sábado, 26 de março de 2016

A páscoa é vida nova



Imagem: www.tvcaucaia.org

                    A páscoa é o momento oportuno para as pessoas refletirem a respeito de algumas atitudes, buscarem caminhos diferentes e recomeçarem nova vida. Na atualidade, o Brasil atravessa um momento conturbado com uma terrível crise econômica, que está deixando a maioria dos brasileiros assustados com a falta de dinheiro. Os preços dos alimentos, vestuários, do lazer, remédios, educação dentre outros estão nas alturas... Mas quem são os culpados pela crise? Essa é a crise mais avassaladora da história desse pais? A solução para a crise é colocar um governo competente e honesto? A população brasileira tem grande parcela de culpa nesta crise? O povo continua votando nos mesmos políticos e querendo mudança?
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                    Uma boa parcela da população tem a péssima mania em querer ser o que não é. Quando conseguem um bom emprego, já trocam de carro, casa; viajam para o exterior; levam uma vida desregrada e gastam o que não podem pagar... O sistema financeiro vibra, os banqueiros aumentam ainda mais o faturamento. Se os brasileiros pensassem em poupar nas épocas boas, eles poderiam melhorar gradualmente seus padrões de vida. Eles teriam uma boa reserva monetária e não pagaria juros bancários abusivos, sobreviveriam nos tempos de crise e na medida do possível realizariam seus sonhos. Provavelmente, os que adotam essa filosofia tem possibilidade de ficar rico... 
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                    Por outro lado, o Brasil necessita de representantes do povo que promovam a reforma política e a melhora da qualidade de vida da população. Algumas medidas tomadas poderiam surtir efeito tais como: redução radical da remuneração dos nossos representantes políticos (União, Estados e Municípios) optando por uma política salarial compatível com a média praticada pelos representantes políticos correspondentes de nações da América Latina. Além disso, alterar a exigência mínima de formação dos nossos representantes políticos, que atualmente é saber ler e escrever, passando para curso superior completo, em função do grau de responsabilidade que é exercer uma função pública.
                    Enfim, os políticos brasileiros "deitam, rolam e destroem" as classes dominadas, fazem o que querem e quando querem, sempre importando-se em primeiro lugar com o interesse próprio, criam novas políticas legislativas que atendam com prioridade suas necessidades a todo momento... Esperamos que a classe política e o povo brasileiro repensem seus papeis na sociedade, pois a páscoa é o momento em que geralmente fazemos reflexões acerca da vida e da caminhada.
Sérgio Lopes

domingo, 20 de março de 2016

A minha religião é a verdadeira manifestação de Deus?




