sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Os Barões da Mídia e os políticos podem decidir o destino do país?



 
Imagem pública da internet
          A imprensa brasileira tem mais de dois séculos de existência e exerce influência na sociedade atual. Além disso, tem função “primordial” de informar, entreter e educar. As transformações, eventos e acontecimentos da nossa nação e do mundo foram e são retratados pelos veículos de comunicação. Durante todos estes anos, monopólios de empresas de mídia foram formados com o poder concentrado nas mãos de poucas famílias e grupos.
 
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          Nos dias atuais, os clãs tradicionais são: a família Marinho da Globo, a Abravanel (Sílvio Santos), do SBT. Os Sirotsky, donos da Rede Brasil Sul- RBS, que abrange o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, O bispo Edir Macedo da Record, a família Saad da Band, a Frias da Folha de São Paulo, a Mesquita do Estadão, dentre outras controlaram ou ainda controlam as programações que são divulgadas nos meios midiáticos. Sendo que as mídias regionais do país, produzem pouco material próprio e simplesmente reproduzem o que os barões da mídia dizem.
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           Além dos conglomerados de comunicação existente, “profissionais” de outro setor ingressaram neste empreendimento, e também formaram monopólios com participação ativa de seus familiares. Porém a Constituição Federal de 1988, é clara em seu artigo 54 no que diz respeito à proibição da concessão de frequência em TV e rádio. A legislação diz que o parlamentar não pode ser dono de “concessionária de serviço público”. Mas, a realidade é bem diferente do texto da Carta Magna de 1988, e alguns representantes do povo brasileiro (prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores) tornaram-se proprietários de Jornais, rádios e tvs.  
Atuais Senadores da República (Aécio Neves, Tasso Jereissati, José Agripino e Fernado Collor de Melo) Imagem do site www.controversia.com.br




          Em algumas regiões do país, políticos e ex-políticos encontram-se exercendo algum tipo de poder nos meios de comunicação. Alguns são bem conhecidos do público. De acordo com http://revistaforum.com.br, os atuais senadores da República Federativa do Brasil: Fernando Collor de Melo (PTB – AL) comanda a Organização Arnon de Mello, filiada à Globo, detentora de 5 veículos. O Senador Aécio Neves (PSDB-MG) é detentor da Rádio Arco Íris – Jovem Pan, Tasso Jereissati (PSDB-CE) é dono da Band – TV e José Agripino (DEM-RN) é dono da TV Tropical... Ainda de acordo com o site, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM – BA) – atual prefeito de Salvador – é proprietário da Rede Bahia (televisão) – Correio (jornal), Renan Calheiros Filho (PMDB-AL) – atual Governador de Alagoas – é proprietário da (Rádio CBN e Rádio Correio) e o ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN) é proprietário da Inter TV (Cabugi).

De acordo com a Folha de São Paulo, entre 2000 e 2013, os Barões da Mídia receberam R$15,7 bilhões de publicidade das empresas estatais. A  Globo faturou R$5,3 billhões. Em seguida, aparecem a Record, do bispo Edir Macedo (R$ 1,3 bilhão), o SBT, de Silvio Santos (R$ 1,2 bilhão), a Bandeirantes, de Johnny Saad (1 bilhão).  A Folha de São Paulo  teve R$ 206 milhões, seguida do Estado de S. Paulo, com R$ 179 milhões. Nas revistas, a Editora Abril, com R$ 523 milhões, e a Editora Três, que edita Isto é, com R$ 179 milhões. A Editora Confiança, que publica a Carta Capital,  recebeu R$ 44 milhões. Imagem retirada do site www.municipiosbaianos.com.br
          Diante desta possível realidade, os fatos e informações que são repassados para o público podem perder a qualidade devido a interesses próprios ou de anunciantes? O objetivo dos barões da mídia brasileira é conectar por mais tempo pessoas a um determinado meio, de modo que se obtenham lucros? A formação dos monopólios podem influenciar na tomada de decisões a respeito de questões sociais, econômicas, religiosas e culturais? A reforma dos meios de comunicação é tão urgente quanto as reformas política, urbana e tributária? O Ministério Público Federal deveria cassar licenças de TV e rádio de políticos? Em ano de eleições, é difícil imaginar que políticos proprietários de mídia deixem de usar seus próprios meios de comunicação para tirar vantagem logo de saída na corrida eleitoral? Enfim, deixo os questionamentos para os leitores do Blog dos Letrados Desalienados refletirem
Sérgio Lopes  
 








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