Final de ano é tempo de festa e celebração, mas também de reflexão, de análise e de recomeços. Para trás fica um ano que agora acaba, e dele devemos guardar o bom e esquecer o menos bom. Do sofrimento e das lágrimas guardemos apenas a certeza de que a elas sobrevivemos. Dos erros guardemos a aprendizagem; e das dificuldades guardemos o momento da superação. Devemos sentir alegria e gratidão por mais um ano vivido, e apesar de tudo que tenha acontecido, o importante é que chegamos até aqui. E hoje somos mais experientes, mais fortes e mais sábios. Agora é tempo de encher o coração de otimismo, esperança e sonhos, é tempo de recomeçar e renovar, pois um novo ano vai começar e devemos vivê-lo e aproveitá-lo ao máximo. Desejos de um feliz e próspero Ano Novo!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
A burocracia é o maior inimigo do desenvolvimento
De acordo com Lêillane
Soares, o conceito de burocracia deveria ser procedimentos que visam atrapalhar
quando estamos com muita pressa para fazer algo. Nas instituições (pública, privada, social)
tais como: escolas, hospitais, cartórios, empresas, órgãos públicos dentre
outros, há sempre a figura detestável de um burocrata ou tecnocrata. Este
profissional adora complicar a vida da equipe de trabalho. A maior parte
designa determinações gerenciais arbitrárias, enfadonhas, repetitivas,
extenuantes e inúteis. A Produção quase
diária de relatórios, a exigência de reuniões intermináveis aos sábados ou após
o expediente, as inúmeras chamadas telefônicas fora do horário de trabalho, a criação
de projetos inúteis, sobretudo, na área de educação são algumas atitudes
desagradáveis dos burocratas e tecnocratas. Quem já enfrentou, enfrenta ou
enfrentará o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a Receita Federal, o
DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito), a Administração de Benefícios dos
Servidores Públicos...? Bastantes cidadãos sempre ficam enfurecidos com a
imprestabilidade do sistema burocrático do país. Milhões de indivíduos sentem o
quanto é repugnante os imensuráveis formulários, métodos equivocados, imposição
desigual ao trabalhador brasileiro, funcionários públicos nada atenciosos,
dificuldade para conseguir um serviço público e descontentamento com a solução.
“Burocracia: a arte de converter o fácil para o difícil através do inútil” é
uma frase de autoria desconhecida e define bem a complexidade burocrática. Senhores
burocratas e tecnocratas libertem as suas mentes para chegarem a novas conquistas,
planos, maneira de viver e refletir. Por fim, como disse o pensador Ernesto P.
Neto: “os governos devem tornar a vida do cidadão mais produtiva e livre, sem
burocracias e amarras”.
Sérgio
Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
"Só, e no mais: sem ti, jamais nunca — Minas, Minas Gerais"...
De acordo com o site
www.sites.almg.gov.br, em 02 de dezembro de 1720, a Capitania (São Paulo e Minas do Ouro) foi desmembrada pela
Coroa Portuguesa, sendo criada a Capitania de Minas, que se tornou conhecida como Minas Gerais. Nos três séculos de
existência, tanto as pessoas (humildes, simples, honestas, trabalhadoras)
quanto os grandes nomes da (música, literatura, ciência, política, esporte) nascidas
nas montanhas mineiras tiveram papel
relevante na história do Brasil. O povo
mineiro sempre foi responsável pela diversidade cultural... No cenário musical,
podemos destacar o Clube da Esquina, movimento que originou na década de 1960
em (Belo Horizonte), onde jovens músicos, os irmãos Borges (Marilton, Márcio e
Lô) e Milton Nascimento começaram a se reunir na capital mineira, o som
produzido se fundia com as novidades trazidas pela Bossa Nova a elementos do
jazz, do rock – principalmente os Beatles –, música folclórica dos negros
mineiros com alguns recursos de música erudita e música hispânica. Outros nomes
importantes são: (Ary Barroso, Ataulfo Alves, Flávio Venturini, Paulinho Pedra
Azul, Ana Carolina, Beto Guedes, Fernando Brand, Wagner Tiso, Wilson Sideral,
Cláudio Venturini dentre outros) e bandas como: (Skank, Jota Quest, Pato Fu,
Tia Anastácia, 14 Bis, Sepultura e Sarcófago). Poetas e autores mineiros consagrados da literatura
brasileira encantaram o mundo: (Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade,
Murilo Mendes, Ziraldo, Darcy Ribeiro, Fernando Sabino, Adélia Prado). Na
ciência, o grande destaque é Alberto Santos Dumont. Ele inventou o avião, “14
Bis”, a primeira aeronave mais pesada, a levantar voo por seus próprios meios.