Imagem: jeducatch.blogspot.com
                    Quando os portugueses conquistaram o Brasil em 1500, grupos jesuítas vieram catequizar as populações locais e convertê-las à religião católica. O catolicismo foi a religião oficial do país até a promulgação da constituição de 1891, que estabeleceu o estado laico, ou seja, separado da religião. A liberdade religiosa ficou assegurada no Brasil a partir da Carta Magna. Porém na época da colonização portuguesa, os indígenas sempre possuíram rituais religiosos e crenças diferenciadas uma das outras. Os espíritos dos antepassados e as forças da natureza eram cultuados por todos os índios. Nas cerimônias e festas, os espíritos e deuses eram homenageados com rituais. Os membros das tribos eram orientados pelos pajés, figuras responsáveis pela transmissão do conhecimento religioso.
Imagem www.centroogumrompemato.com.br
                     Ainda no período colonial, os escravos africanos proporcionaram diversas crenças e religiões que foram se incorporando no cotidiano do brasileiro. O candomblé e a umbanda são as principais religiões afro-brasileiras, elas são praticadas em todos os estados brasileiros. Entre os séculos XVI e XVII, o candomblé originou no Brasil... Os colonizadores proibiram os cultos, eles consideravam feitiçaria. Para evitar um ato violento da coroa portuguesa, os escravos passaram a unir os orixás a santos católicos. Com o decorrer do tempo foi criado o sincretismo religioso típico do Brasil.  Já a Umbanda nasceu no Rio de Janeiro, em 1920. A religião pode ser considerada a mistura de crenças e rituais africanos, indígenas e europeus. Além disso, considera que o universo é povoado por guias espirituais que entram em contato com as pessoas por meio de um iniciado, o médium. Esses guias se apresentam por meio de figuras como a pombagira, o caboclo e o preto velho.
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                     Imigrantes alemães no início do século XIX e missionários norte-americanos na segunda metade do século XIX introduziram o protestantismo no Brasil. Os principais grupos existentes no país são os batistas, os adventistas, os presbiterianos, os luteranos e os metodistas. Em 1910, foi fundado em São Paulo, a Congregação Cristã do Brasil, que é considerado o marco inicial do pentecostalismo. Nos dias atuais, há várias igrejas pentecostais espalhadas por todo território nacional, porém em toda América Latina, são chamadas e conhecidas como “evangélicas”.  Em 1884, com a fundação da Federação Espírita Brasileira foi adotado o espiritismo no Brasil. A iniciativa intensificou a formação de grupos que praticavam essa crença.
                    O Judaísmo, islamismo e budismo também têm adeptos no Brasil. Na cidade de Recife, em 1637 havia uma sinagoga. Porém os vestígios só foram confirmado no ano de 2000.  Antes disso, muitos acreditavam que a primeira sinagoga em terras brasileiras havia sido inaugurada em 1910... O aumento do número de praticantes do judaísmo no território nacional, intensificou na década de 1930, época em que judeus alemães fugiram do nazismo e vieram para o nosso país. Os seguidores iniciais do islamismo que chegaram ao Brasil era composto por escravos africanos, porém a primeira mesquita foi inaugurada tardiamente, em 1929, na capital paulista. A realização do projeto foi fruto do trabalho dos imigrantes árabes muçulmanos. 
                    O budismo surgiu nas terras tupiniquins no início do século XX, com a vinda dos imigrantes japonês. Em 1932, foi construído em Cafelândia, no estado de São Paulo, o primeiro templo budista... O Brasil apresenta grande variedade de religiões e a Constituição Federal de 1988 disse no  Art. 5º   e inciso VI o seguinte; Art 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
                    Porém alguns líderes religiosos e uma parcela de fiéis de algumas instituições religiosas como: Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus, Católica, Maranata, Quadrangular, Testemunha de Jeová, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo dentre outras denominações são extremamente fanáticos. Alguns são facilmente identificados e são conhecidos popularmente como “chatos” que querem converter todos os que cruzam seu caminho, muitas vezes aos gritos... Já outros religiosos falam bem, são educados, amigáveis. Eles vivem a vida sem que muitos percebam seu fanatismo disfarçado entre suas palavras de motivação. 
                    É perceptível que esta categoria criada em todas as religiões do Brasil prolifera entre grupos cada vez maiores de fiéis, que são iludidos com a hipocrisia e a boa intenção em ser um exemplo de prática aos demais. Mas, os discursos têm o intuito da “Conversão Imediata”, seguidores que passam por dificuldades são usados e transformados em mais um número para determinadas religiões. O Blog dos Letrados Desalienados deixa bem claro que não tem nada contra nenhuma instituição religiosa. Além disso, acredita que não há religião perfeita. É preciso analisar em qual temos a melhor identificação. Não é recomendável convidar, gritar, falar e agir de forma contrária ao que se prega.  Usar a fragilidade das pessoas e transformá-las em mais um contribuinte de sua instituição religiosa é fácil. Difícil é fornecer segurança para existência, acalmar e aliviar a alma dos mais angustiados, inserir o cidadão em um grupo social que o orgulha por ter ideias e convicções próprias para poder defender... Por fim, endeusar coisas e pessoas é tão humano como criticar antes de conhecer.
Sérgio Lopes