domingo, 21 de maio de 2017

O que o Brasil fez ou faz pelos Negros?



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          O processo brasileiro de escravidão iniciou na primeira metade do século XVI, junto com a produção de açúcar. Os portugueses traziam de suas colônias africanas negros (homens e mulheres) para tornarem mão de obra escrava nos engenhos de açúcar da região Nordeste do Brasil. Os negros eram vendidos pelos comerciantes de escravos de Portugal feito mercadoria. Os que tinham uma boa saúde valiam o dobro dos mais idosos ou fracos... Na rota comercial da escravidão (África – Brasil), os habitantes do continente africano eram transportados em porões dos chamados navios negreiros ou tumbeiros. As condições eram precárias e não tinha higiene, muitos morriam antes de chegarem na colônia brasileira. Sendo que os corpos eram lançados ao mar...

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Imagem: Viagens na História - WordPress.com



           Nas fazendas nordestinas de açúcar ora nas minas de ouro da maior nação da América do Sul, os escravos labutaram de sol a sol... Não tinham roupas, recebiam alguns trapos. A alimentação era péssima. Dormiam nas chamadas Senzalas (galpões sujos, sem luz e úmidos), muitos passavam à noite acorrentados para evitar fugas. Além disso, eram punidos com castigos pesados. O acoite era a punição que os escravos mais sofriam no território nacional. A escravidão brasileira foi “encerrada” no final do século XIX. No dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea decretando o "fim" do trabalho escravo no Brasil. Entretanto, desde de quando foi abolida a escravidão até os dias atuais. A situação do negro na República Federativa no Brasil continua complicada. 
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Imagem: RETS600 × 400
          As estatísticas das mulheres negras são tristes. De acordo com informações divulgadas no mês de março de 2017, pelo http://www.jb.com.br/comunidade-em-pauta/noticias: o relatório organizado pelo Geledés e pela ONG Criola, apoiadas pelo Fundo Baobá, nos apresentam a realidade do que é ser uma mulher negra hoje no Brasil. A realidade fria dos números apresenta a realidade dura das relações raciais por aqui, onde a nossa "democracia racial" se conforma como uma excelente camuflagem para a crueldade do tratamento dado a essas mulheres. Segundo o portal, o assassinato de mulheres negras aumentou em 54% no decorrer de uma década, enquanto diminuiu o índice entre as mulheres brancas (9,3%). Nas seis maiores regiões metropolitanas do país (comparando com dados do Ipea), as mulheres negras são 46,7% vivendo do trabalho informal. 

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Imagem: Direito em Curso - WordPress.com
          Ou seja, a dificuldade no mercado formal de trabalho brasileiro nas grandes metrópoles é uma dura realidade. Assim, percebemos que há uma clara rejeição às mulheres negras nos postos oficiais de trabalho, o que coloca essas mulheres entre o grupo mais pobre, vivendo em áreas de menor acesso à infraestrutura adequada (saneamento, acessibilidade) e vivendo em contextos de extrema violência. O http://www.jb.com.br/comunidade-em-pauta/noticias disse que nos dias atuais as possíveis reformas, principalmente a da Previdência, que discorre sobre a idade mínima paritária para homens e mulheres, vai agravar ainda mais essa situação se aprovada, porque as mulheres negras e pobres serão mais ainda duramente afetadas. Poderia ainda ressaltar a morte materna alarmante dessas mulheres, a esterilização, a violência obstétrica, a demora em consultas de alta complexidade e vitais, como as destinadas a pacientes com câncer, a violência doméstica, o estupro, o encarceramento, entre outras tantas questões sobre esse tema.

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          Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontou que a maioria da população brasileira é formada por negros. De acordo com o Instituto, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014 divulgada em novembro de 2015, revela que, no critério de declaração de cor ou raça, a maior parte da população brasileira residente, um total de 53,6%, é negra, a combinação dos autodeclarados pardos (45%) e pretos (8,6%), um total de 109,8 milhões de pessoas. Já o grupo de pessoas de cor branca representava 45,5% do total populacional do país, 92,4% da população. Outros 8,6% se declararam outra cor ou raça (indígena ou amarela), um total de 1,8 milhão de pessoas.

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          Conforme o site http://g1.globo.com, um estudo divulgado em novembro de 2013, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que um trabalhador negro recebe em média um salário 36,1% menor que o de um não negro, independentemente da região onde mora ou de sua escolaridade. Segundo o site, a diferença salarial e de oportunidades de trabalho são ainda maiores nos cargos de chefia. Ainda de acordo o portal, a pesquisa 'Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos' foi feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O estudo destaca que a desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia.

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          De acordo com o http://g1.globo.com, “Em qualquer perspectiva, os negros ganham menos do que os brancos”, avalia a economista Lucia Garcia, coordenadora de pesquisa sobre emprego e desemprego do Dieese, em entrevista à Globo News. "O que observamos é que a progressão na educação melhora a educação da população negra, mas não extingue a desigualdade. Encontramos mais desigualdades no ensino superior completo”. A pesquisadora mostra que nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros. ." O portal das Organizações Globo afirma que entre os trabalhadores com nível superior completo, a média de rendimentos por hora é de R$ 17,39 entre os negros, e de R$ 29,03 entre os não negros.
Rendimento médio por hora (2011/2012)
Escolaridade
 
Negro
 
Não negro
Fund. incompleto
R$ 5,27
R$ 6,46
Fund. completo
R$ 5,77
R$ 6,76
Médio completo
R$ 7,13
R$ 9,56
Sup. completo
R$ 17,39
R$ 29,03
Fonte: DIEESE/SEADE, MTE/FAT e entidades regionais

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          Diante desta realidade, a elite brasileira branca pode ser considera como uma das piores do planeta. Ela se (beneficiou, beneficia e beneficiará) da força de trabalho da população negra, porém, ao mesmo tempo, tem raiva. Negou-lhe a posse de qualquer pedaço de terra para viver e cultivar, de escolas em que pudesse educar seus filhos, de qualquer ordem de assistência. Só lhes deu, sobejamente, discriminação e repressão... Por fim, algumas nações do mundo e  principalmente o Brasil tem uma dívida gigantesca com os negros. Esses homens de pele escura sacrificaram gerações com trabalho escravo para garantir uma vida de luxo aos homens de cor branca. Foi pelas mãos dos escravos que as riquezas da América e em especial do nosso país se afloraram. Eles ajudaram a desenvolver o território brasileiro, o que o Brasil fez ou faz pelos negros?
Sérgio Lopes



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