Em um
país pobre como o Brasil, a maioria escuta desde criança, as seguintes frases:
“Dinheiro não dá em árvore”. “Quem muito quer, nada tem.” “É feio falar de
dinheiro.” “Rico não presta.” “Melhor pobre e honesto do que rico e corrupto.”
“Trabalhe muito para ganhar pouco, porque a vida é assim mesmo.” “Dinheiro muda
as pessoas.” De maneira sutil, essas
afirmações são incutidas na mente dos indivíduos. E consequentemente, obstruem
o modo de se relacionar com o próprio dinheiro, a abundância e a autoestima.
Além disso, as Instituições de Ensino do Brasil direcionam os discentes a
reproduzirem o caminho convencional, seguir a formação acadêmica e só depois
buscar independência econômica. Esse paradigma limita a perspectiva do futuro,
a escola estrutura seu discurso em torno das escolhas de carreira, porém não há
abertura para ensinar finanças de forma concreta. Produz-se uma geração apta a
colecionar diplomas, mas vulnerável para gerenciar a própria renda. Há desconhecimento das bases necessárias para
administrar, aplicar e utilizar os recursos financeiros de maneira equilibrada.
Isso atrapalha escolhas responsáveis e gera incapacidade de se sustentar
financeiramente. A educação financeira é uma alternativa possível, no entanto
ainda inacessível no universo cotidiano do país. Dessa forma, sem entendimento
financeiro, o brasileiro fica exposto a compras impulsivas, dívidas financeiras
e ausência de controle.
Sérgio Lopes Jornalista
Texto
publicado no Blog dos Letrados Desalienados
(blogdosletradosdesalienados.blogspot.com), em comemoração aos 10 anos de
resistência crítica e literária do espaço criado pelo jornalista Sérgio Murilo
Rodrigues Lopes, dedicado à palavra como forma de consciência, sensibilidade e
liberdade.

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