluídos. Não havendo agressão verbal e palavras de baixo nível, você será sempre bem-vindo no Blog dos Letrados Desalienados. Obrigado pela sua participação.
Abraço fraterno,
Sérgio Lopes
Prezado Unknown,
ResponderExcluirEm momento algum quero fazer as pessoas seguirem os meus pensamentos. Apenas, apresento os fatos para levá-las a reflexão. Se achou o texto tendencioso,respeitosamente aceito sua opinião. Certamente, cada leitor tem liberdade para interpretar os assuntos conforme suas convicções. A mídia brasileira detentora do poder é formada por poucas famílias, não faço parte, eu não sou mídia. Tento levar minha mensagem através de um simples blog com meu próprios esforços e conhecimentos. Além disso, sou um cidadão como você e penso por mim mesmo. Por fim, respeito sua opinião e jamais seus comentários serão excluídos. Não havendo agressão verbal e palavras de baixo nível, você será sempre bem-vindo no Blog dos Letrados Desalienados. Obrigado pela sua participação.
Abraço fraterno,
Sérgio Lopes