No cenário político, desde a República do Café com Leite (1889 – 1930), marcada
pela alternância de presidentes paulistas e mineiros, até o processo de redemocratização,
nos anos 1980, as Minas Gerais contribuíram com personagens decisivos nos
destinos do país tais como: Afonso Penna, Henrique Teixeira Lott, Magalhães Pinto, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Itamar
Franco, José de Alencar... No esporte, o
maior jogador de futebol de todos os tempos (Edson Arantes do Nascimento –
Pelé). Ademais, os ex-futebolistas Dirceu Lopes, Eduardo Gonçalves de
Andrade (Tostão), Wilson Piazza, José Reinaldo de Lima (Reinaldo) nasceram em solo
mineiro. Parabéns Minas Gerais e povo mineiro! Sem dúvida, o nosso estado é o
melhor do Brasil.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
sábado, 28 de novembro de 2020
A desconstrução do verso, de Haroldo de Campos
O concretismo foi
engendrado em São Paulo, na década de 1940, por Haroldo e Augusto de Campos,
Décio Pignatari, José Lino Grünewald, entre outros. No concretismo, a arte
materializa (concretiza) visualmente o que expressa, por meio de diversos
recursos. Na poesia concreta, o texto não se vale da palavra só como elemento
de significado; vale-se dela como elemento também imagético, sonoro,
ideogramático, ideográfico. No concretismo, enfim, a palavra é um “tijolo”, que
participa da construção de uma mensagem visual, sonora, transmitida por uma
sintaxe ideogramática. Disponível em: https://www.osul.com.br/a-poesia-concreta.
Acesso em: 28/11/2020.
Caetano Veloso faz
referência ao movimento concretista, no trecho da canção “Sampa”.
Alguma coisa acontece
no meu coração
Que só quando cruza a
Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu
cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta
de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Sérgio Lopes
(Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
O surgimento dos ingleses no Brasil Colônia
Os lusitanos objetivavam
elevar os lucros e enviar produtos brasileiros[1]
para Europa. Contudo, alguns países do velho continente souberam da existência
de riquezas na colônia. A Inglaterra nação próspera deu início à
industrialização, fez o sistema capitalista evoluir e tornou o império mais
poderoso e influente do mundo. O amplo domínio de mercados consumidores e
matérias primas foram primordiais para o processo industrial inglês.
Como resultado da
Revolução Industrial[2],
combinada com o domínio dos oceanos e a expansão comercial, a riqueza da
Inglaterra dobrou entre 1712 e 1792. Em menos de um século, o volume de
comércio nos portos de Londres triplicou. Em 1800, o Rio Tâmisa, nas imediações
da capital, era uma floresta de mastros de navios. Todos os dias, entre 2000 e
3000 barcos mercantes estavam ancorados à espera da vez para embarcar ou
descarregar suas mercadorias. Da China chegavam chá e seda. Dos Estados Unidos,
tabaco, milho e trigo. Do Brasil, açúcar, madeira, café e minérios. Da África,
marfim e minérios. Entre 1800 e 1830, o consumo de algodão pelas indústrias
têxteis na região de Liverpool saltou de 5 milhões para 220 milhões de libras,
um crescimento de 44 vezes em apenas três décadas. (GOMES, 2007, p.180 – 181)
Em 1530, os ingleses tiveram
o primeiro contato com a colônia brasileira. Posteriormente, na segunda metade
do século XVI, alcançaram o sul do Atlântico, os vínculos com a América Portuguesa
foram um dos fatos dessa nova expansão.
