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Euclides
da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato foram os representantes
do pré-modernismo brasileiro nas duas primeiras décadas do século XX. Este período
foi considerado de transição de um mundo relativamente estável para um momento
turbulento. Em que concepções artísticas distintas ora se fundiam, ora se
mesclavam, ora se opuseram. Os
escritores analisaram a realidade da época e passaram a denunciar os
desequilíbrios do Brasil, a literatura veio a ser um instrumento de denúncia.
Certamente, os trabalhos dos pré-modernistas foram considerados a primeira
inovação na tentativa de pintar um “retrato” do nosso país...
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Euclides
Rodrigues Pimenta da Cunha exaltou o sertanejo brasileiro como um bravo lutador
e foi o primeiro a falar em gigantismo do Brasil. Cunha ganhou notoriedade
nacional. Em 1902, publicou “Os Sertões”. A obra transita entre a história,
ciência e literatura. Além disso, possui caráter científico que o eleva à
condição de verdadeiro tratado geofísico e social do país, prestigiando o
nordeste brasileiro, cenário da chacina da Guerra de Canudos (novembro de 1896
a outubro de 1897), no interior do sertão da Bahia. A estrutura da obra “Os
Sertões” revela a formação científica determinista e positivista de Euclides.
Ela é dividida em três partes (Terra, Raça, Luta). A Terra é a descrição
geofísica do Brasil, a região nordeste serve como estudo cíclico das
secas. A Raça é a representação
comparativa dos vários tipos regionais brasileiros. Análise do sertanejo e sua
capacidade de resistência, relacionando meio ambiente e elemento humano.
Segundo Euclides da Cunha “O sertanejo é antes de tudo, um forte. Não tem o
raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral”. Já no momento
histórico da Luta, Cunha sofreu influência da teoria determinista na análise
que fez do problema de Canudos (a terra, o homem, a luta).
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Afonso
Henriques de Lima Barreto atuou com um intérprete agudo da vida carioca na
época da consolidação da república no Brasil. Ele criticou a burguesia,
enquanto criava um retrato da vida pobre dos subúrbios do Rio de Janeiro. O
livro de destaque que Lima Barreto escreveu foi “Triste fim de Policarpo
Quaresma”. A obra faz a caricatura do patriota ufanista, ingênuo, idealista em
confronto com os que “vencem na vida” – figuras bajuladoras, carreiristas,
democráticas e medíocres. Além disso, Policarpo Quaresma apresentou três projetos
(Linguístico, Agrário, Político) para melhorar e desenvolver o Brasil. O
Projeto Linguístico procurava transformar em tupi-guarani a nossa língua
oficial. O Projeto Agrário buscava desenvolver nossa agricultura com plantações
sem implementos artificiais importados. Já o Projeto Político, consistia em
apoiar Floriano Peixoto, em 1895, no Rio de Janeiro, na Revolta da Armada. Os
três projetos de Policarpo Quaresma fracassaram... Amigos leitores vocês
conhecem ou sabem da relevância destes autores na literatura brasileira? Enfim,
daremos continuidade no próximo post e destacaremos Graça Aranha e Monteiro
Lobato.
Sérgio
Lopes
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