domingo, 19 de novembro de 2017

Para que servem os Sindicatos?





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Imagem: STICM -

          O Brasil aboliu a Escravatura e proclamou a República, no final do século XIX. Esses acontecimentos possibilitaram a substituição da mão-de-obra escrava pelo trabalho assalariado.  Uma imensa quantidade de imigrantes deparou com uma sociedade que oferecia pouquíssimos direitos aos trabalhadores. Os estrangeiros que trabalharam no país foram explorados. A remuneração era baixa, jornada diária de trabalho era de 12 a 15 horas, não tinha direito ao descanso nos (finais de semana e feriados), não havia contrato de trabalho, as demissões aconteciam a qualquer momento. Além disso, os empregadores não se responsabilizavam pelos acidentes de trabalho ou doenças. Os imigrantes conheciam direitos trabalhistas conquistados em suas nações.  Introduziram as sociedades de auxílio-mútuo e de socorro, que tinha o intuito de apoiar materialmente os trabalhadores em momentos mais árduos. 

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Imagem: Memórias da Ditadura
          Depois, foram concebidas as Uniões Operárias... O advento da Indústria no Brasil possibilitou a organização de acordo com ramos diferentes de atividade. Surgia assim o movimento sindical no Brasil...  O presidente Getúlio Vargas (1930 – 1945) subjugou os sindicatos ao domínio do Estado. Ele criou o Ministério do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e dos institutos de Previdência Social. A era Vargas foi marcada por greves de trabalhadores e pela luta sindical.  Na década de 1960, a batalha sindical alcança seu auge, com várias manifestações grevistas e criação do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT). No campo, as lutas também se acentuaram com a criação das ligas camponesas, onde aos poucos desenvolviam os sindicatos rurais. Na década de 1970, o movimento operário configurou no cenário (político, econômico e social) gerando a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Partido dos Trabalhadores (PT).


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Imagem: Causa Operária
           A Constituição Federal de 1988, deu liberdade ao movimento sindical, excluiu regras como a necessidade de autorização do Ministério do Trabalho para funcionamento de um sindicato e possibilitou a sindicalização dos servidores públicos. Diante disso, os sindicatos começaram a perder o entendimento com a sociedade e, consequentemente, seu prestígio de associação. Contemplados com cargos no governo, CUT e Força Sindical foram perdendo interlocução e relevância, deixando os objetivos de lado. Preferiram o poder para se adornar e converter um dispositivo democrático em troca. A imensa quantidade de sindicados do Brasil é na visão dos críticos não representativa.  Ou catastrófico, apenas mais uma maneira de receber dinheiro público dos governantes.


Sérgio Lopes
Jornalista e professor