O primeiro corsário a
navegar em águas brasileiras foi Willian Hawkins, notório traficante de
escravos, membro do parlamento e amigo do rei Henrique VIII. Entre 1530 e 1532,
ele fez três lucrativas viagens ao Brasil, levando numa delas, para Londres, um
cacique – “um autêntico rei brasileiro”. Seu filho, John Hawkins, e seu neto,
Richard, seguiram a tradição e também fizeram vantajosas incursões nos mercados
negreiros da Guiné e do Brasil. O primeiro ataque pirata ao litoral brasileiro
foi comandado pelos flibusteiros Robert Withrington e Christopher Lister. Por
seis semanas, de abril a junho de 1587, eles assolaram o Recôncavo Baiano. Só
foram rechaçados porque o governador Cristovão Barros teve ajuda de “índios
flecheiros”. Em 29 de março de 1595, James Lancaster tomou o porto do Recife e
lá permaneceu por 31 dias, carregando seus três navios – e outros doze que
“alugou” de franceses e holandeses que ali encontrou – com tudo o que pôde
saquear. Foi a mais lucrativa das pilhagens ao Brasil. (BUENO, 2003, p.87)
[1] A primeira atividade econômica da
colônia brasileira é a exploração do pau-brasil, mas ela perde a importância
quando as árvores começam a escassear na região da mata Atlântica. Destacam-se
então as monoculturas exportadoras de cana-de-açúcar, algodão e tabaco e a
mineração de ouro e diamante, ramos em geral baseados na grande propriedade e
na escravidão. Paralelamente, a criação de gado, vista como um meio de
subsistência, contribui para a colonização do interior do país. (https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/economia-no-brasil-colonia)
[2] A Revolução Industrial foi o período de
grande desenvolvimento tecnológico que teve início na Inglaterra a partir da
segunda metade do século XVIII e que se espalhou pelo mundo causando grandes
transformações. A Revolução Industrial garantiu o surgimento da indústria e
consolidou o processo de formação do capitalismo. (https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm)
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Meu passado não foi completamente terminado
Não
gostava de estudar. Não tinha paciência
com o português, a matemática, a geografia, a história, a biologia, a química,
a física e o inglês. Nunca prestava atenção nas explicações daqueles
professores chatos, principalmente, os que moravam na minha cidade. Eu os
odiava. Só gostava das aulas de educação
física, jogava futebol o tempo todo. O professor era de uma cidade vizinha, ele
era maneiro, era o meu preferido, tinha um carrão lindo. Os caras que lecionavam na nossa escola e moravam
em outros municípios, eles eram legais e mandavam bem demais. Já os que residiam
aqui, “eles eram porcarias, eles não sabiam porra nenhuma”. Meu pai e minha mãe já falavam isso, lá em
casa. Sinceramente, esses professores babacas tinham que "se foder”. Cara, eu ficava
extremamente irritado quando as pessoas diziam: “Estude para ser alguém na
vida!”. Ora bolas! Meus pais nunca estudavam, meus amigos abandonavam a escola.
Meus parentes jamais colocavam os pés no colégio. Minha cidade respirava política.
Papai e mamãe amavam os políticos locais. Bajulavam o prefeito, o vice-prefeito e os
vereadores, eram fanáticos. Conseguiam empregos para nossos familiares e
amigos. Eu vivia no meio dessa loucura e aos poucos transformava em um doente
insuportável. Eu desprezava os meus amigos. Eu só desejava as pessoas da
prefeitura. Eu tornava um tolo imbecil.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Quem sou eu?
