quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A dura realidade do professor

 

Hoje deveria ser dia especial de homenagem e reconhecimento, porém acaba expondo as dificuldades do professor, sobretudo, na educação básica de escolas públicas municipais e estaduais. O papel do docente é indispensável, ele tem responsabilidade na formação de indivíduos, trabalhadores e pensadores conscientes. Todavia, o reconhecimento não está à altura dessa função fundamental. A burocracia sobrecarrega o professor, tomando tempo e energia que deveriam ser dedicados ao foco, ensinar.  Os responsáveis por criar as leis da educação são burocratas, ficam sentados dentro de gabinetes com ar condicionado, não conhecem a realidade das escolas.  Elaboram normas complicadas e demandas exageradas, pressionando os professores com burocracia. Decisões alheias à realidade da escola prejudicam o ensino, isso consome tempo e energia que deveriam ser dedicados à educação. Ademais, os professores, na maioria das vezes, recebem remunerações pífias que não correspondem à responsabilidade e à qualificação necessárias.  Além disso, a falta de união da classe enfraquece a reivindicação por melhores condições.  Na maior parte das escolas púbicas, homens e mulheres exercem a função de docente. Reclamam do comportamento dos estudantes, ficam chateados com os pais que passam a mão na cabeça dos filhos, lutam por jornada ajustável, detestam reuniões e se irritam com: (preenchimento de relatórios e planilhas, registro de faltas e presença, elaboração de documentos para avaliações externas, cumprimento de formulários administrativos) da Secretária Municipal de Educação e Superintendência Estadual de Educação.  Alguns professores tornam-se Diretores, Vice-Diretores, Secretários de Educação, a maioria age diferente de tudo que defendem ou defenderam, o contato com decisões administrativas altera visões e prioridades. O que antes era reconhecido na luta pelos direitos dos professores acaba sendo desprezado ou questionado. Isso revela como a estrutura institucional influencia a ética e a consistência profissional... Infelizmente, há ausência de valorização, recursos e políticas públicas que dignifiquem o professor. Em conclusão, comemorar o dia 15 de outubro é, acima de tudo, reforçar que sem professores não existe futuro.

                                                    Sérgio Lopes Jornalista

 

2 comentários:

  1. Concordo não existe união na classe de professores. Trabalhávamos muito ha 16 atrás sem plano de carreira remuneração, mínimo. O ensino era de excelência. Como escreveu o MEC e Paula Freire acabaram com a educação no Brasil. É triste 😢.

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  2. A educação brasileira chegou ao fundo do poço.

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