terça-feira, 7 de julho de 2020

A bastilha caiu, mas o mundo não mudou

O marco da Revolução Francesa, iniciada no final do século XVIII, foi o dia 14 de julho de 1789, quando os burgueses e as classes populares derrubaram o antigo regime monárquico.  O ideário dos revolucionários franceses (Igualdade, Liberdade, Fraternidade) não espalhou pelo mundo. A classe minoritária (capitalista ou burguesa) viveu e ainda vive com muito conforto e luxo. Sempre busca aperfeiçoar em quantidade e qualidade seus meios de produção, para produzir mais mercadorias e obter mais dinheiro. A maioria da classe trabalhadora (operariado ou proletariado) encontra em posição desfavorável, eles possuem o mínimo para sobreviver...  A Revolução Francesa fez com que o capitalismo rompesse com os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a Revolução Industrial. Em contrapartida, surgiu a corrente socialista. Doutrina política que durou pouco tempo e foi baseada na “igualdade social”. Na teoria, o socialismo pregava distribuição da riqueza, equidade jurídica, equivalência econômica. Mas a realidade do sistema não gerou riqueza, apresentou pouco incentivo ao desenvolvimento e a produção.  Já o sistema capitalista gera riqueza e incentivo a produção. Contudo, a disparidade financeira, a desigualdade, o consumismo e a miséria são recorrentes no capitalismo. A Bastilha símbolo do Absolutismo Francês, do século XVIII, encarcerou Bassompierre, Foucquet, o homem da máscara de ferro, duque de O’rleans, Voltaire, Latude entre outros... Eles lutaram, mas no século XXI, muitos ainda vivem com alimentação, casa, roupa, transporte, escola, saúde, lazer precários. Várias pessoas sofrem consequências trágicas como: subnutrição, mortalidade infantil, doenças endêmicas, desemprego, prostituição, analfabetismo, criminalidade, acidentes de trabalho... 

Sérgio Lopes (Jornalista, Professor e Especialista em TV, Cinema e Mídias Digitais)

 


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