Sou
honesto, trabalhador, sincero, humilde, simples e filho dessa terra amada. O
meu amor por essa cidade é incondicional,
assumi o poder, em janeiro de 2017. Durante quatro anos, o meu salário sempre foi
pago em dia. Minha família, meus amigos
e meus bajuladores nunca faltaram nada. Porém não preocupei com os principais
problemas da minha cidade... Sinceramente, jamais tive paciência com esse
negócio de políticas públicas para habitação, saúde, educação, lazer, meio
ambiente. Não asfaltei as ruas, não reformei as escolas, não fiz nenhum projeto
para área de saúde, não aumentei o salário dos servidores públicos municipais,
não dei atenção aos idosos, não fiz casas populares, não realizei concurso público,
não inaugurei a creche e não sei o nome do meu vice. Ele sumiu... A eleição aproxima, o povo está muito
chateado comigo. Tenho que vencer novamente. É preciso iludir os eleitores. Primeiramente,
vou contratar pessoas do município para os setores de obra, saúde, assistência
social dentre outras sem a necessidade de concurso público. Caso o Ministério Público não aceite, pago multa.
Os meus funcionários contratados certamente votaram em mim. Após as eleições, mando
os embora. Posteriormente, vou prometer vários cargos comissionados... Sei que não tenho condições de atender a todos,
mas na época de campanha eleitoral tudo é só promessa. Se Deus quiser, vencerei
as eleições no dia 15 de novembro. Eu e
minha turma continuaremos mandando, desmandando, reinando nesta cidade.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Quem são eles?
No dia 01 de janeiro de 2017, os ilustres
assumiram os cargos? Sim. A lei permite
que para candidatar, o cidadão precisa estar em dia com a Justiça Eleitoral,
ser alfabetizado, ter nacionalidade brasileira, ser maior de 18 anos e, caso
seja do sexo masculino, apresentar certificado de reservista. Ademais, estar
filiado a um partido político e ter domicílio eleitoral no município que
pretende concorrer. Os honrados vencedores das eleições exercem o mandato por
quatro anos. Todos recebem salários e
benefícios acima da realidade da população brasileira assalariada. Vossas excelências deveriam fiscalizar os
gastos públicos e criar leis em benefício do povo. Muitas câmaras municipais
são formadas por homens públicos “fantoches”. Durante quatro anos, as
autoridades deixam a cidade nas mãos de familiares, sobretudo (cônjuge, filho, filha, irmão, irmã, genro, nora, neto, neta, sobrinho, sobrinha), chefe de gabinete, amigos e
grupos políticos. Além disso, vários senhores “honestíssimos” preferem (corrupção,
omissão, incompetência, demagogia, alienação) a legislar políticas públicas. Bastantes
municípios ficam sem lei, rebaixados, desgovernados, arrasados. Entretanto, no ano eleitoral, muitos
candidatos ainda têm a “cara de pau” de pedir votos aos eleitores. Vários
representantes do povo gostam de ludibriar as pessoas, na época do pleito
municipal. O filósofo e escritor Marquês de Maricá (Mariano José Pereira da Fonseca)
disse a seguinte frase: “É tão fácil o prometer, é tão difícil o cumprir, que
há bem poucas pessoas que cumpram suas promessas”. A célebre declaração do Marquês
pode ser considerada referente aos políticos, pois eles gostam de fazer promessas
inusitadas, absurdas e até utópicas. Por que a maioria das promessas não são
cumpridas? A má-fé, a falta de conhecimento do próprio candidato, as dificuldades
políticas e do contexto são as principais razões. Por conseguinte, no dia 15 de
novembro de 2020, os eleitores terão chance de deferir os que estão empenhados com
o desenvolvimento da cidade. Vote consciente!
