Repetidamente escutamos: “o indivíduo tal não
tem berço”. De modo geral, a falta de
berço destina-se aos homens e às mulheres insolentes, rudes, mal-humorados,
estúpidos, indelicados. O berço pode ser considerado (exemplos, aprendizados,
experiências, vivências, advertências, avisos, alertas, castigos, corretivos,
punições) passadas dos genitores e dos progenitores para os descendentes. Além
disso, é a cortesia, a gentileza, a discrição, o autocontrole, os princípios morais,
a regra, a norma, o padrão.
Todavia, ‘berço’ é equivocadamente posto em confusão com situação financeira. Os filhos de (porteiros, faxineiros, garis, serventes de pedreiro, empregadas domésticas, ajudantes gerais, lavradores...) são capazes de ter berço. Ou seja, a educação, a ética, os princípios, os valores e o respeito começam a ser ensinados desde cedo. E infelizmente, muitos outros faltaram berço, eles estão perdidos... Os herdeiros de (políticos, empresários, juízes, desembargadores, promotores, diplomatas, delegados, generais, médicos, engenheiros, profissionais de TI dentre outros) possuem a capacidade de terem distinção, delicadeza, cordialidade, fineza, elegância.
Por outro lado, muitos jovens de famílias abastadas consideram-se superiores as leis, as regras, as normas, as autoridades. Eles não obedecem
aos pais, maltratam as mulheres, desrespeitam os mais velhos, são assassinos do volante e irresponsáveis. Não devemos misturar
berço com fortuna ou prestígio. Prestígio é consentir, porém nas ações, nas práticas,
nas obras, nas realizações, nas atitudes, nos gestos nobres, nos feitos. Enfim,
não é preciso fortuna para ter berço, o ser mais admirável do Universo veio ao
mundo em uma manjedoura.
Sérgio Lopes Jornalista
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