Baba-ovo

Nos olhos de Deus, todas as pessoas são iguais.  Mas o baba-ovo é ser diferenciado. Ele ama afagar, mimar, cativar, apaixonar, idolatrar, satisfazer uma outra pessoa. Quase sempre com o propósito de conseguir determinada regalia ou privilégio. O baba-ovo é reconhecido como o personagem que está preparado para fazer enaltecimento, congratulação, aplauso, encômio, exaltação, gabação, gabo, glorificação, honra, louvação, louvor, preconização. Inclusive abrir mão de valores como: (honestidade, amizade, ética, respeito, bondade, justiça) em troca de favor,  recompensa e gratificação.

Nas relações de poder e na busca exacerbada pelas vantagens e benefícios, o baba-ovo adora bajular e lamber as botas de mulheres e homens bem sucedidos nas diferentes áreas profissionais, sobretudo, no meio político.  Infelizmente, é a triste constatação da falta de escrúpulos.  O baba-ovo tem o seguinte propósito: eu amo o prefeito, eu amo a primeira dama, eu amo o vice-prefeito, eu amo o vereador, eu amo o chefe e a chefe de gabinete, eu amo a filha e o filho do prefeito, eu amo a família do prefeito, eu amo o ex-prefeito, eu amo o ex-vereador, eu amo o empresário, eu amo o fazendeiro, eu amo o coordenador, eu amo o diretor, eu amo o supervisor, eu amo o secretário municipal.

O baba-ovo ignora a empregada doméstica, a senhora da faxina, o entregador de gás, a cantineira, a cozinheira, o trabalhador rural, o aposentado assalariado. O baba-ovo é hipócrita, subserviente, oportunista, incompetente. Além disso, não é confiável e não tem personalidade. O relacionamento com eles é tarefa árdua e desafiante. Evitar conflito, manter distância, aproximar de outros colegas de trabalho podem ser ações para reduzir o problema. Em conclusão, nunca deixe a opinião do baba-ovo influenciar sua atividade profissional. Faça o seu trabalho da melhor maneira possível, sua honra e caráter são mais relevantes do que qualquer tipo de incentivo ou privilégio alcançado por meio de bajulação.

Sérgio Lopes Jornalista