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor,
Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Sempre as mesmas desculpas
O cantor e compositor Renato Russo
lançou a canção “ Acrilic on Canvas”, no
ano de 1986, em um trecho da letra,
Russo escreveu: “sempre as mesmas desculpas, e desculpas nem sempre são sinceras,
quase nunca são”. O líder da banda Legião Urbana tinha razão. Em 2020, as eleições municipais seriam realizadas
no dia 4 de outubro, o primeiro turno. Em
25 de outubro, o segundo, porém foram marcadas para 15 de novembro – data do primeiro
turno – e para 29 de novembro – o segundo turno. A pandemia do novo coronavírus
foi responsável pela alteração. A campanha eleitoral começará oficialmente dia 27
de setembro, a propaganda gratuita (rádio e televisão) iniciará dia 09 de
outubro. Os eleitores poderão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Muitos
candidatos são duramente criticados pelos diferentes setores da sociedade brasileira
(sindicatos, igrejas, escolas, empresários, donos de veículos de comunicação,
produtores rurais etc), por preocupar com o povo e os seus problemas, somente
na época da campanha eleitoral. As críticas são referentes às promessas inusitadas,
absurdas e até utópicas. Na busca excessiva por voto, bastantes agentes políticos prometem
pavimentar a rua, construir uma creche, colocar um posto policial no bairro,
colocar médico 24 horas na unidade básica de saúde, acabar com os salários dos
vereadores, aumentar os vencimentos dos professores, contratar pessoas qualificadas
para exercerem cargos de confiança, realizar concursos públicos dentre outros. Há também os “prefeitos e prefeitas fantoches”,
os que ficam quatro anos e deixam o município nas mãos de familiares e grupos
políticos. A cidade fica desgovernada, arrasada, sem lei, rebaixada, No ano
eleitoral, eles ainda têm a “cara de pau” de pedir votos e sempre com as mesmas
desculpas... A maioria dos políticos segue o mesmo roteiro. Nas vésperas do pleito,
preocupam com os munícipes, depois esquecem os eleitores. Enfim, no dia 15 de
novembro, você terá oportunidade de votar.
Não caia na lábia dos políticos enganadores e corruptos.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
A decisão é sua
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, o Brasil tem 5.570 municípios. No dia 01 de janeiro
de 2017, foi realizada em todas as cidades brasileiras, a cerimônia de posse dos
(prefeitos, vices e vereadores) eleitos, no pleito de outubro de 2016. Os
agentes políticos exercem o “poder” do mandato, durante quatro anos. As ações
do Executivo e do Legislativo em prol do bem da sociedade, a fiscalização dos
gastos públicos e a criação de leis em benefício do povo deveriam ser funções
primordiais dos políticos. Todavia, a maior parte da população municipal não é
favorecida com os projetos nas áreas de saúde, educação, segurança pública, agropecuária,
esporte, cultura... Alguns
representantes do povo honram suas funções, fazem um trabalho sério que assiste
os menos favorecidos economicamente. Porém por outro lado, muitos prefeitos,
vice-prefeitos e vereadores deixam ser levados pela corrupção, omissão, incompetência,
demagogia, alienação. Eles visam aos próprios interesses, de familiares e
amigos. Na maioria dos municípios brasileiros, sobretudo os pequenos, as
Câmaras Municipais efetuam somente uma sessão ordinária por semana. Com o
intuito de obter cargos para familiares e amigos, vários vereadores preferem acordos
espúrios com prefeitos e grupos políticos a representar, legislar, fiscalizar
as políticas públicas da cidade. Há
também gestões de muitos chefes do executivo que aparecem nos gabinetes uma vez
por semana, não tomam decisões... Deixam
as prefeituras nas mãos de pessoas que não são representantes do povo como: cônjuge,
filho, filha, genro, nora, neto, neta, amigo, amiga, sobrinho, sobrinha, chefe
de gabinete. Bastantes vice-prefeitos
passam todo mandato distante do prefeito e aguardam ansiosamente pelo quinto
dia útil do mês. Diante desta possível
realidade, a conscientização do brasileiro é essencial na hora de votar. O
eleitor deve refletir... No meio em que
vivemos, a coletividade é mais relevante que a individualidade? O que a população
deseja? O que eu acredito que as pessoas necessitam? As indagações devem está
na cabeça de cada votante no momento de concluir o voto. Enfim, no dia 15 de
novembro de 2020, a população brasileira terá oportunidade de eleger os que
estão comprometidos com o progresso da cidade. Uma escolha equivocada pode significar
uma decadência na qualidade de vida.
