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No
dia 12 de maio de 2016, o senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), assumiu provisoriamente, por até 180
dias, o maior posto da República Federativa do Brasil. Exercerá o cargo de
presidente do país, após a abertura do processo de afastamento de Dilma
Rousseff ter sido aprovado no Senado Federal. Hábil no tráfico político,
conservador nos costumes, o novo presidente do segundo país do mundo com mais negros,
escolheu ministros brancos e do sexo masculino. Grande parte dos ministros saíram
do detestado Congresso Nacional; mais da metade responde a processos; quase um
terço, é investigado ou foi citado na Operação Lava-Jato.
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Segundo
informações do http://www.cartacapital.com.br, os ministros Mendonça Filho
(DEM-PE) – Educação, Raul Jungmann (PPS-PE) – Defesa, Bruno Araújo (PSDB-PE) – Cidades
e Ricardo Barros (PP-PR) – Saúde são citados na lista da Odebrecht apreendida
pela Polícia Federal na sede da construtora, em março, durante a 23ª fase da
Lava Jato. Ainda de acordo com a
revista eletrônica, o ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é
suspeito de receber propina do proprietário da OAS, Léo Pinheiro, em troca de
favores no Legislativo. A investigação é baseada em mensagens apreendidas no
celular de Pinheiro. Em algumas delas, o presidente afastado da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), cobra Pinheiro por doações à campanha de Alves ao governo do
Rio Grande do Norte.
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O
portal http://www.redebrasilatual.com.br publicou que mensagens apreendidas pela Operação Lava Jato, sugerem que o
ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), exerceu sua
influência para atuar em favor dos interesses da construtora OAS. O senador
Romero Jucá (PMDB – RR) assumiu o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão. Ainda de acordo com o portal de notícias, o ministro está na mira das
operações Lava Jato e Zelotes. Jucá, que foi líder dos governos FHC, Lula e
Dilma no Congresso, é acusado de receber propina e integrar um esquema de caixa
2. Na semana passada, depois de 12 dias de trabalho, abandonou o cargo. O Jornal
Folha de São Paulo publicou conversas mantidas por ele com o ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado. Sem saber que era gravado por um Machado em busca do
benefício da delação premiada para safar-se da prisão, Jucá falou sobre a
necessidade de um acordo para brecar a Operação Lava Jato e sobre sua crença de
que, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, seria possível esse acerto
para livrar a cara dos investigados. “Tem que mudar o governo para poder
estancar essa sangria (a Lava Jato)”, diz Jucá...
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Conforme
o http://www.redebrasilatual.com.br,
o Ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB – SP) tem uma extensa ficha
de acusações, e a mais recente tem a ver com a formação de cartel e o
superfaturamento de obras e licitações no Metrô de São Paulo, que teria
acontecido entre 1998 e 2008, período que coincidiu com o mandato de Serra como
governador (2007 a 2010). Ainda de acordo com o site, Gilberto Kassab (PSD –
SP) assumiu a pasta da Ciência e Tecnologia, foi condenado por improbidade
administrativa no período que foi prefeito de São Paulo e teria perdido os
direitos políticos em 2014, porém recorreu da decisão... O portal http://www.redebrasilatual.com.br alegou que, o deputado Eliseu Padilha (PMDB),
novo ministro-chefe da Casa Civil, foi acusado de fraude no pagamento de
dívidas judiciais do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes) quando era ministro dos Transportes do governo FHC. No escândalo,
advogados e procuradores foram acusados de furar a fila das indenizações e
elevar os valores devidos pela União.
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Segundo informações do site http://www.cartacapital.com.br,
em planilhas apreendidas pela Polícia Federal na casa de um executivo da
Camargo Corrêa, o presidente Temer é citado 21 vezes entre 1996 e 1998, quando
era deputado pelo PMDB, ao lado de quantias que somam US$ 345 mil. A
investigação ocorreu em 2009, durante a Operação Castelo de Areia, cujo alvo
era a empreiteira, e apurava suspeitas de corrupção e pagamento de propina a
políticos para obter contratos com o governo. Temer refutou as acusações e a
Castelo de Areia não foi adiante. O cenário político da era Temer é recheado de
investigados pela Justiça e até mesmo condenados por crimes como improbidade
administrativa e desvio de recursos públicos. Por fim, deixo os seguintes
questionamentos: a equipe conseguirá tirar o Brasil da maior recessão de sua
história? Eles conseguirão reequilibrar
as contas públicas, que têm registrado rombos bilionários, em meio a um
Congresso Nacional ainda tenso e relativamente fragmentado?
Sérgio Lopes
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