domingo, 29 de maio de 2016

A Zona continua no Congresso?



Imagem: www.jogodopoder.com

               No dia 12 de maio de 2016, o senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), assumiu provisoriamente, por até 180 dias, o maior posto da República Federativa do Brasil. Exercerá o cargo de presidente do país, após a abertura do processo de afastamento de Dilma Rousseff ter sido aprovado no Senado Federal. Hábil no tráfico político, conservador nos costumes, o novo presidente do segundo país do mundo com mais negros, escolheu ministros brancos e do sexo masculino. Grande parte dos ministros saíram do detestado Congresso Nacional; mais da metade responde a processos; quase um terço, é investigado ou foi citado na Operação Lava-Jato. 
 
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               Segundo informações do http://www.cartacapital.com.br, os ministros Mendonça Filho (DEM-PE) – Educação, Raul Jungmann (PPS-PE) – Defesa, Bruno Araújo (PSDB-PE) – Cidades e Ricardo Barros (PP-PR) – Saúde são citados na lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal na sede da construtora, em março, durante a 23ª fase da Lava Jato.  Ainda de acordo com a revista eletrônica, o ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é suspeito de receber propina do proprietário da OAS, Léo Pinheiro, em troca de favores no Legislativo. A investigação é baseada em mensagens apreendidas no celular de Pinheiro. Em algumas delas, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobra Pinheiro por doações à campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte.
Imagem: www.domtotal.com
               O portal http://www.redebrasilatual.com.br publicou que mensagens apreendidas pela Operação Lava Jato, sugerem que o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), exerceu sua influência para atuar em favor dos interesses da construtora OAS. O senador Romero Jucá (PMDB – RR) assumiu o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Ainda de acordo com o portal de notícias, o ministro está na mira das operações Lava Jato e Zelotes. Jucá, que foi líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Congresso, é acusado de receber propina e integrar um esquema de caixa 2. Na semana passada, depois de 12 dias de trabalho, abandonou o cargo. O Jornal Folha de São Paulo publicou conversas mantidas por ele com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Sem saber que era gravado por um Machado em busca do benefício da delação premiada para safar-se da prisão, Jucá falou sobre a necessidade de um acordo para brecar a Operação Lava Jato e sobre sua crença de que, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, seria possível esse acerto para livrar a cara dos investigados. “Tem que mudar o governo para poder estancar essa sangria (a Lava Jato)”, diz Jucá...
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               Conforme o http://www.redebrasilatual.com.br, o Ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB – SP) tem uma extensa ficha de acusações, e a mais recente tem a ver com a formação de cartel e o superfaturamento de obras e licitações no Metrô de São Paulo, que teria acontecido entre 1998 e 2008, período que coincidiu com o mandato de Serra como governador (2007 a 2010). Ainda de acordo com o site, Gilberto Kassab (PSD – SP) assumiu a pasta da Ciência e Tecnologia, foi condenado por improbidade administrativa no período que foi prefeito de São Paulo e teria perdido os direitos políticos em 2014, porém recorreu da decisão... O portal http://www.redebrasilatual.com.br alegou que, o deputado Eliseu Padilha (PMDB), novo ministro-chefe da Casa Civil, foi acusado de fraude no pagamento de dívidas judiciais do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) quando era ministro dos Transportes do governo FHC. No escândalo, advogados e procuradores foram acusados de furar a fila das indenizações e elevar os valores devidos pela União.
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               Segundo informações do site http://www.cartacapital.com.br, em planilhas apreendidas pela Polícia Federal na casa de um executivo da Camargo Corrêa, o presidente Temer é citado 21 vezes entre 1996 e 1998, quando era deputado pelo PMDB, ao lado de quantias que somam US$ 345 mil. A investigação ocorreu em 2009, durante a Operação Castelo de Areia, cujo alvo era a empreiteira, e apurava suspeitas de corrupção e pagamento de propina a políticos para obter contratos com o governo. Temer refutou as acusações e a Castelo de Areia não foi adiante. O cenário político da era Temer é recheado de investigados pela Justiça e até mesmo condenados por crimes como improbidade administrativa e desvio de recursos públicos. Por fim, deixo os seguintes questionamentos: a equipe conseguirá tirar o Brasil da maior recessão de sua história?  Eles conseguirão reequilibrar as contas públicas, que têm registrado rombos bilionários, em meio a um Congresso Nacional ainda tenso e relativamente fragmentado?
Sérgio Lopes

2 comentários:

  1. Esse país está uma vergonha...e o pior é que nas próximas eleições o povo alienado votará nesses políticos de novo...
    Sérgio...mais uma vez parabéns pelo blog...sempre tratando dos temas atuais de forma critica...

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  2. Prezada Leticia,
    A zona sempre continuará no congresso e o povo alienado sempre votará nestes gangsters... Obrigado pelo apoio e conto com sua ajuda.
    Desejo lhe felicidade,
    Sérgio Lopes

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