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor,
Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
A Portuguesa é com certeza um grande time
A
Associação Portuguesa de Desportos é conhecida com o nome de Portuguesa e
carinhosamente chamada de Lusa. O futebol é a principal modalidade esportiva. Foi
inaugurada na cidade de São Paulo, no dia 14 de agosto de 1920, por integrantes
da comunidade portuguesa residente na capital bandeirante. No dia de hoje (14
de agosto), a Lusa completa seu centenário. Nestes 100 anos de história, o time paulista
formou equipes inesquecíveis, ídolo que conquistou duas Copas do Mundo e craques
talentosos revelados em suas categorias de base. A antiga Confederação
Brasileira de Desportos (CBD), entidade antecessora da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF), atribuía a Fita Azul (título de honra concedido aos clubes de
futebol que, após suas excursões internacionais, retornavam invictos ao Brasil.
A Lusa obteve a denominação nos anos de 1951, 1953 e 1954. Dentre as várias
equipes memoráveis, a de 1951 foi a melhor de todos os tempos. O time foi formado por: Muca, Nena, Noronha, Brandãozinho,
Ceci, Julinho Botelho, Renato, Nininho, Pinga e Simão, além, é claro, do grande
Djalma Santos, o maior lateral direito de todos os tempos.
O
ídolo Djalma Santos disputou as copas de (1954, 1958, 1962, 1966). Conquistou
os títulos de 58 e 62. A Lusa revelou
talentos como: Rodrigo Fabri, Zé Roberto, Djalma Santos, Zé Maria, Ricardo
Oliveira, o gênio Dener. Além destes craques, a Portuguesa contou com grande nomes:
o genial Enéas, Alex Alves, Alexandre
Gallo, Augusto, Badeco, Basílio, Batatais ,Bentinho, Bolívar (anos 1970), Bolívar
(ano 2000), Brandão, Brandãozinho, Caio, Capitão, Carioca, Carlos, César, Cláudio
Adão, Clemer, Conrado Ross, Daniel González, Dicá, Diogo, Dida, Ditão, Edno, Diogo,
Djalma Santos, Edu Marangon, Émerson, Evair, Evandro, Fabiano, Felipe, Félix, Filó,
Henrique Frade, Ipojucan, Irênio, Ivair, Jair, Jair Marinho, Jonas, Jorginho, Julinho
Botelho, Leandro Amaral, Leivinha, Lúcio Bala, Machado, Marinho Peres, Mathias
(anos 1980), Moisés, Nílson, Nininho, Noronha, Paulinho McLaren, Pinga, Roberto
Dinamite, Servílio, Sílvio, Simão, Sinval, Tiago, Tite, Tiba, Toninho, Weverton,
Wilsinho, Wladimir, Zé Maria (anos 1960).
A
equipe lusitana conquistou os seguintes títulos:
HONRÁRIAS |
|||
Competição |
Títulos |
Temporadas |
|
3 |
|||
NACIONAIS |
|||
Competição |
Títulos |
Temporadas |
|
1 |
|||
INTERESTADUAIS |
|||
Competição |
Títulos |
Temporadas |
|
2 |
|||
ESTADUAIS |
|||
Competição |
Títulos |
Temporadas |
|
3 |
|||
1 |
|||
1 |
|||
3 |
|||
2 |
Em
2013, no campeonato brasileiro da série A, a Lusa viveu o capítulo mais triste
da sua história centenária. A CBF (casa do 7x1), STJD (Supremo Tribunal de Justiça
Desportivo) e dois times de futebol do Rio de Janeiro rebaixaram o time paulista
para série B. A Lusa venceu em campo, entretanto o Fluminense foi salvo pelo fato
da Portuguesa ser culpada pelo STJD , por escalação irregular do meia Héverton.
A mesma acusação foi feita para o Flamengo, em relação ao lateral André Santos.
A corte desportiva cumpriu a denúncia e penalizou as duas equipes com a perda
de 4 pontos. Diante disso, o Flamengo caiu da 11º colocação para a 16º,
enquanto a Lusa caiu da 12º para a 17º, ficando entre os 4 times rebaixados,
deixando o Fluminense na Série A. Nos anos de 2013, 2014, 2015, 2016, 2017,
2018, 2019, .... O 14 de agosto de 2020
é o centenário da icônica, querida, humilde, linda, guerreira Portuguesa . Parabéns
Lusa!!! Um dia, a senhora voltará triunfar entre os grandes do futebol brasileiro.
