domingo, 9 de outubro de 2016

A música brasileira sobrevive sem o cérebro maldito



Imagem: legiao.skooterweb.com

          No ano de 1960, ocorreram alguns acontecimentos marcantes, o então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira idealizador da (novacap) inaugurou a capital Brasília. O Brasil renovou relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e solicitou empréstimo (47 milhões de Cruzeiros). Jânio Quadros foi eleito presidente do país... Ainda naquele ano de 1960, no dia 27 de março, nasceu no Rio de Janeiro, Renato Manfredini Júnior. Renato era filho de um funcionário público do Banco do Brasil e de uma Professora de Inglês. Nos seis primeiros anos de vida, viveu na capital carioca.  Dos 07 aos 10 anos, morou em Nova York (Estados Unidos), devido a transferência profissional do pai.  
           Aos 13 anos, Renato retornou para o Brasil e foi morar em Brasília. Estudava e era considerado um adolescente de classe média. Neste período, ele passou por uma fase conturbada. Enfrentou uma rara doença óssea, a epifisiólise, que o deixou por um período entre a cama e a cadeira de rodas. Renato buscava alternativas para tentar aliviar o momento delicado que vivia. Criou movimentos (imaginários /bandas) e dentro de sua casa passou a compor alucinadamente letras e músicas. Em 1979, o jovem Renato formou a primeira banda chamada Aborto Elétrico... No ano de 1982, abandonou-a e começou a fazer trabalhos solos. Ainda em 1982, Renato juntou a Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná, Paulo Paulista Guimarães, Ico Ouro Preto...  
          Em 1983, os músicos (Paulista, Paraná, Ico) deixam a formação original e Dado Villa-Lobos assume a guitarra. No ano de 1984, no Rio de Janeiro, uma gravação de Renato Manfredini Júnior e seus amigos chegavam às mãos de executivos da gravadora EMI – Odeon. O vocalista   da banda Paralamas do Sucesso (Herbert Viana) que já havia sido contratado pela gravadora carioca, serviu de apoio para Renato assinar o primeiro contrato com a EMI – Odeon. Assim foi produzido em 1984, e lançado nos primeiros dias de 1985, o trabalho inicial da maior banda da história do rock nacional. Momentos antes dessa gravação, o músico Renato Rocha, o “Negrete”, passa a integrar a banda como baixista, posto antes ocupado por Renato Russo. A partir dali nasceriam discos marcantes e grandes sucessos. 
Imagem: twitter.com
          A maioria dos trintões, quarentões e cinquentões da atualidade têm consciência ... Sabem e conhecem a história e relevância da Legião Urbana. Banda de rock que atravessou as gerações e abordou letras fortes e com temas polêmicos que fizeram e ainda fazem as pessoas refletirem e despertarem o senso crítico. O vocalista Renato “Russo” Manfredini Júnior faleceu no dia 11 de outubro de 1996. Já são duas décadas sem a voz e o cérebro potentes de um dos maiores poetas do rock brasileiro, que criou uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica... O trabalhado realizado pelo líder da Legião Urbana permanecerá como referência no cenário do rock nacional. Há 20 anos após sua partida, podemos afirmar categoricamente que Renato não se equivocou ao dizer que, “a verdadeira Legião Urbana são vocês”.
Sérgio Lopes

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. As letras são tão atuais...será que estamos retrocedendo? "Que país é esse?"

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  3. Prezada Helô,
    O cenário musical da atualidade é assustador...
    Abraço,
    Sérgio Lopes

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