quinta-feira, 31 de março de 2022

Simplesmente Drummond

O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, no ano de 1902 e faleceu 1987, no Rio de Janeiro.  O poeta mineiro foi integrante da segunda fase do modernismo brasileiro (1930 – 1945). Ele produziu poemas marcados por versos livres. A crítica a política, a sociedade e aos temas do cotidiano foram essenciais nas obras de Drummond.  Há diversos poemas do itabirano, tais como: Congresso Internacional do Medo, No meio do caminho, Partido, Quadrilha, Mãos Dadas, Poema de Sete Faces, José, dentre outros...  A frase abaixo é uma excelente reflexão a respeito do momento político conturbado, no Brasil do século XXI.

Jornalista e Professor Sérgio Lopes

O poet

quinta-feira, 10 de março de 2022

Greve

O movimento literário Concretismo surgiu no Brasil, na década de 1950. O intuito primordial foi as transformações na forma de produzir poesia. Os artistas do Concretismo (Augusto de Campos e Haroldo de Campos, que são conhecidos como "os irmãos Campos" e Décio Pignatari) aboliram o verso tradicional dos poemas em prol de uma edificação que examina os recursos sonoros, visuais, semânticos. Bem como, o espaço tipográfico e a disposição geométrica das palavras na página. No ano de 1962, o poeta Augusto de Campos fez o poema Greve. O autor apresentou posição social nos tempos de euforia política do país, o vocábulo “greve” e  outras produções concretistas colocaram o movimento Concretismo no centro das discussões do Brasil dos anos 60. Há cinquenta anos, em 2022, a paralisação de várias categorias profissionais e a cessação coletiva do trabalho para fins reivindicatórios continuam...  Os Profissionais da Escola Estadual São Pedro reivindicam ao governo de Minas Gerais o cumprimento do Piso Salarial da Educação.  Sérgio Lopes (Jornalista e Professor) 

Greve (1962)  Augusto de Campos


"Arte    longa    vida   breve
escravo    se    não    escreve
escreve   se   não  descreve
grita   grifa   grafa   grava
uma    única    palavra"




quarta-feira, 2 de março de 2022

Graciliano Ramos


O escritor Graciliano Ramos foi da segunda geração do modernismo (1930 – 1945), “Vidas Secas” e “São Bernardo” foram as obras mais importantes . A característica relevante da 2° fase do modernismo de Ramos foi marcado, sobretudo, pelo regionalismo....  Graciliano teve ligação com o comunismo. Foi preso no ano de 1936, no governo de Getúlio Vargas. Além disso, exerceu as funções de jornalista, político, contista, cronista, romancista. Por fim,  no ano de 1915, Graciliano escreveu no Jornal de Alagoas , o artigo intitulado “ O Chefe Político” . Leiam e reflitam !!!

O Chefe Político

 Graciliano Ramos

Possuímos, segundo dizem os entendidos, três poderes: o Executivo, que é o dono da casa, o Legislativo e o Judiciário, domésticos, moços de recados; gente assalariada para o patrão fazer figura e deitar empáfia diante das visitas. Resta ainda um quarto poder, coisa vaga, imponderável, mas que é tacitamente considerado o sumário dos outros três. (…) Aí está o rombo na Constituição quando ela for revista, metendo-se nela a figura interessante do chefe político, que é a única força de verdade. O resto é lorota. * De um artigo publicado em 1915 no Jornal de Alagoas

Quais são as diferenças e semelhanças entre o  Chefe Político de 1915 e  o Chefe Político de 2022?

Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)