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No
século XV a monarquia francesa transformou a Bastilha (fortaleza) situada na
cidade de Paris numa prisão de Estado. No local foram presos os que discordam
ou representavam ameaça ao poder absolutista dos monarcas. Bassompierre,
Foucquet, o homem da máscara de ferro, duque de O’rleans, Voltaire, Latude
entre outros foram encarcerados na Bastilha símbolo do Absolutismo Francês. A
data 14 de julho de 1789, representa o marco da Revolução Francesa, iniciada no final do século XVIII, quando os burgueses e as classes populares derrubaram o antigo regime
monárquico. Surgem nesta época a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
e também a divisão da política em direita e esquerda.
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Contudo
o ideário da Revolução Francesa (Igualdade, Liberdade e Fraternidade) não
espalhou pelo mundo. A ascensão da burguesia como classe social dominante, a
consolidação do capitalismo no planeta e a busca exacerbada pelo lucro geraram
diferenças nas vidas das pessoas. A divisão de classe pode ser considerada o
ponto mais cruel e divergente do sistema capitalista. De um lado está a classe
minoritária (capitalista ou burguês) formada pelos donos dos meios de produção
e capitais. Do outro lado a classe maioritária (operariado ou proletariado)
formado pelos que vendem sua força de trabalho em troca de um salário que
garanta saúde, alimentação, transporte, lazer, educação. Infelizmente,
na sociedade capitalista ocorre uma diferenciação entre o capital e o trabalho.
Quem trabalha diretamente não possui os meios de produção, e quem possui os
meios de produção não trabalha diretamente.
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Os capitalistas abusam e usam a força
de trabalho dos operariados para fazer funcionar seus meios de produção, e
assim gerar mercadorias para obtenção de lucros. Com esse lucro, além de viver
com muito conforto e luxo, a burguesia busca aperfeiçoar em quantidade e
qualidade seus meios de produção, para produzir mais mercadorias e obter mais dinheiro.
Em contrapartida, o proletariado é dono somente da sua força de trabalho...
Encontra-se numa posição desfavorável, a maior parte destes trabalhadores têm o
mínimo, e às vezes menos que o mínimo, para sobreviver. Muitos vivem com
alimentação, casa, roupa, transporte, escola, saúde, lazer precários.
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Esta
classe social também sofre de consequências trágicas como: subnutrição,
mortalidade infantil, doenças endêmicas, desemprego, prostituição,
analfabetismo, criminalidade, acidentes de trabalho... Enfim, a Revolução Francesa fez com que o
capitalismo rompesse com os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na
Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a
Revolução Industrial. Porém o modo de produção capitalista produziu grandes
desigualdades e injustiças. A minoria burguesa ganhou muito dinheiro e ainda
continua enriquecendo, já a maioria proletária passou e ainda passa por
infortúnios. Nos dias atuais, o proletariado vai afundando na miséria e
pobreza...
Sérgio Lopes
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