sexta-feira, 31 de março de 2017

A Ditadura Militar é a solução para os problemas atuais?



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Imagem: You Tube


          Na noite de 31 de março para 1° de abril de 1964, tropas de Juiz de Fora, avançaram em direção ao Rio de Janeiro. Outros comandantes militares também mobilizaram suas tropas contra o governo de João Goulart. De 1964 a 1985, o comando das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) controlou o poder político no Brasil. Cinco generais e uma Junta Militar sucederam-se na Presidência da República: Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967), Artur da Costa e Silva (1967 -1969), Junta Militar formada por: (Lira Tavares, Augusto Rademake, Márcio de Sousa e Melo; no período de agosto a outubro de 1969), Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974 -1979) e João Batista Figueiredo (1979-1985). Os militares governaram o Brasil durante 21 anos. Quais são os aspectos considerados positivos e negativos na gestão dos generais?
          Conforme o http://www.jornalcruzeiro.com.br, na época da Ditadura Militar, no ponto de vista educacional, o nível das escolas estaduais eram excelentes e os professores ganhavam um bom salário. Ainda de acordo com o impresso online, os cidadãos que viviam naquele contexto tinham uma segurança muito grande para caminhar pelas ruas. Os índices de criminalidade eram infinitamente inferiores em relação aos dos dias atuais. O portal afirma também que na época da ditadura havia corrupção. Porém não há nenhum ex-presidente militar daquele período que tenha ficado milionário. Ainda de acordo com o portal, a implantação da democracia, pós 1985, foi comandada pelos ex-presidentes (José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva) que se tornaram milionários.
          Já a cientista política Lucia Hippolito, em matéria divulgada na Revista o Globo, 2000, p.699, afirmou que:  em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio Eleitoral, encerrando 21 anos de desastrosa intervenção militar e recebendo como legado um país falido: dívida externa de US$ 100 bilhões, inflação de 223% ao ano. Durante o período de 1964 a 1985, a relação da Rede Globo de televisão com o Regime Militar apontava para um alinhamento entre as duas instituições. Segundo o Jornalista Venício A. de Lima: a consolidação da Rede Globo se deu paralelamente à implantação no Brasil de um modelo econômico excludente e de um regime autoritário, dos quais a Rede Globo foi não só importante aliada, mas cúmplice. Do ponto de vista econômico, foi indispensável o papel da Rede Globo na integração de um país de dimensões continentais, via integração de seu mercado consumidor. Do ponto de vista político, a programação da Rede Globo foi indispensável como portadora de uma mensagem nacional de otimismo desenvolvimentista, fundamental para dar sustentação e à hegemonia do autoritarismo.

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Lemad USP

          Enfim, a Ditadura Militar instalada no Brasil tem vários outros aspectos positivos e negativos que podem gerar discussões intensas...  Mas a crise atual do governo Temer provocou em parte considerável da sociedade civil um debate em relação ao retorno dos militares no comando do Brasil... Os fanáticos pelo Bolsonaro e os defensores da Ditadura Militar acreditam que a intervenção pode ser a única saída para a crise política que envolve os três Poderes da República. Amigos leitores do Blog dos Letrados Desalienados, o retorno da Ditadura Militar é a solução para os problemas atuais?
Sérgio Lopes

A Imprensa Brasileira é formada por ladrões e corruptos?


          No terceiro mês do ano de 2017, a República Federativa do Brasil passa por um momento conturbado... O governo do atual presidente Michel Temer luta com todas as forças, para aprovar no Congresso Nacional, o Projeto de Lei (PL) 4302/1998 e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287/2016). Sendo que no dia 22 de março de 2017, o Projeto de Lei 4302 foi aprovado por 231 votos a 188. O (PL) autoriza a terceirização irrestrita no país, já foi alvo de críticas de várias entidades de classe e juristas, que se manifestaram contrários e indignados com a falta de clareza do texto, sobretudo por não excluir o serviço público. A aprovação do projeto vai colocar em risco a realização de seleções públicas nas três esferas (federal, estadual e municipal). 
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Imagem: sociedade sustentável
          Além disso, a PEC 287/2016 do governo Temer apresenta alguns pontos polêmicos: 65 anos como idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, sem diferenciação. A medida atinge os setores público e privado, à exceção dos militares. A idade mínima para aposentadoria ainda estará sujeita a ajuste, caso aumente a ‘sobrevida’ dos brasileiros. Trabalhadores rurais na regra em vigor não são obrigados a contribuir com o INSS. Com a proposta, deverão contribuir e terão idade mínima de 65 anos como regra. Conforme a gestão peemedebista de Temer, a proposta é que para os trabalhadores rurais as regras deverão ser discutidas após possível promulgação da PEC, através de projeto de lei...

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Imagem: LPM
          Mesmo diante desta realidade que aflige toda população do país, o tradicionalismo e conservadorismo andam de mãos dadas com a mídia brasileira. Os principais meios de comunicação do Brasil receberam e ainda continuam recebendo bilhões de reais de verbas públicas da Presidência da República. A grande mídia brasileira esconde os problemas econômicos, desemprego e manifestações nacionais contra Temer.  Nos dias (08 e 15 de março de 2017) foram realizadas diversas manifestações em todo território nacional contrárias a Reforma da Previdência e a Lei da Terceirização. 

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Imagem: Brasil Soberano e Livre


           Contudo, a maior parte das (emissoras de tevê, jornais, revistas, sites e rádios) destacaram matérias a respeito da operação Lavo Jato e operações policiais. Os veículos de comunicação não fizeram nenhuma referência as manifestações contra as reformas do governo Temer. No último dia útil do mês de março de 2017, diversas categorias profissionais do Brasil inteiro paralisaram suas atividades para manifestar novamente contra a PEC 287/2016 e o PL 4302/1998. Porém a mídia brasileira permanece sem divulgar a realidade dos fatos, e ignora o posicionamento do trabalhador brasileiro em relação as reformas do Palácio do Planalto. Por fim, até quando a imprensa vai esconder os protestos do povo em troca de publicidade federal?  
Sérgio Lopes