Deus a abençoe!!!! Felicidades 1000!!!!
Sérgio
Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
terça-feira, 28 de julho de 2020
Como a língua inglesa obteve tanto prestígio?
A Inglaterra, no século XVIII, foi pioneira
no processo de Revolução Industrial. O episódio consolidou o modo de produção
capitalista... A nação inglesa também sediou
o Império Britânico e colonizou territórios da (América do Norte, América
Central, Ásia, Oceania, África). A força do “British Empire” desempenhou e
ainda desempenha predomínio cultural no mundo. Já os Estados Unidos da América ocupam
o primeiro lugar entre as potências mundiais, exercem vasta influência cultural
no cenário capitalista da atualidade. Os “United States of America” são
responsáveis pelo controle financeiro, tecnológico e científico do capitalismo
internacional. Outras nações consideradas desenvolvidas como: Irlanda, Escócia,
País de Gales, Irlanda do Norte, Austrália, Nova Zelândia, Canadá possuem o
inglês como língua oficial. Diante desta possível realidade de poder e domínio
cultural, o restante do mundo sofre influência do inglês britânico ou americano.
No Brasil, a “English Language” está presente no cotidiano das pessoas. Algumas
palavras como: (“fast food”, “download”, “hair”, “delete”, “fashion”, “off”,
“online”, “login”, “fitness”, “checking”, “fake”, “smartphone”, “Spoiler”, “news”,
“lockdown”) dentre outras são encontradas nas ruas, nos meios de comunicação, nas instituições de
ensino, nas indústrias, nos comércios , nos aeroportos... No século XXI, o inglês é considerado a língua
universal da globalização com o planeta. É o idioma das transações comerciais,
dos estudos, do turismo, da internet, da comunicação, da aviação, dos eventos
esportivos internacionais...
Sérgio
Lopes (Jornalista, Professor e Especialista
em TV, Cinema e Mídias Digitais)
terça-feira, 7 de julho de 2020
A bastilha caiu, mas o mundo não mudou
O marco da Revolução Francesa, iniciada no final do século XVIII, foi o dia 14 de julho de 1789, quando os burgueses e as classes populares derrubaram o antigo regime monárquico. O ideário dos revolucionários franceses (Igualdade, Liberdade, Fraternidade) não espalhou pelo mundo. A classe minoritária (capitalista ou burguesa) viveu e ainda vive com muito conforto e luxo. Sempre busca aperfeiçoar em quantidade e qualidade seus meios de produção, para produzir mais mercadorias e obter mais dinheiro. A maioria da classe trabalhadora (operariado ou proletariado) encontra em posição desfavorável, eles possuem o mínimo para sobreviver... A Revolução Francesa fez com que o capitalismo rompesse com os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a Revolução Industrial. Em contrapartida, surgiu a corrente socialista. Doutrina política que durou pouco tempo e foi baseada na “igualdade social”. Na teoria, o socialismo pregava distribuição da riqueza, equidade jurídica, equivalência econômica. Mas a realidade do sistema não gerou riqueza, apresentou pouco incentivo ao desenvolvimento e a produção. Já o sistema capitalista gera riqueza e incentivo a produção. Contudo, a disparidade financeira, a desigualdade, o consumismo e a miséria são recorrentes no capitalismo. A Bastilha símbolo do Absolutismo Francês, do século XVIII, encarcerou Bassompierre, Foucquet, o homem da máscara de ferro, duque de O’rleans, Voltaire, Latude entre outros... Eles lutaram, mas no século XXI, muitos ainda vivem com alimentação, casa, roupa, transporte, escola, saúde, lazer precários. Várias pessoas sofrem consequências trágicas como: subnutrição, mortalidade infantil, doenças endêmicas, desemprego, prostituição, analfabetismo, criminalidade, acidentes de trabalho...
