O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) sempre teve papel relevante nas decisões tomadas no país, a evolução desta sigla partidária confunde com a história do Brasil. Na época da Ditadura Militar Brasileira, em 1965, os governantes decretaram o Ato Institucional Número 2 (AI2) que extinguiu os treze partidos existentes no Brasil. Houve a instalação do bipartidarismo (MDB e ARENA). Este defendia os interesses dos militares. Aquele foi criado em 1966 e fazia oposição ao governo militar. Em 1979, foi criada e aprovada a Lei Federal nº 6767, que restabelecia o pluripartidarismo. A legenda do governo Arena se transformou no Partido Democrático Social (PDS). No dia 15 de janeiro de 1980, o MDB veio a ser oficialmente o PMDB (maior partido político do país) que já teve a participação de figuras históricas da nação como: Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Ulysses Guimarães, Pedro Simon, José Alencar, Itamar Franco...
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Contudo,
o PMDB vive um péssimo momento no cenário político atual. A cúpula do partido:
Romero Jucá, Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Lúcio Vieira Lima, Eliseu
Padilha, Geddel Vieira Lima e o atual presidente do Brasil Michel
Temer estão envolvidos em casos de corrupção. De acordo com o Jornal Folha de
São Paulo, em depoimento de delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF),
o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho
disse que a empreiteira pagou R$ 7 milhões a deputados e senadores que têm
destaque no Congresso para garantir a aprovação de uma medida provisória que a
construtora tinha interesse. Os políticos citados: Romero Jucá, Renan
Calheiros, Eunício Oliveira e Lúcio Vieira Lima foram os
destinatários da quantia, segundo a delação.
Imagem: Diogo Salles |
Ainda
de acordo com o impresso paulista, o presidente Michel Temer é citado 43 vezes
no depoimento de delação premiada do Executivo da Odebrecht Cláudio Melo, o
senador Romero Jucá aparece 105 vezes no documento. Já o ministro da
Casa Civil, Eliseu Padilha, é mencionado 45 vezes. Moreira Franco, secretário de Parceria e
Investimentos do governo, 35 e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que pediu
demissão recentemente, surge em 67 trechos. Conforme a Folha de São
Paulo, Temer atua de forma “indireta” na arrecadação financeira do PMDB, mas
teve papel “relevante” em 2014, quando pediu R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht
para a campanha eleitoral. Segundo o delator, o Presidente da República colocou
o ministro Eliseu Padilha para operacionalizar pagamentos de campanha.
Imagem: https://fichacorrida.wordpress.com |
O
ministro cuidou de R$ 4 milhões daqueles R$ 10 milhões e os distribui. Os casos
de corrupção envolvendo caciques atuais do PMDB vão além dos relatados acima.
Infelizmente, a ganância e o poder dos coronéis (militares e civis) sangraram e ainda
sangram a jovem democracia brasileira. Por fim, o alto escalão peemedebista da
atualidade destruiu a essência de um partido político que sempre foi aberto aos
jovens, às mulheres, aos trabalhadores. Uma legenda aberta aos democratas de
todas as tendências que desejam ou desejaram construir uma sociedade justa,
solidária, fraterna e ética. O PMDB de Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Ulysses
Guimarães, Pedro Simon, José Alencar, Itamar Franco é o partido democrático que
o povo escolheu para promover a justiça social no Brasil.
Sérgio Lopes
Os partidos em geral precisam de uma grande reflexão e reestruturação.N o entanto os mais antigos que possuem Velhas figuras políticas, viciadas em práticas ilícitas dominam a alta cúpula e fica complicado pensar em qualquer espécie de oxigenação.
ResponderExcluirNão esqueçamos aqui personalidades do setor privado e bancos, fonte matriz de toda essa sujerada e que até o momento passam impunes pela grande mídia e opinião pública.
O país está de pernas pro ar e em muito se deve a alienação de uma população que não conseguiu fazer o mínimo de reflexão a respeito da forma como estavam sendo tratados como massa de manobra.
Tiramos o país do mapa mundial da fome (até quando?), no entanto faltou o olhar atento à formação cidadã consciente e reformas básicas que ainda clamam por serem feitas.
Bela postagem Sérgio! Aguardo mais!
Abraços.
A cúpula do PMDB está envolvida em várias casos de corrupção, outras siglas partidárias seguem o mesmo caminho. A situação do país é assustadora, porém não podemos culpar somente os políticos. Milhões de eleitores são responsáveis pela caos. O que o povo anda fazendo? Podemos mudar este quadro? Ainda temos um longo caminho para vencer e não podemos desistir... Enfim, agradeço sua participação João Víctor e aguardo novas visitas.
ResponderExcluirAbraço fraterno,
Sérgio Lopes
ótima postagem, continue nos agraciando com informações acerca do tema, vlw!
ResponderExcluirPrezado Christiano Santos,
ResponderExcluirEste tema nunca tem fim, certamente postarei a respeito do assunto. Por fim, agradeço pela participação e aguardo nova visita no Blog dos Letrados Desalienados...
Desejo lhe felicidade acima de tudo,
Sérgio Lopes
Os vícios estão impregnados na política brasileira. Os atores políticos são quase os mesmos, salvo raras exceções. Os partidos não possuem perfis mais, são um aglomerado de letras e números que hora tocam o barco para um ponto, hora para outro, dependendo do que lhes for rentável em determinados momentos! PMDB, PTD, PT, PSOL, PSDB, DEM, qual a diferença? Creio que nenhuma! Abração, irmão!
ResponderExcluirMeu prezado amigo Cloves,
ResponderExcluirO ex-deputado federal Enéas Carneiro dizia que a briga entre os partidos políticos é falsa e todos são iguais. Infelizmente, as siglas partidárias ainda não fizeram um projeto bem sucedido para o nosso Brasil. Talvez, alguma coisa possa acontecer no futuro... Cloves, obrigado pela visita e volte sempre.
Desejo lhe felicidade acima de tudo.
Abraço fraterno do amigo Sérgio Lopes