sábado, 3 de dezembro de 2016

Os homens nascem iguais?



          A realidade financeira do Brasil é precária, há famílias que vivem na miséria. Segundo dados do g1.globo.com, o número de famílias com rendimento per capita inferior a 1/4 do salário mínimo voltou a crescer em 2015 após quatro anos de queda. É o que apresentou a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada na última sexta-feira (02/12/16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com o portal, a classificação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), famílias com renda de até 1/4 do salário mínimo per capita vivem na chamada "pobreza extrema". Aqueles que vivem com até meio salário vivem em "pobreza absoluta". A pesquisa do IBGE apontou que a faixa que mais cresceu entre 2014 e 2015 foi justamente a dos mais pobres, com renda de até 1/4 de salário mínimo per capita. Esse grupo saltou de 8% para 9,2% em um ano. Esse movimento reverte uma tendência de queda do número de pessoas que vivem na pobreza extrema no Brasil. Conforme a pesquisa, em 2015, 27% das famílias brasileiras ganhavam até meio salário mínimo, o que representa um aumento de 2% em relação a 2015. Em 2013 elas somavam 25,8% e, no ano anterior, 26,7%.
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Imagem: Mistérios do Mundo600 × 380
           Em relação aos preceitos éticos elencados no inciso IV do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, verifica-se que a dignidade da pessoa é consequência imediata e lógica de uma boa remuneração. Na Constituição Federal, este princípio está previsto no inciso III do artigo 1º, que dispõe que a dignidade da pessoa humana é fundamento do Estado Democrático de Direito da República do Brasil. Contudo, a maioria esmagadora da população economicamente ativa recebe o salário mínimo no valor de RS880. A remuneração não consegue atender sequer à alimentação do trabalhador e de sua família, a dignidade da pessoa humana não é resguardada. Esta realidade e outros fatores contribuíram para que a maioria da sociedade brasileira possa ser considerada racista, fútil, patriarcal, machista, alienada, pobre. Além disso, o brasileiro apresenta baixo nível educacional...  Não é patriota ou nacionalista, adoram valorizar a cultura que vem de fora do país e amam os artistas milionários, os programas de tevê, os jogadores de futebol. 
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imagem: www.cicero.art.br


          Em um país pobre é capitalista como o Brasil, há profissionais que recebem verdadeiras fortunas. No meio futebolístico, boa parte dos jogadores dos grandes times de futebol do país nunca sentaram no banco de uma faculdade. Porém ganham salários astronômicos e vivem uma vida confortável na zona sul das melhores cidades brasileiras. Segundo o site http://torcedores.com/noticias, o jogador do Atlético Mineiro Robinho tem o salário mais alto do país. Ele ganha R$ 660 mil mensais, o peruano Paolo Guerrero (Flamengo) tem salário de R$ 650 mil (mensais), mas os valores podem atingir os R$ 900 mil se as metas forem atingidas. Já outros dois jogadores do Flamengo, Diego recebe R$ 600 mil por mês, mas pode subir para até R$ 715 mil caso atinja metas. Leandro Damião recebe em torno de R$ 460 mil mês. O futebol brasileiro também é um reflexo da pirâmide social. Ainda de acordo com o site, mais de 80% dos jogadores recebem até R$ 1 mil de salário, enquanto outros 13% recebem seus vencimentos dentro da faixa salarial de R$ 1 mil a R$ 5 mil. 

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Imagem: http://futebosta-antifutebol.blogspot.com.br
           No meio artístico, há programas de (rádio, tevê) marcados pelo sensacionalismo paternalista e assistencialista. Algumas situações de forte apelo social são extremamente exploradas. Além disso, certos programas e apresentadores concentram na depreciação da pessoa humana, palavras de baixo nível, gestos obscenos, exposição das pessoas a ridicularização. Os profissionais conhecidos do grande público recebem salários exorbitantes. De acordo com o site http://famososnaweb.com, os apresentadores (Marcos Mion, Luciana Gimenez, Serginho Groisman, Ana Hickmann) ganham salários de 400 mil reais. Carlos Alberto de Nóbrega, Angélica e Jô Soares faturam 500 mil reais. Ainda de acordo com o site, (Xuxa, Luciano Huck, Ana Maria Braga, Rodrigo Faro e Sabrina Sato) recebem 1 milhão cada um. Segundo o portal, o apresentador Ratinho recebe 2 milhões. Já Fausto Silva (o Faustão) e o narrador Galvão Bueno ganham 5 milhões cada.

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          O sistema capitalista é o culpado? O monstro chamado neoliberalismo?  A globalização? Só se for pelo fato de, nesses sistemas, existirem um regime livre de preços que indicam os reais valores dos serviços, onde o consumidor é soberano. Os culpados por um (jogador de futebol, artista, apresentador) receberem absurdamente mais que um (professor, policial, médico) são os alienados que assistem todas as (quartas e domingos) o Brasileirão, a telenovela, o programa de auditório, o reality show. Eu, você, seu vizinho, o próprio professor, o médico, o policial militar somos responsáveis pelo elevado índice de audiência das emissoras e pelos salários astronômicos pagos aos jogadores de futebol e as celebridades do mundo artístico.

Sérgio Lopes
 
 

2 comentários:

  1. Nós alimentamos o sistema. Reclamos do "monstro", mas o nutrimos com nossa passividade e alienação.

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  2. Prezado Cleber Franca,
    Concordo com seu comentário. Infelizmente, a maioria da população brasileira tornou-se alienada. Ainda levará um longo caminho para uma mudança de atitude... Agradeço sua participação.
    Desejo lhe felicidade acima de tudo,
    Sérgio Lopes

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