terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A imprensa brasileira agiu corretamente na cobertura jornalística das mortes dos músicos?


José Rico (imagem do www.jornalopcao.com.br)

          O cantor sertanejo, José Rico que fazia dupla com Milionário, morreu no dia 03 de março de 2015, ele teve insuficiência do miocárdio, seguida de parada cardíaca. O pernambucano José Rico junto com seu companheiro Milionário iniciaram a carreira fazendo apresentações em circos do interior do Brasil. A dupla foi ganhando popularidade e tornou-se uma das mais relevantes do cenário musical sertanejo. As canções mais conhecidas são: "Amor dividido", "O tropeiro", "A carta", "Viver a vida" e especialmente "Estrada da vida", composta por José Rico...

Inezita Barroso (imagem do www.omais.com)
          No dia 08 de marco de 2015, a cantora e apresentadora Inezita Barroso morreu em decorrência de uma insuficiência respiratória aguda. A paulista Inezita considerada ícone da música sertaneja do Brasil. Por quase 35 anos, apresentou o programa "Viola, Minha Viola" da TV Cultura. A atração televisiva destacava as apresentações artísticas e informações sobre a cultura caipira do país. Além disso, a cantora exerceu a função de atriz, professora de folclore, instrumentista e bibliotecária. 

Fernando Brant (imagem do www.cidadeverde.com)
           O mineiro Fernando Brant (escritor, jornalista, compositor) faleceu no dia 12 de junho de 2015, por complicações após um transplante de fígado. Ele foi um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento musical surgido no início da década de 1960, em Belo Horizonte - MG. Brant foi parceiro de Milton Nascimento e compôs importantes canções no cenário musical brasileiro, com destaque para duas que são conhecidas do grande público: “Travessia" e "Canção da América", ambas interpretadas por Milton.  
 
Cristiano Araújo (imagem do www.diversao.terra.com.br
          No dia 24 de junho de 2015, o músico goiano Cristiano Araújo morreu após um acidente de carro na BR-153, no km 614, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina, em Goiás. Araújo fez sucesso com a canção "Efeitos", gravada com o sertanejo Jorge. O cantor começou a fazer em média mais de 20 shows por mês em todo o país. No ano de 2012, gravou o segundo DVD e fez sucesso com a regravação do hit "Bará berê" e com a música "Você mudou"...
 
Imagem do www.contextolivre.com.br

          Diante desta realidade, qual foi a postura adotada pela imprensa na cobertura das mortes dos músicos? O falecimento de José Rico foi citado de forma breve e respeitosa em todos telejornais. Além disso, ganhou menções honrosas. Com Inezita Barroso aconteceu a mesma coisa e ela foi também homenageada na TV Cultura, veículo que trabalhava. Já a morte de Fernando Brant teve pouquíssima divulgação, alguns portais fizeram menções a obra e carreira de Brant e mostraram declarações de algumas personalidades que ressaltaram a relevância do músico no Brasil. 
Globo cancela Sessão da Tarde por cobertura da morte de Cristiano Araújo (imagem www.folhadedourados.com.br)
          A confirmação da morte do Cristiano Araújo merece todo nosso respeito diante de um acidente fatal que deixa os amigos sem rumo, os fãs tristes e a família desamparada. Porém é realidade também que o destaque dado a sua carreira e a cobertura da imprensa foi desproporcional. Em alguns programas, os apresentadores das emissoras de televisão abusaram de tons sensacionalistas. De modo geral, o clima era de consternação forçada, sentimento provocado pela ênfase dada não a morte em si, porém aos símbolos em torno dele (o estrelato, a juventude, a dor da família). Enfim, a cobertura da morte de Cristiano Araújo fugiu a todos padrões? As mortes de (José Rico, Inezita Barroso, Fernando Brant) não tinham importância para imprensa e não surpreenderam ninguém? As respostas, deixo para os leitores do Blog dos Letrados Desalienados...
Sérgio Lopes




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