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e
Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
domingo, 28 de junho de 2020
O Senhor Brasil II
Em 1831, o monarca português foi embora, deixou o herdeiro brasileiro como futuro imperador. Eu criei expectativa e esperança de dias melhores para meu povo. Pela primeira vez, seria governado por um filho. Contudo, o menino não tinha idade para assumir o comando. Durante nove anos, vivi o período regencial... Todas as mazelas da política foram desvendadas, não havia entendimento. Ocorreram revoltas provincianas que ameaçaram a minha unidade nacional. Entramos em crise e a regência terminou com o golpe da maioridade. Finalmente, seria comandado por alguém que foi gerado nas minhas terras. Por quase 50 anos, D. Pedro II ficou no comando. Minha política foi controlada pelos Partidos Conservador e Liberal, o café estabeleceu como produto essencial, nós participamos da Guerra do Paraguai (1864-1870) e a abolição da escravatura foi concretizada dia 13/05/1888... Em 1889, tornei uma nação republicana... A República surgiu com suporte conservador, não houve caráter revolucionário e popular A minha elite realizou o movimento continuísta... No período de 1889 a 1894, fui comandado por dois militares. O fechamento do Congresso, o estado de sítio, crimes políticos, arrocho salarial, confrontos entre governos civis e governos militares dentre outros foram marcantes naquele momento. No ano de 1891, foi promulgada a minha segunda Constituição. Ela possibilitou alterações relevantes, confirmou o sistema republicano presidencialista, estabeleceu a separação entre Estado e Igreja e introduziu o federalismo. No final do século XIX, eu não era mais monarquia, segui a tendência das minhas outras nações irmãs. Tornei uma república. Não era dominada pelos portugueses, porém as coisas não estavam caminhando do jeito que queria. Eu e a maioria do meu povo sofríamos... Ainda nos faltavam emprego, educação, saúde, segurança pública, transporte e lazer...
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)
quinta-feira, 11 de junho de 2020
O Senhor Brasil
A história registra meu nascimento no século XV, porém eu surgi antes. Os meus primeiros habitantes viviam da caça e da coleta de frutos diversificados, nós vivíamos no meio da natureza e não tínhamos contato com o homem branco. Não deixamos nada escrito... O meu período Pré-Cabralino foi descoberto por pesquisas e estudos dos fósseis de bichos pré-históricos, objetos como ponta de flechas, machados, sepulturas e muitos vestígios arqueológicos como cavernas com pinturas. Quando os portugueses chegaram, passei a sentir mal. Tornei Colônia de Exploração. Aqueles homens lusitanos exterminaram minha população indígena, eram ambiciosos e queriam levar minhas riquezas. A cobiça deles despertou o interesse de outras nações (França, Holanda, Inglaterra). Sofri com as invasões francesas, holandesas, inglesas... Eles eram Piratas e Corsários dos mares, saquearam tudo. Já não aguentava os mandos e desmandos da Metrópole Portuguesa. Eu ainda tive que tolerar os espanhóis. No período de 1580 a 1640, a chamada União Ibérica permitiu que o Rei da Espanha, Felipe II, controlasse Portugal e suas colônias. Com o fim do domínio da coroa espanhola, os portugueses retomaram o poder... Maltrataram e escravizaram a mão de obra africana, cultivaram e produziram cana-de-açúcar na minha região Nordeste. Na minha Vila Rica (atual Ouro Preto), em Minas Gerais, exploraram e levaram ouro para financiar a Revolução Industrial da Inglaterra. No meu norte, o algodão foi muito explorado, sobretudo no estado do Maranhão. Eles também cultivaram em outras partes minha: Ceará, Bahia, Pará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro. Em 1822, fiquei “independente”. Porém foi feito acordo político entre os portugueses e minha elite. Fui governado até 1831, por um português, ele não preocupava com meus problemas, as suas inquietações eram Lisboa. Naquele momento, eu era monarquia escravocrata com minha primeira constituição outorgada. O meu povo continuava sofrendo...
Sérgio Lopes (Jornalista, Professor, Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)