O Falso Moralista

 

A defesa do conjunto de regras, a definição do que devemos ou não fazemos em sociedade, a pregação dos valores determinantes da conduta humana, a exigência do cumprimento das normas e regras podem ser particularidades do falso moralista. Entretanto, o falso moralista, no seu cotidiano, não coloca em prática a moral que justifica ou considera exata.

 

O falso moralista é um indivíduo apoiador das atitudes padrões e inflexíveis. Ademais, julga a concepção dos outros, é crítico, presumi estar constantemente correto. Bem como, simula ter um comportamento exemplar, porém na existência verdadeira não o tem, culpa as pessoas por alguma coisa ou qualquer coisa que também comete...

Muitos   exemplos de falsa moral são recorrentes na nossa sociedade, podemos destacar alguns, tais como: algum Professor de Educação Básica do Ensino Fundamental e Ensino Médio da Rede Pública sempre criticou as reuniões pedagógicas realizadas aos sábados, o preenchimento de relatório, o diário eletrônico digital, os projetos pedagógicos, o cumprimento de horário extra na escola, o comportamento dos alunos, o salário dos docentes...

Todavia, o professor tornou-se Diretor(a), Vice-diretor(a), Inspetor(a), Secretário(a) Municipal de Educação... O líder da escola muda radicalmente suas concepções em relação às críticas,  que sempre fez durante toda carreira. O novo gestor burocrata e tecnocrata da Instituição Escolar humilha e faz cobranças descabidas para os professores...

Outro exemplo clássico é determinado político: (o prefeito, o vereador o deputado, o senador, o governador). Cumprem o mandato e não possui competência para concluir nenhum projeto. Quando não são reeleitos, criticam os projetos dos novos eleitos... Outro caso de falsa moral é de alguns fiéis e líderes de religiões que frequentam, assiduamente, templos religiosos, e também alguns casais casados e solteiros... Sentenciam, veementemente, o adultério. Porém, muitos têm relações extraconjugais.

A fala do falso moralista é marcada por mágoa e fingimento, desta maneira a sua máscara não dura muito tempo; nenhum ser humano é sublime todo momento. É impossível manter uma hipocrisia por toda existência. Todos os caminhos que abrangem a falsa moral são maléficos, ou seja, pelo motivo de lesar o semelhante ou em razão de prejudicar a sua imagem pessoal. O falso moralista gosta de exaltar o que é de sua propriedade (comportamentos, pontos de vista, bens) e menosprezar o que é das outras pessoas.

Sérgio Lopes Jornalista