A
Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) está perto da privatização,
mas continua completamente leviana. Em Goianá (MG), a água desapareceu, e a
explicação evaporou. Nos bairros Progresso, Morro São Sebastião e arredores, as
torneiras vivem em estado de deserto. A fatura nunca falha. A água, sim. Gestão
de vitrine, eficiência de miragem, lucro certo, serviço opcional. O cidadão
paga; a empresa desaparece, mudez oficial, negligência prática. Eles chamam de
progresso, a população goianaense chama de abandono. Venderam a
responsabilidade, distribuíram a incapacidade... A Copasa fez da água um
privilégio e do despreparo, método. Em resumo, em Goianá, a água falta; a
indiferença opera sem interrupção.
Sérgio
Lopes – Jornalista
Texto
publicado no Blog dos Letrados Desalienados
(blogdosletradosdesalienados.blogspot.com), em comemoração aos 10 anos de
resistência crítica e literária do espaço criado pelo jornalista Sérgio Murilo
Rodrigues Lopes, dedicado à palavra como forma de consciência, sensibilidade e
liberdade.
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