quinta-feira, 14 de julho de 2016

A Bastilha foi tomada, porém a Burguesia ficou na boa e o Proletariado na merda



Imagem: adonaibr.wordpress.com

          No século XV a monarquia francesa transformou a Bastilha (fortaleza) situada na cidade de Paris numa prisão de Estado. No local foram presos os que discordam ou representavam ameaça ao poder absolutista dos monarcas. Bassompierre, Foucquet, o homem da máscara de ferro, duque de O’rleans, Voltaire, Latude entre outros foram encarcerados na Bastilha símbolo do Absolutismo Francês. A data 14 de julho de 1789, representa o marco da Revolução Francesa, iniciada no final do século XVIII, quando os burgueses e as classes populares derrubaram o antigo regime monárquico. Surgem nesta época a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e também a divisão da política em direita e esquerda. 
Imagem: muitasbocasnotrombone2.blogspot.com
          Contudo o ideário da Revolução Francesa (Igualdade, Liberdade e Fraternidade) não espalhou pelo mundo. A ascensão da burguesia como classe social dominante, a consolidação do capitalismo no planeta e a busca exacerbada pelo lucro geraram diferenças nas vidas das pessoas. A divisão de classe pode ser considerada o ponto mais cruel e divergente do sistema capitalista. De um lado está a classe minoritária (capitalista ou burguês) formada pelos donos dos meios de produção e capitais. Do outro lado a classe maioritária (operariado ou proletariado) formado pelos que vendem sua força de trabalho em troca de um salário que garanta saúde, alimentação, transporte, lazer, educação. Infelizmente, na sociedade capitalista ocorre uma diferenciação entre o capital e o trabalho. Quem trabalha dire­tamente não possui os meios de pro­dução, e quem possui os meios de produção não trabalha diretamente. 
          Os capitalistas abusam e usam a força de trabalho dos operariados para fazer funcionar seus meios de produção, e assim gerar mercadorias para obtenção de lu­cros. Com esse lucro, além de viver com muito conforto e luxo, a burguesia busca aperfeiçoar em quantidade e qualidade seus meios de produção, para produzir mais mercadorias e obter mais dinheiro. Em contrapartida, o proletariado é dono somente da sua força de trabalho... Encontra-se numa posição desfavorável, a maior parte destes trabalhadores têm o mínimo, e às vezes menos que o mí­nimo, para sobreviver. Muitos vivem com alimenta­ção, casa, roupa, transporte, escola, saúde, lazer precários. 
          Esta classe social também sofre de consequências trágicas como: subnutrição, mortalidade infantil, doenças endêmicas, desemprego, prostituição, analfabetismo, crimina­lidade, acidentes de trabalho...  Enfim, a Revolução Francesa fez com que o capitalismo rompesse com os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a Revolução Industrial. Porém o modo de produção capitalista produziu grandes desigualdades e injustiças. A minoria burguesa ganhou muito dinheiro e ainda continua enriquecendo, já a maioria proletária passou e ainda passa por infortúnios. Nos dias atuais, o proletariado vai afundando na miséria e pobreza...
Sérgio Lopes

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