quarta-feira, 13 de junho de 2018

Eles não largam o poder

Resultado de imagem para famílias políticas perpetuaram no congresso nacional
Imagem :www.semprefamilia.com.br

          O Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Prefeituras e Câmaras Municipais são marcadas pelos escândalos de corrupção, trocas de acusações e até mesmo agressões físicas e verbais. Diante desses acontecimentos, as diversas instâncias de poder público do Brasil podem ser consideradas ambiente familiar? As famílias tradicionais (Sarney, Neves, Menicucci, Varella, Magalhães, Bias Fortes, Calheiros, Andrada, Alves, Quintão, Maia, Braz, Bornhausen, Richa, Barbalho dentre outros) perpetuaram e ainda perpetuam no poder. Os filhos desses clãs familiares da política despontaram e desenvolveram no cenário político rodeado por primos, tios e avós que “fizeram carreira” como (presidente, senador, governador, deputado, prefeito, vereador).

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Garibalde com o filho Walter Alves e Felipe Maia com o pai José Agripino na bancada de parentes
Imagem: .www.canalareiabranca.comr

          Pesquisas coordenadas recentemente pelo cientista político Ricardo Costa Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), evidenciam o peso dos laços familiares em outros campos do poder no Brasil: do Executivo federal (17 ministros do presidente Michel Temer são de famílias de políticos) ao municipal (16 dos 26 prefeitos de capitais eleitos em 2016). O modelo também é reproduzido no Judiciário e no Ministério Público. No Supremo Tribunal Federal, por exemplo, 8 dos 11 ministros têm parentes na área do Direito. Metade dos 14 integrantes da força-tarefa da Lava Jato também tem familiares magistrados e procuradores.  Segundo o site http://www.msnoticias.com.br, em agosto de 2017, a Revista Congresso em Foco revelou que pelo menos 319 Deputados Federais (62%) e 59 Senadores (73%) têm laços de sangue com outros políticos. Há parlamentares com sobrenomes associados nacionalmente à política, como Maia, Calheiros, Cunha Lima, Caiado, Barbalho e Magalhães, outros de influência regional e aqueles que inauguraram essa tradição.

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Imagem: http://www.siempre.net.br

          Essas famílias ainda possuem meios de comunicação e recursos financeiros favoráveis para financiamento de campanhas eleitorais. Além disso, o poder concentrado nas mãos dos poucos clãs políticos contribui para crescente corrupção e as desigualdades sociais e econômicas. Diante desta realidade, os donos do poder não permitem à entrada de outros grupos políticos na corrida eleitoral 2018. Eles diminuem as possibilidades de renovação política. Os caciques das agremiações partidárias tradicionais tentam prejudicar de todas as maneiras os candidatos que nunca exerceram cargos políticos. Os homens que desejam cumprir seus mandatos em prol do povo brasileiro e estão nas ruas 'atuando' politicamente, para as famílias políticas são considerados perniciosos no processo democrático.
Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)

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