domingo, 27 de dezembro de 2015

A geração de 1980 morreu?



 
Imagem pública da internet
          A década de 1980 no Brasil foi marcada por crises políticas e econômicas. A inflação atingiu alto índice, elevou-se a concentração de renda e das desigualdades sociais, ocorreu aumento brutal da dívida externa, arrocho salarial, dependência do Brasil em relação ao capital externo, processo de urbanização desorganizado e caótico nas metrópoles brasileiras. Porém em termos de qualidade musical, a década de 80 pode ser considerada um período de destaque na música brasileira. Algumas bandas surgiram e tornaram-se referência no cenário musical e ícones desta geração atravessaram os tempos (Renato Russo e Cazuza).

imagem do site albinoincoerente.com.br
          Nos anos de 1980, o rock nacional era o gênero musical do momento, nomes como: Legião Urbana, Barão Vermelho, Capitão Inicial, Titãs, Ira, Ultraje a Rigor, Blitz, Camisa de Vênus, Engenheiros do Hawaii, Lulu Santos, Plebe Rude, Biquíni Cavadão, Kid Abelha, Nenhum de Nós, Os Paralamas do Sucesso, RPM, Uns e Outros e Lobão criaram músicas que expressaram sentimentos, rebeldia e os anseios da juventude... 

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          Os roqueiros romperam com alguns paradigmas, uma vez que trouxe músicas com letras de fácil assimilação, porém, contextualizadas com o momento político e social vivido pelo Brasil na época (redemocratização). Nos dias atuais, o rock brasileiro não vive mais o apogeu dos anos 80. Mas os músicos contribuíram para valorização da nossa cultura musical e deixaram um legado que não fez apenas parte da geração 80, pois as canções romperam o período e ganharam notoriedade além do seu tempo. Enfim, o saudosismo do público com os artistas daquela época colabora para que a "onda anos 80" esteja mais forte do que nunca, marcando inúmeros lançamentos de coletâneas, remasterização de discos, livros sobre a época e sites de discussão na Internet.
Sérgio Lopes
 

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