Falar mal dos outros

Milhões de pessoas têm desejo ardente e intenso de falar mal de alguém, muitos não disfarçam. Descem a lenha pela frente e não esperam as pessoas darem as costas. Essa infeliz prática pode afetar, negativamente, a vida de homens e mulheres.  O falastrão, a falastrona, o linguarudo, a linguaruda, o fofoqueiro, a fofoqueira apresentam características marcantes, tais como: eles falam demais, comentam maldosamente sobre a vida de alguém, contam os segredos que lhe foram confiados, intrometem em assuntos alheios, adoram mandar em tudo, não têm fundamento ou base de algo que está defecando pela boca, não têm papas na língua, são indiscretos, são falsos, gostam de chamar atenção e impressionar os outros.

Afinal de contas, por que adoram falar mal?  Eles são indecisos, doentes, estressados, invejosos, frustrados e instáveis. Além disso, frequentemente buscam falhas dos outros para mencionar, em uma investida de esconder, desfocalizar ou ainda desviar os pensamentos dos próprios erros, manias, imperfeições, vícios.  Muitas pessoas e famílias podem importunar os falastrões e falastronas, no momento em que os abala de determinado jeito. Eventualmente, alguém incomoda os linguarudos e as linguarudas por possuir melhores condições financeiras, cuidar mais da saúde física e mental, curtir a vida, dentre outros... Os fofoqueiros e as fofoqueiras sentem-se  inferiores, porém eles não querem melhorar suas vidas, ficam acomodados.

Falar mal dos outros gera recusa, rejeição, aversão, veto, escusa, repulsa, desconsentimento. A resolução para esse comportamento é educação. O conhecimento amplia as perspectivas das mentes humanas e  faz perceber que um acontecimento pode ser demonstrado das mais variadas formas.  Não sempre os assuntos, as expressões, as dicas, os interesses, os objetivos são indiscutíveis. Ou seja, negativo e positivo, feio e bonito, grande e pequeno, gordo e magro, rico e pobre, direito e esquerdo, preto e branco. A educação, por conseguinte, nos torna mais despretensioso e flexível para novas ideias. Em algum momento da vida, você já mudou de opinião?

Sim, certamente, é a pura  constatação que nenhum indivíduo pode ser visto como alguém que se acha superior e não está disposto a considerar diferentes pontos de vista.  De modo que os homens e as mulheres são independentes para se manifestar. Porém sem insultar ou sentenciar quem raciocina ou procede de maneira diferente. Se for discutir algum assunto, discuta concepções instrutivas, e não a vida dos familiares, amigos, colegas, parentes... Platão, o filósofo grego e matemático do período clássico da Grécia Antiga, disse a frase icônica: “Pessoas sábias falam sobre ideias. Pessoas comuns falam sobre coisas. Pessoas medíocres falam sobre pessoas”. Por fim, na incerteza, na indecisão, na hesitação, na insegurança, na ambiguidade, na perplexidade, na confusão, na obscuridade, na escuridão e na dissuasão, fale a respeito de ideias!

Sérgio Lopes Jornalista