Imagem: Dica de Vestibular Uol |
Da
primeira metade do século XVI até o final do século XIX, a escravidão reinou no
Brasil. Os escravos negros vindo da África desempenharam atividades diversas,
tais como: estivadores, barqueiros, vendedores, aprendizes, mestres em artesanato.
Bem como, trabalho nos engenhos de cana-de-açúcar, lavouras de café, serviços
domésticos dentre outros. Caso não cumprissem as obrigações, os homens brancos
castigavam-os. As punições eram com instrumentos de ferro e surras com chicote. Além disso, os escravos não recebiam
salários, tinham longas jornadas de trabalhos, viviam em habitações precárias e
alimentavam mal. Mesmo com a abolição da escravidão em 1888, os negros não foram
ajudados por ninguém. Sem direitos claros e sem dignidade alguma.
Imagem: Revista Raiz |
Foram
abandonados a própria sorte e tiveram que lutar com muita dificuldade.
Infelizmente, sofreram e ainda sofrem injustiças no Brasil. Segundo o site https://descomplica.com.br/, na
atualidade, 54% da população brasileira se identifica como negra (pretos e
pardos). Ainda assim, mais de 70% da população negra do Brasil se encontra em
situação de extrema pobreza – de acordo com pesquisas da Organização das Nações
Unidas (ONU). Os dados que comprovam o racismo estrutural na nossa sociedade
são inúmeros. Ainda de acordo com o portal https://descomplica.com.br/,
as diferenças são ainda mais gritantes quando avaliamos os recortes de gênero
sobre a questão racial no país.
Imagem: Vestibular Brasil Escola |
Segundo
levantamento do Instituto Locomotiva, um homem branco ganha um salário 63% mais
alto do que a remuneração de mulher negra nas mesmas condições de escolaridade
e função. A Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) comprovou que mulheres negras são a maioria entre os
desempregados do país. Diante desta realidade, a escravidão ainda não acabou?
Oficialmente, a Lei Áurea que foi assinada pela Princesa Isabel, no dia 13 de
maio de 1888, decretou o fim da escravidão no país. Todavia, o Brasil tem dívida
histórica com os afro-brasileiros. Ainda não foram executadas medidas de
reparos econômicos e sociais de incorporação da população negra, como por
exemplo, o trabalho e a educação, políticas de saúde, disponibilidade a
habitação e acesso a terra. Enfim, já passados 131 anos do fim do regime
escravocrata, os negros do Brasil necessitam de cidadania plena.
Sérgio Lopes (Jornalista e Professor)
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